Reforma agrária será a mais pacífica

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o convidado de honra da cerimônia de abertura da 69.ª Expozebu, no Triângulo Mineiro, mas ouviu uma cobrança clara dos empresários agrícolas: a garantia de paz no campo. O anfitrião da festa, o presidente da Associação Brasileira dos Criados de Zebu (ABCZ), José Olavo Borges Mendes, anunciou logo no início de seu discurso que não poderia deixar de manifestar a grande preocupação do setor com a questão das invasões de terra e com o desrespeito à legislação fundiária. "O campo também clama por paz diante da insistência de poucos em um radicalismo que não condiz com os propósitos do povo e é desnecessário", afirmou Mendes. "O Brasil reúne todas as condições para fazer reforma agrária pacífica e eficaz. O campo precisa de tranqüilidade, segurança para trabalhar e de crédito para crescer."

Resposta - A resposta de Lula também foi em tom enfático. "Vou fazer a reforma agrária mais tranqüila e mais pacífica que o País já viu na sua história", discursou, olhando diretamente para o presidente da ABCZ. Mas ressaltou que tudo será feito no tempo certo, para que saia de acordo com o seu programa de governo para a área. "Tem tempo certo para isso acontecer. Numa mesa de negociação vamos anunciar ao Brasil o começo da reforma agrária neste país." Lula voltou a afirmar que sua proposta de reforma agrária não "é só colocar mais gente no campo, mas sobretudo cuidar melhor daqueles que já estão no campo e que durante muitos anos não receberam os recursos na hora certa para financiar sua agricultura".

Cooperativa - Durante o discurso, Lula voltou a falar no fortalecimento do cooperativismo no Brasil. "Queremos dar à agricultura familiar a noção de que é preciso se organizar em cooperativas. Este país será no final do meu mandato o país mais importante na organização de cooperativas do mundo." (Fonte: O Estado de São Paulo)

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