Regionalização entra em vigor em 2006
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O governo federal sinalizou ao setor privado que o plano de regionalização sanitária da avicultura pode se tornar realidade em janeiro de 2006. A expectativa é que, até 15 de dezembro, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) apresente o plano ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, à indústria e às entidades do setor. A regionalização da avicultura foi proposta ao Ministério da Agricultura pela União Brasileira de Avicultura (UBA). "Torcemos para o plano saia do papel. Trata-se de questão de sobrevivência: o País precisa se estruturar para prevenir problemas de biossegurança", afirma o diretor da unidade de carnes do Grupo Avipal, Fernando Becker. Ele destaca que o Brasil ainda "mantém a bandeira" de não ter registrado casos de gripe de aves, mas que precisa implementar o plano de regionalização, pois fornece quase 40% da carne importada pelo mundo.
Sanidade - A regionalização garante o status sanitário por regiões avícolas. O Ministério da Agricultura informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda falta concluir as normas em relação ao trânsito de animais entre regiões na elaboração do programa de regionalização. "Há casos pontuais entre as indústrias de integrações em um estado e abate em outro", conta o diretor. A Avipal abate 780 mil aves diariamente, em duas unidades no Rio Grande do Sul, uma no Mato Grosso do Sul e outra na Bahia, com integrações nos respectivos estados. Na avaliação de Becker, há mais riscos de ocorrência de doenças como gripe de aves em pequenas propriedades do que nas granjas que atendem as indústrias. "É preciso haver forte divulgação para a população rural das formas de contaminação da doença", diz Becker. (Gazeta Mercantil)