Rodrigues diz que precisa de mais R$ 1 bi para a safra
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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, afirmou dia (16/03) que há uma demanda adicional de R$ 1 bilhão de recursos orçamentários para ações de apoio à comercialização da safra 2004/2005. Essa demanda já foi apresentada pelo ministro da Agricultura à área econômica do governo, assim como a necessidade de mais R$ 300 milhões para a capitalização das cooperativas de regiões atingidas pela seca. Durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado nesta terça-feira, Rodrigues apresentou um panorama da agricultura em 2005 que não é positivo para a produção de soja, algodão, arroz, milho e trigo.
Visão positiva - “O agronegócio como um todo não está em crise. Setores como carnes, açúcar, café, laranja, estão vivendo um momento mais positivo do que outros setores que estão mal, que são soja, algodão, arroz, milho e trigo. Esses setores têm dificuldades e nós precisamos criar as condições para que elas sejam transpostas rapidamente para que o setor do agronegócio como um todo não perca a velocidade que vem tendo nos últimos anos de garantir a alavancagem da economia brasileira”, afirmou o ministro. O ministro disse que, no ano passado, foram destinados R$ 247 milhões para apoiar a comercialização e garantir os preços mínimos e a renda dos produtores. Neste ano, os recursos alocados somam R$ 527 milhões, que são insuficientes, segundo Rodrigues.
Queda na renda - De acordo com o ministro, a combinação de custos crescentes do agronegócio, com queda dos preços, endividamento decorrente dos investimentos mais a queda na produção resultante da seca tem como conseqüência a perda na renda do produtor. Rodrigues disse que para cada um milhão de tonelada de grão colhida a menos há uma perda de R$ 500 milhões na renda do produtor. “Se perdermos 10 milhões de toneladas, serão R$ 5 bilhões a menos”, afirmou Rodrigues, referindo-se às possíveis perdas na safra de grãos que poderão advir da seca. Apesar disso, o ministro ressaltou que é possível que a perda do PIB (Produto Interno Bruto) dos cinco produtos seja compensada em parte pelos outros produtos. (Agronet)