ROTULAGEM DE ALIMENTOS CUSTARÁ US$ 350 MILHÕES
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A implantação de um sistema de rotulagem de alimentos geneticamente modificados no Brasil teria um custo inicial da ordem de US$ 350 milhões caso o país seguisse os padrões da União Européia, segundo estimativa de Marília Nutti, chefe-geral da Embrapa Agroindústria de Alimentos. Esses padrões estabelecem um limite máximo de 1% de DNA ou proteína transgênica nos alimentos. Acima disso, a rotulagem é obrigatória para produtos de consumo humano que contenham ou sejam produzidos com transgênicos, com presença acima do limite de 4%. Além dos custos de implantação, haveria ainda custos para manutenção dos sistemas de identificação e rotulagem, estimados em US$ 50 milhões anuais na Austrália, conforme trabalho apresentado por Marília Nutti no V Seminário Sobre Qualidade de Alimentos promovido pela Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia). Um sistema de rotulagem tem custos altos porque implica identificação do produto desde a origem. No caso da soja, deve haver controle desde a produção das sementes até a indústria esmagadora. Conforme dados da União Européia, os custos com testes para transgeníase na UE podem chegar a até US$ 20/tonelada, dependendo do sistema utilizado e do nível de tolerância em relação organismo geneticamente modificado. (Fonte: Valor Econômico)