SANIDADE II: 'Risco zero não existe', admitem lideranças
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Ainda é cedo para avaliar os riscos aos quais o Estado se expõe com a suspensão da vacinação - pois tudo deverá estar sob controle quando não houver mais as imunizações do rebanho. ''Agora, o Estado ainda não está pronto. Está se preparando para isso'', disse o assessor da Secretaria de Representação do Paraná em Brasília, médico veterinário e pesquisador do Iapar, Inácio Kroetz.
Condições básicas - Para ele, o Paraná precisa atingir quatro condições básicas. A primeira seria ter recurso humano capacitado, suficiente, motivado e bem remunerado. Além disso, ter certeza de uma garantia de orçamento para médio e longo prazo para investimento e custeio. Também é fundamental a garantia da participação do setor privado e um sistema de alerta permanente. Kroetz prevê aumento das exportações em valor, mas não em volume.
Organização - O presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarne-PR), Péricles Salazar, afirmou que é preciso avançar para atingir o status de forma organizada. ''Acredito que não será possível tirar a vacinação até novembro'', disse. ''Risco zero não existe'', afirmou Salazar, que também credita à falta de pessoal treinado o fato de o Estado não estar pronto para a obtenção do título. Salazar não tem uma estimativa de aumento das exportações.
Segurança sanitária - O diretor executivo do Fundepec e representante da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ronei Volpi, disse que o fim da vacinação depende de segurança sanitária e estrutura de defesa exemplar, além da consciência de sanidade de todos os agentes do agronegócio. ''Precisa ter pessoal e estrutura física compatível com o status, o que o Estado não conseguiu concluir'', disse. Ele também acredita ser muito difícil deixar de vacinar os animais em novembro. ''O reconhecimento será um carimbo de qualidade dos serviços de defesa sanitária'', destacou. (Folha de Londrina)