SETOR SUCROALCOOLEIRO: Produtores brasileiros enfrentam crise da escassez do crédito
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Os contratos futuros do açúcar negociados no mercado americano fecharam ontem (26.11) em alta devido a especulações de que o aperto de crédito afetará a safra brasileira, ao mesmo tempo em que os custos mais altos de energia poderão elevar a demanda por etanol de cana. Os produtores do Brasil, o maior produtor mundial, enfrentam dificuldade para obter financiamentos. "A ponta do fornecimento da equação é mais atingida que a demanda por açúcar", disse à Bloomberg o analista Alexandre Oliveira, da Newedge USA LLC. Com isso, os papéis com vencimento em março fecharam com alta de 2 pontos na bolsa de Nova York, a 11,81 centavos de dólar por libra-peso. No mercado interno, a saca de 50 quilos do açúcar ficou em R$ 30,97, alta de 0,39% , segundo o Cepea/Esalq.
Ânimo no mercado - As expectativas de que a injeção de mais dinheiro na economia americana ajude a deprimir o dólar e a elevar a demanda por algumas commodities provocaram uma alta nos contratos futuros do café, negociados na bolsa de Nova York. A moeda dos EUA recuou ontem para o menor nível em três semanas em relação a uma sexta de seis moedas fortes. "Estamos esperando para ver mais socorros", afirmou Jaime Menahem, trader da Alaron Trading Corp., de Miami, em entrevista à Bloomberg. Os papéis para entrega em março subiram 19 pontos, ou 1,7%, e encerraram o dia cotados a US$ 1,163 por libra-peso. No mercado doméstico, a saca de 60 quilos do café fechou o dia a R$ 265,97, com alta de 0,6%, segundo o indicador Cepea/Esalq. No mês, a commodity já acumula alta de 5,07%.
Estocando fibra - Especulações de que a indústria têxtil está estocando matéria-prima para provocar uma elevação nos preços do algodão - que atingiu o menor patamar em seis anos - surtiu efeito ontem em Nova York. Os contratos futuros a fibra fecharam em alta. Segundo analistas ouvidos pela Bloomberg, China, Índia e Turquia têm reduzido as suas compras, na medida em que a recessão global derrubou a demanda por têxteis e roupas. "Não me parece, pelo menos no curto prazo, que chegamos ao piso do preço", disse Rogers Varner, presidente da Varner Brothers, em Cleveland, Mississippi. Na bolsa de Nova York, os papéis para março subiram 28 pontos, para 46,55 centavos por libra-peso. No mercado interno, a libra-peso do algodão fechou a R$ 1,1414, segundo o Cepea/Esalq. (Valor Econômico)