SISTEMA OCB: Coop reforça demandas para o Plano Safra com ministro Haddad
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A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, participou na sexta-feira (03/05) de reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O encontro contou com a presença de representantes de diversas entidades setoriais para tratar de questões relacionadas ao Plano Safra 2024/2025, como a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), e a Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), entre outras.
Representatividade - As entidades reforçaram sua representatividade no agronegócio brasileiro e importância das políticas públicas de incentivo ao setor. Tania lembrou que o cooperativismo tem presença em os segmentos e que é considerado um player importante na distribuição e consumo de máquinas agrícolas e fertilizantes, assim como na produção de proteína animal.
Desenvolvimento no campo - A superintendente também reiterou o papel das cooperativas como instrumento de desenvolvimento no campo, principalmente para os investimentos em infraestrutura, armazenagem e agroindustrialização. “São 1.185 cooperativas agro, que congregam mais de 1 milhão de produtores rurais, sendo 71,2% deles da agricultura familiar. Em relação à produção, passam pelas mãos destes agricultores cooperados, 75% do trigo, 55% do café, 53% do milho, 52% da soja, 50% dos suínos, 48% do algodão, 46% do leite e 43% do feijão”, salientou.
Oportunidades e prosperidade - Tania acrescentou ainda que o cooperativismo é um indutor de oportunidades e prosperidade para as pessoas, sendo um meio essencial para a geração de emprego e renda no país. “Esse cenário é potencializado pelas características de inclusão produtiva, econômica e social resultantes da organização coletiva que o modelo de negócios propicia para os seus donos, ou seja, os cooperados”.
Demanda - Nesse sentido, ela reforçou as demandas do movimento para o novo Plano Safra. “Estamos solicitando um montante de R$ 558 bilhões, sendo R$ 379 bilhões para custeio e comercialização e outros R$ 178,5 bilhões em investimento. Também pedimos a redução das taxas de juros para valores abaixo de dois dígitos, com uma média de redução de 2,5 pontos percentuais por linha, frente a queda da taxa básica de juros. O aumento global do limite de contratação por beneficiário em praticamente todas as linhas, visando ajustar os valores para a realidade atual do agronegócio nacional é outra demanda importante”, declarou.
Fonte de recursos - Sobre a fonte de recursos, Tania reforçou os pedidos para a elevação do percentual da exigibilidade dos recursos obrigatórios de 30% para 34; a manutenção do percentual de direcionamento dos recursos captados em 65%; e o aumento do direcionamento dos recursos captados de 50% para 60%. Entre as prioridades globais do cooperativismo, a superintendente citou a garantia de orçamento suficiente para os mecanismos de gestão de riscos agropecuários e o fortalecimento das cooperativas de crédito e do BNDES como Instrumentalizadores da política agrícola.
Chuvas no Rio Grande do Sul - Em razão dos impactos causados pelas chuvas no estado gaúcho, Tania também entregou ao ministro Fernando Haddad, ofício do Sistema OCB para solicitar a inclusão das cooperativas de crédito na operacionalização de linhas emergenciais, destinadas a mitigar os efeitos do desastre climático. “As cooperativas de crédito desempenham papel crucial na recuperação e reconstrução após desastres naturais. A capilaridade e proximidade com as comunidades permitem que elas atuem de forma ágil e eficiente na distribuição de recursos financeiros às vítimas da tragédia”, destacou.
Outros ramos - A superintendente lembrou ainda que estão em levantamento as demandas das cooperativas de outros ramos, como agro, infraestrutura, saúde, transporte e trabalho para serem apresentadas ao governo federal. (Sistema OCB)