SOJA: Estudo mostra que não compensa comprar semente ilegal

Com o objetivo de incentivar o plantio de semente legal de soja transgênica, a Associação Paranaense de Produtores de Sementes e Mudas (Apasem), está divulgando estudo que mostra a desvantagem do plantio da chamada semente pirata. O estudo está baseado na produtividade e no pagamento dos royalties na compra da semente e não na comercialização do produto, o que ocorre quando a semente é pirata. Ao pagar os royalties na compra de semente legal, o produtor paga R$ 0,30 por quilo. Mas, se ele comprar uma semente ilegal, o pagamento dos royalties ocorre na comercialização da produção de soja, com custo entre 1,8% a 2,7% sobre o valor da produção, dependendo da data da comercialização.
 
Vantagem - Segundo o estudo da Apasem, “atualmente é muito mais vantajoso para o produtor pagar os royalties na compra da semente. Um produtor rural que utilize 55 kg de semente por hectare cultivado terá que pagar R$ 19,50/ha de royalties. Caso esse mesmo produtor prefira pagar os royalties na comercialização – o que ocorre sempre que a semente for ilegal – se a produtividade for 50 sacas por hectare, considerando o preço atual da saca de soja, o desembolso será de R$ 25,00 por hectare”.  Para mostrar aos produtores a vantagem financeira na compra de sementes produzidas de acordo com a legislação brasileira, a Apasem está divulgando entre produtores uma simulação, baseada no preço da soja a R$ 25,00 a saca e uma produtividade de 50 sacas por hectare. “O produtor só tem vantagem financeira em plantar semente pirata se a produtividade for inferior a 33 sacas por hectare ou se a saca da soja estiver abaixo de R$ 16,50. Mas, assim mesmo, corre o risco de ser processado por comprar produto pirata, e aí a vantagem vira pesadelo”, afirma o presidente da Apasem, Luiz Meneghel Neto.