SOJA I: Abrasem garante que existe oferta suficiente de sementes no RS

O presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Ywao Miyamoto, garante que existem sementes certificadas suficientes para atender a demanda dos produtores de soja do Rio Grande do Sul e que os preços do produto de origem certificada estão com preços inferiores aos custos. O posicionamento do executivo é uma resposta dos produtores de sementes à carta enviada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) ao Ministério da Agricultura, pedindo a edição de uma nova Medida Provisória, autorizando o plantio de sementes guardadas pelos produtores na safra passada. "Os produtores alegam que está faltando semente no mercado", afirma Miyamoto. Segundo ele, da necessidade total de sementes para cultivar a área no Rio Grande do Sul, os agricultores gaúchos nunca compraram mais do que 64% de sementes certificadas. "Para esse ano, já temos como garantir uma demanda de 68% e por mais que os produtores gaúchos decidam superar esse recorde, os estados do Paraná e Santa Catarina poderiam atender essa demanda, pois fazem parte da mesma zona agrícola", afirma Miyamoto.

Custos - No que se refere aos custos, a Abrasem informa que as vendas de sementes no Rio Grande do Sul estão acontecendo em níveis inferiores aos custos de produção. Segundo Miyamoto, o quilo da semente tem um custo médio de R$ 1,00, mas está sendo comercializado a R$ 0,65. "A semente representa entre 3,5% e 4% do custo da lavoura. Dentro disso, 2% é o custo do grão. Acho que esse é um percentual muito pequeno para se brigar diante dos riscos sanitários e os prejuízos que as sementes ilegais podem provocar", afirma. No próximo dia 31, a Abrasem, Farsul, representantes do Ministério da Agricultura e produtores gaúchos se reunirão na Delegacia de Agricultura do Rio Grande do Sul para discutir o assunto. "Nossa posição não é de briga, mas de esclarecimento. Esperamos que haja bom senso para resolver essa questão", afirma Miyamoto. (Agência Estado)