SOJA: Termina vazio sanitário no Paraná e no Mato Grosso

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Mato Grosso e Paraná encerram nesta quinta-feira, dia 15 de setembro, o vazio sanitário, período de proibição de cultivo de soja no campo durante a entressafra e também a eliminação de soja voluntária ou tigüera (plantas originárias dos grãos caídos no solo). Em GO, MS, TO, SP, MG, o vazio sanitário termina dia 30 de setembro e no MA e na BA o vazio termina dia 15 de outubro, conforme tabela abaixo. O vazio sanitário - adotado pela primeira vez, em 2006, no MT - é uma estratégia adicional ao manejo da ferrugem asiática da soja (causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi). Segundo a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, o objetivo é reduzir a quantidade de esporos do fungo no ambiente e inibir o ataque precoce à soja durante a safra.

Mapa - A partir de hoje, o Consórcio Antiferrugem dá início aos registros de ferrugem asiática da soja, no mapa da safra 2009/10, disponível no site www.consorcioantiferrugem.net. O objetivo é marcar o mapa do Brasil com as localidades onde surge a doença, alertando técnicos e produtores para a ocorrência da ferrugem. "Os produtores devem ficar atentos, mesmo nos cultivos iniciais, realizando monitoramento a partir dos primeiros estádios de desenvolvimento da planta", alerta Cláudia Godoy. Segundo a pesquisadora, no inverno de 2009, as condições climáticas - chuvas excessivas e freqüentes - favoreceram o desenvolvimento da soja voluntária e as infecções pelo fungo da ferrugem nas regiões Sul e Centro-Oeste. "Isso ressalta a importância de fazer o monitoramento das lavouras, mesmo nas semeaduras inciais, para que o controle seja feito na hora certa e se evite reduções de produtividade", alerta.

Safra 2008/2009 - Apesar do número de focos registrados pelo Consórcio Antiferrugem ter saltado de 2106, na safra 2007/2008, para 2884, na safra 2008/2009, a agressividade da doença foi menor, por causa da seca. Segundo o Consórcio Antiferrugem, os valores investidos para o controle químico da doença, na safra 2008/2009, foi de aproximadamente R$ 2,8 bilhões ou U$1,5 bilhão, considerando o valor médio de U$30 por aplicação/hectare e média nacional de 2,4 aplicações/hectare.

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