SUCROALCOOLEIRO: Setor discute manutenção do programa de estocagem de etanol
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A retomada do programa de estocagem do etanol como um instrumento de política pública foi defendida pelos representantes do setor sucroalcooleiro reunidos na Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool (CSAA), nesta quinta-feira (19/03), em Brasília. Essa medida já foi utilizada pelo governo nas safras de 2001/2002 até a de 2004/2005. Para o presidente da Câmara e diretor de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Alexandre Strapasson, o programa de estocagem minimiza os efeitos da sazonalidade de preço do etanol nos períodos de safra e entressafra, mantém o incentivo à produção de etanol, além de permitir ao produtor melhores condições de comercialização do biocombustível.
Financiamento dos estoques do etanol - O governo decidiu pela liberação de R$ 2,3 bilhões para financiar 3,3 bilhões de litros de etanol na safra 2009/2010, o que representará a estocagem de cinco bilhões de litros do biocombustível. É a chamada warrantagem, quando o governo empresta recursos mediante a garantia do estoque do produto. Neste caso, cada litro de etanol financiado terá como garantia 1,5 litros estocados. Será encaminhado voto agrícola com a medida ao Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reunirá na próxima semana. Do total dos recursos, 10% serão destinados à estocagem do produto na Região Norte e Nordeste. O preço do litro estocado será de R$ 0,70.
Contratação dos empréstimos - A contratação do empréstimo poderá ser realizada pelas indústrias produtoras de etanol da região Centro-Sul e parte da Bahia, de maio a dezembro deste ano. Para o Norte e Nordeste, de outubro de 2009 a fevereiro de 2010. O financiamento vence de janeiro a abril do ano que vem para a região Centro-Sul e parte da Bahia e, de maio a agosto de 2010, para o Norte e Nordeste. A taxa de juros para viabilizar o financiamento da estocagem do etanol também foi debatida. Os recursos do empréstimo são provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tendo como base a taxa Selic (hoje, a 11,25%), referência dos juros praticados na economia. (Mapa)