Tapa-buracos: Trombini diz que a medida é paliativa e eleitoreira
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A destinação de R$ 350.000.000,00 (trezentos e cinqüenta milhões de reais) para fechar os buracos das rodovias brasileiras e de apenas R$ 21 milhões para a recuperação de 700 km no Paraná está sendo criticada pelas lideranças do setor de transporte como estratégia eleitoreira. O Paraná recebeu apenas R$ 5 milhões, enquanto comemora um ano com uma das pontes da represa Capivari-Cachoeira debaixo da água. O Presidente da Fetranspar - Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná, Luiz Anselmo Trombini, afirma que "É um descaso total para o setor esta operação tapa buracos, que durará no máximo até a próxima chuva ou quem sabe até as eleições", afirma Trombini.
Calamidade - No Estado do Paraná, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte, 64% das rodovias federais estão em ruim ou péssimo estado de conservação, excetuando-se os trechos federais pedagiados pertencentes ao anel de integração. Quanto às rodovias sob responsabilidade do Governo Estadual, o plano de recuperação iniciou no primeiro ano da gestão e estão em boas condições. Em impostos da Cide - Contribuição de intervenção no Domínio Econômico, foram arrecadados mais de R$ 24 bilhões, mas apenas 5% está sendo aplicados na recuperação de estradas, portos e aeroportos.
Desconfiança - Trombini informa o envio de correspondências ao presidente da CNT – Confederação Nacional do Transporte, Clésio Andrade e ao Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, onde fica clara a desconfiança deste programa emergencial que não atenderá aos anseios do transportador rodoviário de cargas. "Trata-se de um programa eleitoreiro que não atenderá aos requisitos mínimos da segurança e também não trará, em momento algum, melhor trafegabilidade, confirmando mais um engodo eleitoral. "O Paraná foi abandonado pelo Governo Federal no que diz respeito a investimentos essenciais em infra-estrutura. "A operação tapa- buracos nas estradas federais é uma solução paliativa irrisória comparada ao que se contribui através de impostos, especialmente da CIDE", lamenta Luiz Anselmo Trombini.