TRIGO: Empresários apoiam medidas de estímulo à triticultura

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O setor moageiro foi incluído na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), que prevê um conjunto de medidas destinadas a viabilizar a o ciclo de crescimento da economia brasileira, lançado em maio deste ano, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esta foi uma das principais medidas anunciadas no 15º Congresso Internacional do Trigo no Brasil, realizado nos dois últimos dias, em Curitiba , pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo).

Entrosamento - O anúncio da inclusão foi feito na terça-feira (21/10), pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral. Para o presidente da Abitrigo, Sérgio Amaral, a decisão contribui para um maior entrosamento entre os elos da cadeia produtiva do trigo. "Estamos comemorando que essa nossa proposta, apresentada ao Governo Federal, foi bem aceita. Vamos produzir mais com a integração de todo o setor, produtores, moinhos, indústrias, valorização de cada um desses elos" - afirmou. Discussões continuam em dezembro - Ficou marcada para dezembro, dentro da programação das ações da PDP, uma Oficina Técnica da Cadeia do Trigo. "Será uma oportunidade para toda a cadeia discutir a elaboração de um plano completo para o desenvolvimento do setor" disse Amaral.

Importação - De acordo com a Abitrigo, o consumo brasileiro de trigo este ano deve ser de 10,2 milhões de toneladas e a safra a ser colhida, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 3,8 milhões de toneladas. Para suprir o mercado interno, os moinhos brasileiros terão que importar cerca de 6,4 milhões de toneladas de trigo. De janeiro a setembro deste ano, as importações brasileiras do grão acumularam 4,8 milhões de toneladas, das quais 3,2 milhões foram compradas da Argentina. Walber Barral do MDIC disse que a meta brasileira, para a próxima safra é aumentar em pelo menos 51% a produção brasileira.

Medidas já adotadas - Ele ressaltou a importância do trigo para a economia, justificando as recentes ações adotadas pelo governo para incentivar a produção brasileira e diminuir taxas de importação do produto. "A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu, temporariamente, alíquota do Imposto de Importação do grão de 10% para zero, para dois milhões de toneladas. A medida teve o objetivo de garantir o abastecimento do mercado interno no primeiro semestre quando a Argentina anunciou a suspensão dos registros de exportação do grão", disse Barral. Outra medida de incentivo, de acordo com o secretário, foi a redução a zero, até 30 de junho de 2009, das alíquotas de tributos federais - Programa de Integração Social (PIS), Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) - incidentes sobre a importação de trigo. Citou ainda a isenção do pagamento do Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante até 31 de dezembro deste ano nas importações de trigo e da farinha de trigo. (Agência Brasil)

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