Venda de algodão da safra 2004/05 está atrasada

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A safra de algodão pode ficar encalhada. Com uma produção acima do consumo, preços internacionais baixos e o câmbio desfavorecendo a exportação, a comercialização da safra 2004/05 - que já começou a ser colhida - está inferior à do ano passado. Nesta época do ano, quase 50% da produção nacional havia sido vendida e, agora, o volume chega a apenas 30%. "As fiações não têm pressa para comprar", diz Hélio Tollini, secretário-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Segundo ele, além dos estoques mundiais altos, no Brasil haverá um excedente de cerca de 300 mil toneladas. Isso, se a exportação for confirmada. Até o momento, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram registrados negócios para o envio de 280 mil toneladas de plumas ao exterior, quase 100 mil toneladas a menos do que na mesma época de 2004. Internamente, foram vendidas 160 mil toneladas ante às 237 mil toneladas do mesmo período do ano passado. O Brasil deve colher uma safra de 1,39 milhão de toneladas para um consumo de 920 mil toneladas.

PEP - Desde o segundo semestre do ano passado, com a entrada da produção nacional e a confirmação de estoques mundiais de 10,6 milhões de toneladas - equivalente a cerca de 40% da safra atual -, que os preços vêm caindo internamente, abaixo do custo de produção. Segundo o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP), em março a arroba era comercializada a R$ 40,14 para um preço mínimo governamental de R$ 44,60. Para aliviar a pressão sobre as cotações, a Conab iniciou nesta semana o leilão de Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP). Foram lançados prêmios para 6 mil toneladas de São Paulo e Paraná, mas apenas 1,2 mil toneladas foram arrematadas. . (Gazeta Mercantil)

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