GT ESGCoop inicia construção dos indicadores do Ramo Agro

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sistema ocb 22 08 2025O cooperativismo agropecuário brasileiro deu mais um passo estratégico rumo à consolidação de sua agenda de sustentabilidade. Foi realizado, na terça-feira e quarta-feira (16 e 17/09), em Brasília, o encontro do Grupo de Trabalho ESGCoop dedicado à construção dos indicadores ESG do Ramo Agro. A iniciativa, conduzida pelo Sistema OCB em parceria com a Gália Consultoria, reúne cooperativas de diferentes segmentos do agro e Organizações Estaduais (OCEs) para debater e consolidar parâmetros que possam traduzir, em números e evidências, a atuação sustentável do setor. 

O objetivo é criar indicadores específicos para o Ramo Agro, capazes de refletir toda a sua complexidade produtiva e regional. Participaram representantes de cooperativas de café, grãos, leite, proteína animal, fiação, flores, vinhos, citros e cana, entre outros. A diversidade de perfis assegura uma visão ampla e inclusiva sobre os desafios ambientais, sociais e de governança enfrentados pelo agro cooperativo. 

A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, destacou o caráter estratégico do encontro. “Estamos construindo uma base sólida de indicadores que darão visibilidade ao compromisso do cooperativismo agropecuário com a sustentabilidade. Nosso desafio é traduzir práticas em métricas que possam ser medidas, acompanhadas, comunicadas e reconhecidas pela sociedade, pelos mercados e pelos formuladores de políticas públicas”, afirmou. 

O encontro integra a estratégia do ESGCoop de definir indicadores globais e setoriais para todos os ramos do cooperativismo. A ideia é construir um conjunto de métricas que permita aferir, com transparência e comparabilidade, o impacto positivo das cooperativas em diferentes áreas. 

Até o momento, já foram desenvolvidos os indicadores globais e os específicos do Ramo Crédito, enquanto os do Ramo Saúde estão em fase final de elaboração. Agora, com o início da construção dos indicadores para o Ramo Agro, o movimento se expande para contemplar também a diversidade produtiva do campo. Ainda este ano, será dado início ao processo de definição dos indicadores voltados aos ramos Transporte e Infraestrutura, consolidando o compromisso do cooperativismo em mensurar e comunicar, de forma cada vez mais precisa, seus impactos socioambientais e de governança. 

Também esteve em destaque, durante a agenda, uma reunião conjunta das Câmaras Temáticas Ambiental e COP30, que buscou ampliar o diálogo sobre sustentabilidade e reforçar a participação do cooperativismo nos debates globais de clima e governança. 

Entre as cooperativas presentes estiveram Cooabriel (ES), Comigo (GO), CCPR (MG)Cooxupé (MG)Copasul (MS), Agrária (PR)Copacol (PR), Cocamar (PR), Frimesa (PR), Frísia (PR), Integrada (PR)Aurora Vinícola (RS)Coasa (RS)Cotripal (RS)Santa Clara (RS)Fecoagro/RS, Cooper A1 (SC)Coopercitrus (SP), Coplacana (SP), Holambra Agro Industrial (SP)Veiling Holambra (SP) e Cooperfrigu (TO). Além delas, dirigentes e técnicos das OCEs de nove estados também contribuíram com o debate. (Sistema OCB)

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