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O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) publica, na edição desta quarta-feira (28/03) do Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, o seu Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do exercício de 2011, informando o crescimento de 23,2%, em relação ao ano anterior, do número de contratações de novas operações de crédito, em volume de R$ 1,751 bilhão. Até o final do ano, foram aprovados R$ 2,166 bilhões em financiamentos. O Banco teve resultado líquido positivo pelo décimo segundo ano consecutivo, com R$ 92,1 milhões. O Paraná foi o Estado que obteve maior participação nas contratações totais do BRDE (42,9%), num total de R$ 750,5 milhões em 2011.
Novos contratos - No período de janeiro a dezembro de 2011, o BRDE realizou 2.354 novos contratos no Paraná. Foram realizadas 1.920 operações através de convênios que a instituição financeira possui com cooperativas de crédito, cooperativas agrícolas e os convênios de integração, resultando em um montante de R$ 184.311.058,00 contratados.
Cooperativas agroindustriais - As cooperativas agroindustriais paranaenses confirmaram no ano passado que seguem entre os principais clientes do BRDE, sendo contratados R$ 219.398.273,13 neste segmento, atendendo a 19 entidades do setor. Desta forma, o Banco consegue promover o desenvolvimento local e regional, pois as cooperativas se caracterizam como um meio importante para impulsionar o desenvolvimento econômico e social. Estes financiamentos têm um impacto mais amplo no que se refere aos benefícios gerados para a sociedade, uma vez que atendem as necessidades de um grande número de produtores rurais.
Pulverização - Considerando-se o valor contratado com produtores rurais, verifica-se a pulverização do crédito concedido pelo BRDE. Até dezembro de 2011, foram realizadas 2.048 operações com produtores rurais, o que representa 87% do total de contratos realizados pelo Banco. O valor médio destas operações foi de aproximadamente R$ 119 mil. Através de convênios firmados com as cooperativas de crédito, o BRDE consegue capilaridade e ampliar o seu volume de financiamento com pequenos produtores rurais.
Investimentos - No ano de 2011, os financiamentos concedidos pelo BRDE induziram cerca de R$ 1 bilhão em investimentos, que propiciaram a geração de 3.187 novos postos de trabalho e arrecadação adicional de R$ 161 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ao Paraná.
Agente do BNDES - Fomentando empreendimentos em 1.040 municípios de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, 87,5% dos municípios da Região Sul, o BRDE possuía, em 31 de dezembro, 31.031 clientes ativos. Entre as 62 instituições financeiras credenciadas a operar com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em todo o País, o BRDE ocupou a segunda colocação em desembolsos dos programas agrícolas do governo federal. No Sul, entre 48 agentes, foi o quarto principal repassador de recursos para empreendimentos. Viabilizou investimentos totais de R$ 2,3 bilhões, gerando R$ 290 milhões em receita adicional de ICMS para os estados onde atua e criando ou mantendo 43.500 empregos.
Vocação - O saldo médio das 36.368 operações ativas de crédito, de R$ 184,9 mil, "atesta a vocação do BRDE para o atendimento às micro, pequenas e médias empresas, e aos mini e pequenos produtores rurais, melhorando os indicadores econômicos e sociais da região Sul", diz o diretor-presidente do BRDE, Renato de Mello Vianna. Ele destaca que o Banco que financia a modernização da indústria, o aparelhamento dos serviços e do comércio, do agronegócio, da inovação tecnológica, da infraestrutura e das novas matrizes energéticas, "mostra, nos números de 2011, uma pulverização das suas operações por todos os setores da economia, com a característica de não pedir reciprocidade e oferecer apoio técnico diferenciado aos empreendedores, desde o planejamento do investimento, para otimizar o crédito de longo prazo e juros baixos".
Reestruturação de dívidas - No compromisso de preservar o emprego e ampliar a geração de renda no Sul, o BRDE, em 2011, firmou 413 acordos de reestruturação de dívidas, num total de R$ 292,1 milhões, permitindo a manutenção do funcionamento de várias empresas com baixo nível de liquidez no curto prazo, mas avaliadas como viáveis no longo prazo.
Nível de risco - Em relação ao seu nível de risco, a composição da carteira do BRDE, apresenta-se mais favorável do que a média do Sistema Financeiro Nacional (SFN). As operações "AA" e "A", que representam os menores patamares de risco, perfaziam 83% da carteira do Banco, contra 65,9% no SFN. As operações de maior risco, nível "H", eram 2% da carteira do Banco, ante 3,1% do crédito total do SFN. O volume de provisionamento de créditos de liquidação duvidosa da carteira do BRDE foi de 3,6% e o do SFN de 5,1%.
Resultado líquido - O resultado líquido obtido pelo BRDE, no exercício, foi 3,9% superior ao do ano anterior, alcançando R$ 92,1 milhões. Este é o décimo segundo ano consecutivo de resultados líquidos positivos, o que permitiu que o ativo total superasse barreira histórica, com R$ 8,338 bilhões. Para que alcançasse este resultado, o Banco contou com o empenho e a dedicação dos seus 542 funcionários. Em janeiro de 2012, o BRDE realizou concurso público de nível médio e superior para o quadro de pessoal de carreira e formação de cadastro.
Operações - Nos financiamentos de 4.898 novas contratações, que alcançaram R$ 1,75 bilhão, contra R$ 1,83 bilhão de 2010, o setor industrial respondeu por R$ 574,3 milhões, representando 32,8%, enquanto que a agropecuária foi responsável por R$ 518,8 milhões, 29,6%, seguida pelo setor de comércio e serviços com R$ 397,1 milhões, 22,7%, e pela infraestrutura, que encerrou o ano com a participação de R$ 261,2 milhões, 14,9% do total.
Empreendimentos - Os micro, pequenos e médios empreendimentos rurais e urbanos foram responsáveis por 37% do valor contratado em 2011. Do total de clientes que firmaram contratos ao longo do ano, 91% são produtores rurais, sendo que 49% se enquadram nas categorias de mini e pequenos produtores. Já as micro e pequenas empresas responderam por 6% dos contratos, enquanto as médias e grandes empresas ficaram com 3%. Além do apoio direto, um grande contingente de produtores rurais foi também beneficiado pelos financiamentos do BRDE através das cooperativas agropecuárias conveniadas ao Banco.
PSI - O Sistema BNDES segue como a principal fonte de recursos dos financiamentos, com 95,7% do total, com destaque para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), para a aquisição de bens de capital, que representou 28,2% do valor das operações, num total de R$ 493,7 milhões.
Inadimplência - O BRDE encerrou 2011 com a inadimplência em 3%, enquanto que o SFN fechou o ano com este índice 3,6%, conforme o Banco Central (Bacen). (Assessoria de Imprensa BRDE)
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A Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura (Mapa) promove nesta terça e quarta-feira (27 e 28/03), em Brasília (DF), o 1º Encontro Técnico sobre Estratégias para uma Agricultura Sustentável. O evento reúne especialistas do setor que vão expor os desafios da agropecuária brasileira e os possíveis direcionamentos para enfrentá-los. Os debates servirão de subsídio para a formulação do Plano Estratégico para a Agropecuária Sustentável. O gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra, participa do evento.
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O Porto de Santos passará a contar com uma cobertura de 21 mil metros quadrados (suficiente para cobrir mais de dois campos de futebol) a partir da safra 2013. Com proteção, que custará R$ 65 milhões, os graneleiros de açúcar e soja que aportarem no porto estarão protegidos da chuva. Espera-se que o telhado, que cobrirá um terço da atracação, acelere o ritmo do embarque de grãos e, principalmente, de açúcar. A operadora portuária perde, em média, 110 dias por ano para o carregamento de navios por causa da chuva. O projeto está sendo realizado pela Rumo, empresa de logística do grupo Cosan, maior produtor de açúcar do mundo. No Paraná, a cobertura do Porto de Paranaguá (foto) é discutida há mais de um ano, com custo estimado em US$ 60 milhões. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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A balança comercial da quarta semana de março registrou superávit de US$ 372 milhões. As exportações somaram US$ 4,839 bilhões e as importações fecharam a semana em US$ 4,467 bilhões. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (26/03) pelo Ministério do Desenvolvimento. Em todo o mês de março, a balança tem saldo positivo de US$ 1,1 bilhão. No acumulado de 2012, o superávit soma US$ 1,523 bilhão.
Média - Em comparação com a média da semana anterior, as exportações entre os dias 19 e 25 de março cresceram 1,5% - principalmente por causa de produtos semimanufaturados (12,1%). Nesse quesito, foram responsáveis pela expansão o ouro em forma semimanufaturada, semimanufaturados de ferro e aço, óleo de soja em bruto e ferro-ligas.
Produtos básicos - Já os produtos básicos cresceram 1,3%, "com destaques para minério de ferro, soja em grão, carne de frango, farelo de soja e café em grão", informou , em nota, a assessoria de imprensa do Mdic. As vendas de manufaturas diminuíram 0,8% "em consequência, principalmente, de autopeças, açúcar refinado e máquinas para terraplanagem".
Importações - Nas importações, a expansão foi de 0,1% em comparação com a semana anterior, puxada "pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, plásticos e obras e adubos e fertilizantes". (Valor Econômico)
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Com um café da manhã a ser oferecido a associados e colaboradores em todas as suas unidades operacionais, a Cocamar Cooperativa Agroindustrial comemora 49 anos de fundação nesta terça-feira (27/03). Depois de fechar 2011 com faturamento recorde de R$ 2 bilhões e expansão de 31% sobre 2010, a cooperativa se vê diante do desafio de continuar crescendo nos próximos anos e planeja chegar R$ 3 bilhões em 2015.
Exigência - Segundo o vice-presidente José Fernandes Jardim Júnior, “crescer é uma exigência para que a estrutura tenha escala e seja competitiva” e lembra a importância de os produtores associados aproveitarem o momento de preços favoráveis na agricultura para investir em novas tecnologias. Ele cita, para isso, a grande disponibilidade de recursos junto aos agentes financeiros, a custos agrícolas, que devem ser aproveitados. E chama atenção para a necessidade de os produtores conhecerem as vantagens proporcionadas pelo sistema de integração sustentável entre agricultura e pecuária – um programa incentivado pela Cocamar.
Planos - Sobre os planos da cooperativa para 2012, um dos mais importantes, de acordo com José Fernandes, é avançar na consolidação da presença da mesma em municípios das regiões de Londrina e Rolândia, oferecendo apoio aos produtores. “Fortalecer a participação cooperativista é fundamental para os seus negócios”, completa.
Números da aniversariante - R$ 2 bilhões em faturamento (2011) – recorde / 950 mil toneladas de soja recebidas – recorde / 510 mil toneladas de milho recebidas – recorde - / 859 mil toneladas de soja esmagadas / 10,8 mil cooperados / 2,2 mil colaboradores / 54 unidades operacionais no noroeste e norte do Paraná. (Imprensa Cocamar)
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A quebra na safra de verão 2011/12 no Paraná não deverá ser tão expressiva quanto se previa. Estimativa divulgada nesta sexta-feira (23/03) pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná indica que deverão ser colhidos 17,55 milhões de toneladas de grãos – o que representa uma quebra de 21% em relação aos 22,30 milhões esperados inicialmente. O levantamento de fevereiro indicava uma quebra de 23%. O prejuízo financeiro é estimado, em valores atuais, em R$ 3,42 bilhões.
Prejuízo menor - O relatório constatou redução nos prejuízos causados nas lavouras do milho da primeira safra pela estiagem que castiga o Estado desde o fim do ano passado. Juntas, as principais culturas de verão – soja, milho primeira safra e feijão da primeira safra – somam perdas de 4,8 milhões de toneladas. A soja responde por 71% desse volume.
Total - Apesar da queda de produção desta primeira safra, o levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) aponta para uma safra total de grãos de 30,73 milhões de toneladas, a quarta maior da história do Estado.
Milho safrinha - O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, ressalta a importância da segunda safra de milho que está em curso. Ele lembra que o Paraná é um exportador e fornecedor de milho para os Estados vizinhos do Sul e Sudeste, além de importante produtor de frangos, suínos e bovinos de leite, grandes consumidores de milho. “Com a redução da produtividade na primeira safra, estamos de olho na segunda, que se tornou a principal em nosso Estado”, afirmou.
Safra de inverno - Em relação à safra de inverno que se aproxima, Ortigara observa que embora o trigo apresente uma expectativa inicial de redução de área, a cultura ainda é de grande expressão omercial para os produtores paranaenses. “Estamos ampliando o Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural, como instrumento mitigador de risco. Buscamos baratear os custos para o pagamento do prêmio de seguro, com vistas a melhorar a margem de renda dos produtores de trigo”, disse o secretário.
Área - Para o ano de 2012 o chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Carlos Simioni, prevê uma área de 871.750 hectares com trigo, o que representa uma diminuição de 17% em relação ao ano passado. Em condições climáticas normais a produção de trigo poderá superar em cerca de 2% o resultado da safra passada, atingindo um volume de 2,48 milhões de toneladas.
Tecnologia - De acordo com Simioni, os prejuízos resultantes da seca só não foram maiores graças ao empenho dos produtores paranaenses, que ano a ano vêm utilizando mais e novas tecnologias para o plantio e manejo das suas lavouras. “A utilização de sementes mais produtivas e práticas conservacionistas, como proteção do solo e da água, são algumas das recomendações da assistência técnica e pesquisa que estão sendo adotadas pelos agricultores em nosso Estado”, afirmou.
Culturas de verão – O levantamento do Deral informa que foram plantados 4,37 milhões de hectares de soja. A produção apontava para uma safra de 14,07 milhões de toneladas do grão. Com a estiagem, o volume esperado da cultura caiu para 10,71 milhões de toneladas, uma redução de 24%, que está resultando num prejuízo de R$ 2,78 bilhões aos produtores.
Oeste - A região mais prejudicada foi o Oeste, onde deixaram de ser produzidas cerca de 1,41 milhão de toneladas de soja. Na região Norte do Estado o volume perdido foi de 717 mil toneladas, seguida pelo Sudoeste, com 494 mil toneladas, e do Centro-Oeste com 325 mil toneladas. Nas últimas semanas a cotação da soja apresentou reações que podem reduzir em parte os prejuízos dos produtores paranaenses.
Milho primeira safra - O milho da primeira safra, plantado durante a primavera de 2011, também teve perda expressiva. A estimativa de produção, inicialmente de 7,60 milhões de toneladas, foi reduzida para 6,31 milhões, uma perda de 1,29 milhão de toneladas (17%). Os prejuízos financeiros apurados até o momento foram de R$ 492,9 milhões.
Feijão - Outro produto penalizado pela estiagem, conforme o levantamento técnico realizado pelo Deral, foi o feijão da primeira safra, que teve quebra de produção de 20%. A estimativa inicial, que era de 434.631 toneladas, foi reduzida para 348.410 toneladas – o que representa um prejuízo de R$ 152,78 milhões aos produtores. No caso do feijão, também, o aumento nos preços está compensando parte das perdas. (AEN)
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O comprometimento do orçamento das famílias com dívidas aumentou gradualmente ao longo de 2011, junto com um aumento da inadimplência. A combinação de dívidas maiores e número crescente de devedores, segundo economistas, pode atenuar o crescimento do consumo este ano.
Ritmo moderado - Ainda que em ritmo moderado, a parcela da renda mensal dos brasileiros destinada ao pagamento de débitos vem subindo desde abril e atingiu em dezembro 22,3%, último dado divulgado pelo Banco Central e maior percentual para o mês desde 2005, início da série histórica. As dívidas já assumidas pelas famílias cresceram em 2011 e representam 42,3% da sua renda anual, nível mais alto para qualquer mês da pesquisa do BC.
Inadimplência - O aumento da inadimplência das famílias no ano passado pode ser considerado forte - passou de 5,7% para 7,4% nos atrasos com prazo superior a 90 dias em um cenário de pleno emprego. Caso seja necessário algum movimento de aperto na política monetária, com reflexo recessivo na economia e perda de emprego, é possível que o sistema financeiro enfrente uma alta bastante acentuada dos atrasos, partindo de patamar bastante elevado, avalia um executivo do mercado financeiro.
Aperto monetário - A alta da inadimplência no ano passado decorreu diretamente do ciclo de aperto monetário do primeiro semestre, com elevação dos juros e restrição à elevação dos prazos, via medidas macroprudenciais. Com mais dívidas para pagar, o nível de inadimplência das famílias piorou no fim de 2011. Em dezembro, o percentual de atrasos superiores a 90 dias aumentou em operações de crédito pessoal, cheque especial, aquisição de veículos e outros bens, de acordo com os dados do BC.
Varejo mais forte - A maior parte dos analistas acredita que o endividamento maior deve afetar em alguma medida o poder de fogo dos consumidores, mas, com inflação menor, queda dos juros e aumento real de 7,5% do salário mínimo, há quem aposte em varejo mais forte em 2012 do que em 2011. Como a renda real é fator determinante da inadimplência, o atual ciclo de redução da Selic deve permitir uma melhora desse indicador, à medida que os ganhos dos trabalhadores se elevem e os juros bancários acompanhem a trajetória declinante da taxa básica.
Renda comprometida - Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, destaca que a renda mensal das famílias ficou mais comprometida no fim de 2011, não devido aos gastos com juros, mas com o principal da dívida. Esse tipo de despesa subiu quase dois pontos percentuais desde maio e alcançou 14,3%, enquanto o dispêndio com juros teve ligeira alta no período, de apenas 0,43 ponto percentual, para 8%. Para Vale, o movimento reflete o avanço do crédito imobiliário, que é mais caro. Essa trajetória não preocupa o economista, já que, num cenário de desemprego baixo, esse financiamento não é predatório.
Crédito habitacional - O crédito habitacional, entre recursos direcionados e livres, alcançou 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em dezembro de 2011, alta de um ponto percentual sobre igual mês de 2010, diz o economista Wermeson França, da LCA Consultores. Na mesma comparação, a relação entre crédito para bens de consumo e o PIB ficou quase estagnada, passando de 4,1% para 4,4%.
Espaço - França afirma que o financiamento habitacional ainda tem muito espaço para crescer no país, mas não deve aumentar o nível de endividamento das famílias em 2012 - que, em sua opinião, já está elevado. "Nos Estados Unidos, o comprometimento da renda com dívidas está em 17%. Não há muito espaço para novas aquisições de financiamentos. O crédito imobiliário deve tomar espaço de outros tipos de financiamento", diz.
Dívidas de longo prazo - Contribui para essa avaliação o fato de que, segundo dados do BC, as dívidas de mais longo prazo - crédito imobiliário e aquisição de veículos - representavam, cada uma, 21,3% da carteira de crédito para pessoas físicas em dezembro de 2011. Ou seja, pelo menos 42% da dívida das famílias vai demorar para ser liquidada, limitando a capacidade de ampliar o consumo com novos financiamentos.
Desaceleração - No curto prazo, se o varejo se desacelerar [entre janeiro e março], será mais como efeito do emprego industrial - que está em queda e deve seguir em situação ruim - do que de um endividamento maior, diz Vale. Mesmo sem projetar retomada para a ocupação no setor, o analista trabalha com alta de 9% das vendas em 2012, que, em seu cenário-base, serão impulsionadas pela inflação mais comportada e pela reaceleração da atividade no segundo semestre.
Comércio - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta sexta-feira (23/03) resultados das vendas do varejo de janeiro, mas dados antecedentes indicam que o desempenho do comércio perdeu força neste início de ano. A atividade do comércio medida pela Serasa Experian caiu 0,3% em fevereiro frente a janeiro na série dessazonalizada. No primeiro mês do ano, também houve recuo na comparação com dezembro, de 1,6%. Já as vendas de veículos, medidas pela Fenabrave, caíram 23% e 6,9% em janeiro e fevereiro, respectivamente.
Consumo menor - Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa, o aumento da inadimplência - que, de acordo com indicador da empresa, atingiu seu pico em outubro do ano passado e, desde então, vem recuando lentamente - reduziu o movimento nas lojas e a demanda dos consumidores por crédito no primeiro bimestre, movimento que deve continuar em março. "Há uma concentração muito grande de pagamentos neste mês. Este primeiro trimestre está muito fraco para o consumo e, a partir do segundo, devemos entrar em um cenário de recuperação."
Retomada - A retomada do varejo, diz Rabi, será mais evidente na segunda metade do ano, na esteira da queda gradual da inadimplência e da inflação, assim como dos juros básicos. "Temos que acreditar que a educação financeira das pessoas melhorou após o boom do crédito em 2010". Na média de 2012, mesmo com um início mais tímido, o Serasa espera que as vendas do varejo cresçam a uma taxa próxima a de 2011, de 6,7% segundo o IBGE.
Supermercados - Paulo Neves, economista da LCA, aposta em ritmo forte das vendas no primeiro trimestre, impulsionado pelo setor de hiper e supermercados, o mais beneficiado com o reajuste do mínimo. Para o ano como um todo, no entanto, o endividamento é visto como entrave a um crescimento maior do comércio. "O afrouxamento monetário é limitado pela seletividade dos bancos e pela inadimplência e endividamento. Além disso, o crescimento da renda deste começo de ano não deve se repetir nos meses seguintes", diz Neves, que projeta expansão do varejo próxima à observada em 2011.
Aumento - Esse não é o cenário de Fabio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, para quem as vendas devem aumentar 5,5% este ano. A desaceleração, segundo ele, será provocada pela perda de fôlego da massa salarial, o que também pode, ao contrário do que projeta a Serasa, abrir espaço para nova alta da inadimplência no fim do ano.
Massa salarial - O economista pondera que, mesmo com o aumento do mínimo, um crescimento menor tanto da ocupação como dos rendimentos deve fazer com que a massa salarial tenha alta de 2,8% este ano, menor que o avanço de 4,9%, registrado em 2011. (Valor Econômico)
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“Qualidade e Resolutividade- Proposta de um novo modelo de pagamento para prestadores” é tema de uma das mesas-redondas promovidas pelo 20º Suespar (Simpósio das Unimeds do Paraná), que acontecerá em Foz do Iguaçu, entre os dias 28 e 30 de abril. A mesa será comandada pelo especialista em gestão de planos de saúde André Médici dos Estados Unidos, juntamente com médico Renato Couto, da Fundação Unimed. Médici é doutor em História Econômica pela Universidade de São Paulo, mestre em Economia pela Unicamp e especialista sênior em Desenvolvimento Social do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, EUA.
Doutor em Medicina - Renato Couto, por sua vez, consultor da Fundação Unimed, é especialista em Clínica Médica (UFMG), especialista em Terapia Intensiva (AMIB) e doutor em Medicina (UFMG) na área de controle de processos assistenciais. É ainda coordenador da linha de pesquisa de desenvolvimento de métodos gerenciais para hospitais e outros serviços de saúde e coordenador do curso de especialização em Acreditação da ONA – Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – IAG Saúde.
Serviço - 20 º Suespar acontecerá entre os dias 28 e 30 de abril, no Hotel Mabu Thermas & Resort, em Foz do Iguaçu (PR). Inscrições pelo site www.suespar.com.br. (Imprensa Federação Unimed)
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O Ministério da Agricultura do Brasil trabalha na elaboração do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da próxima safra (2012/13) com a expectativa de elevar ligeiramente os recursos destinados a financiar o setor no período, por conta do aumento dos custos de produção, disse nessa segunda-feira (19/03) o secretário-executivo do Ministério da Agricultura. "Estamos em fase de levantamento dos dados e sugestões para o plano. Estamos ouvindo associações do setor, cooperativas, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos)... E trabalhamos com a expectativa de construir um plano de safra com um volume um pouco superior ao de anos anteriores, porque o custo de produção sempre aumenta um pouco", disse o secretário-executivo, José Carlos Vaz. O Plano Safra 2011/12 contou com recursos de 107,2 bilhões de reais.
Qualitativo - Na avaliação de Vaz, o plano precisa ser qualitativo e indutor do desenvolvimento do agronegócio brasileiro, não apenas para grãos, mas também para pecuária, cana e o setor florestal. O secretário falou à Reuters antes de sua participação em evento sobre o cenário atual do agronegócio, no qual fala em políticas e programas governamentais para o setor.
Classe média - Segundo ele, o novo plano deve trabalhar fortemente a questão da classe média rural e continuará a desenvolver a questão do seguro rural. Vaz avalia que até o final de abril o governo já deve ter definidas as premissas deste novo plano agrícola e pecuário. A partir daí, deve partir para a questão operacional, como a definição de recursos, a fonte e o custo de dinheiro, para então anunciar o plano até meados de junho.
Antecipação - Questionado se haveria intenção do governo de antecipar a divulgação do plano, demanda recorrente de produtores agrícolas, Vaz afirmou que "gostaria de antecipar", mas isso dependeria do processo de elaboração do plano. O plano também contempla uma análise dos preços mínimos apontados para cada cultura, mas não implicaria necessariamente em mudança dos valores. O valor é usado como referência para definição de políticas de apoio ao setor.
Cana - O secretário-executivo ressaltou em sua apresentação no painel sobre os programas governamentais que a agropecuária brasileira precisa de um plano estratégico plurianual, compreendendo um prazo superior a um ano, para tornar o setor mais previsível. Segundo ele, é neste sentido, por exemplo, que o governo vem trabalhando com a questão da cana. A meta é avaliar até onde o governo poderá atuar para ajudar o setor a construir uma "previsibilidade" de receita, tanto para a cana como para o produtor de etanol e açúcar.
Segurança - Para ele, esta é uma alternativa que traz mais segurança ao setor, facilitando a captação de recursos a longo prazo para investir e elevar a produção. "Estamos trabalhando com isso. Este ano ainda a gente constrói esta política, juntamente com as demais áreas do governo, que ajudará a dar esta previsibilidade", disse Vaz. Sem investimentos na renovação dos canaviais, e após dois anos de clima adverso, o setor viu a produtividade da cana despencar, o que resultou na primeira queda de safra em mais de uma década em 2011/12.
Etanol - O governo anunciou recentemente um pacote de 65 bilhões de reais para estimular a produção de etanol em quatro anos. Contudo, ainda não definiu completamente sobre a fonte destes recursos. O coordenador do GV Agro/FGV e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, ponderou que o problema do setor esbarra na rentabilidade. "O preço administrado da gasolina distorce o mercado de etanol... não vejo ninguém querendo fazer investimentos em greenfield (novos projetos), porque não há retorno", disse Rodrigues, acrescentando que o governo precisa trabalhar uma estratégia para o setor.
Logística e escoamento - Já no painel destinado à logística, o diretor executivo da Associação Brasileira de Logística (Abralog), César Borges, criticou a imprevisibilidade do governo nos projetos de infraestrutura.
"Não pode depender de pessoas, com a queda de dirigentes do DNIT (Departamento Nacional de Infraestutura e Transportes), por exemplo, alguns projetos foram paralisados. Isso não pode acontecer", disse Borges.
Mais cedo - Ele observou que neste ano, com a antecipação da colheita da soja, a pressão sobre a movimentação no porto de Santos começou mais cedo, no início de março. "O escoamento da soja está mais veloz este ano, por causa da colheita em Mato Grosso. Isso pressiona o porto", disse. Segundo Borges, já se contabilizam navios com espera de 15 a 20 dias, o que representa um custo para o setor. (Reuters / Agrolink)
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Os financiamentos de custeio agrícola que forem contratados no terceiro trimestre deste ano também poderão abater o recolhimento compulsório dos bancos sobre depósitos à vista. A decisão foi publicada na tarde desta segunda-feira (19/03) pelo Banco Central (BC), ao divulgar a circular n° 3.586.
Mais abrangente - O normativo por ela modificado permitia que fossem deduzidas apenas operações contratadas no primeiro semestre de 2012. O novo texto é mais abrangente também porque prevê a dedução de operações de crédito para custeio pecuário, o que não constava na circular 3.573, editada em 21 de janeiro deste ano.
Genérica - No caso das operações de crédito agrícola, a norma editada nesta segunda é mais genérica, pois se refere apenas a custeio agrícola, ao passo que a anterior permitia que fossem abatidas especificamente operações de financiamento da safrinha (2ª safra), safra de inverno e da safra do Nordeste.
Aumento de recursos - A possibilidade de considerar operações de crédito rural para reduzir o compulsório sobre depósito à vista foi aberta pela norma de janeiro. Na ocasião, o BC informou que a medida aumentaria em R$ 3 bilhões a disponibilidade de recursos para financiamento ao setor em 2012.
Abatimento - O abatimento está limitado a 5% do compulsório. Atualmente, as instituições financeiras que captam depósitos à vista são obrigadas a recolher 43% desses recursos ao BC, sem contar aí o desconto autorizado a partir de janeiro. Em julho, a alíquota vai subir para 44%; no mesmo mês de 2013, para 45%. É do valor resultante da aplicação dessas alíquotas que os bancos podem abater o saldo médio diário das operações de crédito rural citadas na circular publicada nesta segunda. (Valor Econômico)
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Para amenizar os problemas recorrentes de escoamento da safra, o Paraná deu início ao projeto Corredor de Exportação. A ação é desenvolvida em parceria entre a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a Ferroeste e as Secretarias Estaduais de Agricultura e de Infraestrutura e Logística. Com investimentos de R$ 15 milhões, o projeto busca aprimorar a estrutura destinada à exportação no Estado.
Centros logísticos - Atualmente, a Codapar possui seis centros logísticos, localizados nos municípios de Ponta Grossa, Maringá, Cascavel, Guarapuava e Araucária. No total, a capacidade estática é de 250 mil toneladas, das quais 110 mil estarão à disposição do projeto Corredor de Exportação. O diretor técnico da Companhia, Sinval Reis, revela que um projeto piloto está sendo instalado entre Ponta Grossa, Cascavel e Guarapuava e deve iniciar as operações ainda este ano. A iniciativa deve chegar às demais unidades em 2013. ""As unidades vão receber, estocar, classificar e, em seguida, enviar por caminhões ou trens a produção para os portos de Paranaguá e Antonina"", explica.
Infraestrutura - Segundo Reis, as unidades terão infraestrutura para melhor atender os caminhoneiros e a modernização das estruturas vai agilizar o desembarque nos portos, tendo em vista que a carga já estará classificada. ""Vamos investir em infraestrutura de escoamento da produção. Acreditamos que será possível reduzir de 15% a 20% o custo Paraná"", avalia.
Ampliação - A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) negocia atualmente, junto ao governo federal, três projetos para ampliação da estrutura. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, os projetos envolvem a reestruturação do corredor de exportação, com a construção de um sistema de píer para a atracação de quatro navios que ampliará a capacidade de embarque para 16 mil toneladas por hora; a construção de um corredor de exportação de granéis sólidos oeste; e a substituição dos armazéns horizontais do corredor de exportação, que prevê a construção de dois armazéns graneleiros com capacidade estática de 195 mil toneladas e rendimento operacional de 2 mil toneladas por hora.
Aumento na movimentação - Mesmo diante da quebra de safra paranaense, a expectativa da Appa é de aumento na movimentação nos portos. O movimento da exportação de granéis registrado no primeiro bimestre de 2012 é 40% superior ao do mesmo período do ano passado. Somente na soja, o volume é quatro vezes maior do que o embarcado nos dois primeiros meses de 2011. Segundo levantamento do Deral, até terça-feira, 52% da área cultivada com soja já havia sido colhida no Estado. No mesmo dia, a fila de caminhões aguardando entrada no Porto de Paranaguá chegou a 17 km na BR-277. (Folha Rural / Folha de Londrina)
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Com investimentos de R$ 320 milhões em armazenamento, setor cooperativista acredita que não haverá problemas para estocar a produção deste anoAo contrário do que foi registrado nos últimos anos, a estrutura paranaense para armazenagem e estoque da produção agrícola não deve ser um entrave para o escoamento da safra de verão 2011/12. A ampliação da capacidade estática e a estiagem que causou quebra de 5,03 milhões de toneladas de grãos resultaram em um período pós-colheita com menor preocupação para os produtores.
Maior capacidade estática - Atualmente, o Paraná possui a maior capacidade estática do País, totalizando 27,9 milhões de toneladas distribuídos em 3.582 armazéns. Somente a estrutura para recebimento de grãos soma 22,4 milhões de toneladas. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em todo o País, os estoques chegam a 142,2 milhões de toneladas. O superintendente regional da Conab no Paraná, Lafaete Jacomel, revela que a Companhia possui estrutura para receber 600 mil toneladas. ""A Conab não tem previsão de expandir sua capacidade própria, mas pretendemos manter o volume atual. A iniciativa privada tem assumido os investimentos nesse segmento"", justifica Jacomel.
Paranaguá - No Estado, o município com maior estrutura para estoque é Paranaguá, que pode receber 2,8 milhões de toneladas. Londrina ocupa a sétima posição no ranking, com capacidade estática de 548,2 mil toneladas, das quais 375,7 mil comportam granel. Ao considerar a produção de 17,3 milhões de toneladas esperada para a safra 2011/12 no Paraná, pode-se calcular que a estrutura é suficiente para a armazenagem. No entanto, é preciso levar em consideração estoques remanescentes e o estado de conservação dos armazéns. Jacomel revela que, neste ano, a forte comercialização antecipada tem acelerado o escoamento dos grãos já colhidos. ""Ocorre estrangulamento nos estoques quando há alguma dificuldade de mercado que atrapalhe a comercialização"", esclarece.
Qualidade - Para o assessor técnico e econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke, os problemas de estocagem no Paraná são causados principalmente pelo déficit em qualidade dos armazéns, e não tanto pela falta de unidades. ""Muitos armazéns estão velhos e obsoletos. Na região Norte, por exemplo, há muitos que eram usados para estoque de sacarias de café e não servem para armazenar soja e milho"", conta. Segundo ele, essa situação chega a comprometer a qualidade dos grãos armazenados.
Situação diferente - Hanke lembra que, há dois anos, o Estado tinha capacidade estática de 25 milhões de toneladas e a produção recorde gerou grandes dificuldades, sendo que a safra 2009/10 chegou a ser depositada em estacionamentos de cooperativas de forma improvisada. Na época, um fator agravante foi o estoque remanescente de 500 mil toneladas de trigo que ocupavam os silos. Mas a situação este ano é diferente. O trigo e o milho safrinha, cujas produções foram reduzidas pelas geadas, foram comercializados quase totalmente.
Exportação - Em relação ao escoamento da produção, Hanke afirma que nos últimos anos a comercialização não era imediata, pois os produtores estavam capitalizados e preferiram esperar para obter preços mais atraentes, quadro que não deve se repetir em 2012. ""Este ano, acredito que toda a exportação deve ocorrer em 40 ou 50 dias"", declara. A expectativa do assessor da Faep é de que a fila de navios seja maior do que a de caminhões no Porto de Paranaguá, que pode ter picos de até 30 km.
Ideal - Hanke explica que, tecnicamente, o ideal é que a capacidade estática seja equivalente a uma produção e meia do volume da safra. Para conquistar a ampliação estrutural necessária para acompanhar o ritmo de crescimento da produção no Estado, o atual foco da Faep é fomentar a armazenagem em fazendas. ""A partir de 500 hectares, a produção já poderia ter uma armazenagem na própria fazenda, mas o investimento para criar essas estruturas ainda é muito alto e inviável para os agricultores. Por isso, almejamos a adoção desse modelo em médio prazo"", argumenta. (Folha Rural / Folha de Londrina)
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As cooperativas paranaenses lideraram os investimentos em armazenagem em 2011, com aporte de R$ 320 milhões. A capacidade estática das entidades atinge 15,2 milhões de toneladas, o equivalente a 54,48% do total do Estado. Com a redução da safra, a expectativa da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) é de que não ocorram problemas estruturais para estoque das produções de soja e milho neste ano. ""Os países consumidores de soja estão agilizando a compra para não ter que pagar mais caro em caso de escassez"", ressalta o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra. Dados do Departamento de Economia Rural (Deral) apontam que 47% da safra paranaense de soja já foi vendida. ""O mercado respondeu à queda da safra na América do Sul. A relação de oferta e demanda está ajustada, tanto no mercado interno quanto no externo"", explica a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi.
Integrada - A cooperativa Integrada possui 55 unidades de recebimento de grãos distribuídas entre as regiões Oeste e Norte do Estado, com capacidade estática de 890 mil toneladas. Com o intuito de agilizar o recebimento e reduzir custos, a cooperativa investe em ampliações e na modernização da estrutura de armazenagem. A inauguração da unidade de São Martinho, distrito de Rolândia, em 2011, representou um incremento de 16,4 mil toneladas na capacidade da cooperativa. O coordenador da área de recebimento da Integrada, Edson Munhoz, relata que a nova unidade possui quatro silos e duas linhas de secagem, sendo capaz de receber duas culturas simultaneamente. ""Fazemos a secagem, o beneficiamento e a armazenagem do produto, que sai direto para a indústria. Com isso, aumentamos a comodidade para os cooperados e reduzimos as despesas com transbordo"", detalha Munhoz.
Maquinário - Além disso, outras unidades receberam investimentos na melhoria do maquinário, com a substituição das antigas máquinas de limpeza por versões mais modernas, que agilizam o processo e demandam menos mão de obra. Entre as ampliações que serão finalizadas este ano está a construção de dois silos em Bela Vista do Oeste, que aumentará em 8,4 mil toneladas a capacidade estática. Um novo projeto previsto para 2012 é a ampliação em 6 mil toneladas da capacidade de armazenagem da unidade de Goioerê. ""O período de colheita está cada vez mais reduzido e buscamos melhorar a estrutura para acompanhar a velocidade da produção e evitar prejuízos"", afirma Munhoz.
Novos silos - Com a conclusão de oito novos silos no parque industrial em Maringá, a Cocamar Cooperativa Agroindustrial alcançou 1 milhão de toneladas de capacidade de armazenagem de grãos. As novas unidades, entregues no início de 2011, têm espaço total para 48 mil toneladas. Segundo informações da assessoria de imprensa, foram investidos R$ 8 milhões na construção das novas estruturas. Com o incremento, a Cocamar agilizou o recebimento e a separação dos produtos. Outras ampliações da Cocamar foram promovidas em Iporã, com a inauguração de uma estrutura de recebimento com capacidade para 24 mil toneladas, e em Cianorte, com aumento de 12 mil toneladas na capacidade. Para 2012, a cooperativa não planeja realizar investimentos em armazéns. ( (Folha Rural / Folha de Londrina)
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Os preços interno e externo da soja continuam em forte alta. No Brasil, pelo menos no mercado disponível, caminham para o recorde nominal, observado em 2004 pelo Cepea. Com o avanço da colheita nas principais regiões, agentes esperavam possível estabilidade ou mesmo queda das cotações. Porém, a demanda está prevalecendo para os produtos do Brasil e dos Estados Unidos, elevando as cotações na Bolsa de Chicago (CME/CBOT). Quanto aos preços no Brasil, de 9 a 16 de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) subiu 3,24%, fechando a R$ 56,02/saca de 60 kg nessa sexta-feira. Ao ser convertido para dólar (moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou a sexta (16/03) a US$ 31,09/sc de 60 kg, com aumento de 2,24% no período. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, teve alta de 3,51% de 9 a 19 de março, indo para R$ 53,06/sc de 60 kg. (Cepea/Esalq)
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O governador Beto Richa empossou, na manhã desta segunda-feira (19/03), o administrador de empresas Luiz Henrique Dividino como novo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em substituição a Airton Maron. “O objetivo desta mudança é acelerar os investimento e os projetos de modernização do Porto de Paranaguá”, afirmou o governador. “Vencemos a primeira etapa, com excelentes números no ano passado, mas queremos impor um ritmo ainda mais acelerado de mudanças”, disse Richa.
Transição - O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, afirmou que o processo de transição no porto ocorre em ambiente tranqüilo, de muito diálogo e abertura. “Estamos aproveitando um profissional com muita experiência para impor um ritmo mais acelerado aos projetos. Queremos ter o quanto antes, um porto mais moderno e mais ágil”, disse.
Perfil - Luiz Henrique Dividino é curitibano e atualmente ocupa a função de diretor-presidente do terminal portuário privado da Ponta do Félix, em Antonina. Ele tem 48 anos e atua na área portuária há 24 anos. Dividino iniciou a vida profissional no porto de Santos (SP) e trabalhou por 14 anos no Porto de Paranaguá. Entre outras funções, atuou nas áreas de planejamento, de tecnologia, comercial e foi diretor de operações do terminal paranaense.
Projetos- O novo superintendente elogiou os projetos do governo para os portos de Paranaguá e Antonina. Segundo ele haverá total empenho para trazer as respostas esperadas pelos usuários do terminal marítimo. “A iniciativa privada espera um ritmo forte de investimentos e é isso que vamos fazer”, disse Dividino. Segundo ele, entre as prioridades estão descongestionar e acelerar os procedimentos logísticos e promover mudanças em processos e equipamentos.
Antonina - Dividino disse que também vai trabalhar na reativação do porto de Antonina. “Há espaço para o porto de Antonina e o governo já está trabalhando nisso, trazendo empresas”. (Assessoria de Imprensa Appa)