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A maior parte da renúncia fiscal de até R$ 662 milhões para 2011, provocada pelo pacote de crédito de longo prazo anunciado na última quarta-feira (15/12), virá da mudança na tributação de dívidas do crédito rural e da pessoa física. Apenas essa medida será responsável por uma perda de caixa de R$ 200 milhões a R$ 500 milhões no próximo ano. Como parte do pacote para estimular as operações de crédito de longo prazo e garantir os financiamentos para os investimentos nos próximos anos, o governo mudou a forma de tributação do crédito rural e dos financiamentos a pessoas físicas em atraso. A medida afeta o recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para operações de até R$ 30 mil.
Devolução - Atualmente, os bancos que não recebem dos clientes por mais de um ano podem abater parte do calote nos dois tributos. Quando a dívida é renegociada, no entanto, as instituições financeiras são obrigadas a devolver de uma vez tudo o que foi descontado. Agora, essa devolução ocorrerá com o passar do tempo, à medida que os clientes pagarem as parcelas atrasadas. No fim da operação, quando o cliente quitar o empréstimo, o banco terá reembolsado todo o abatimento. No entanto, nos primeiros anos, haverá prejuízo para o governo.
Arrecadação menor - De acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, o governo federal poderá arrecadar até 40% a menos no primeiro ano da medida. Segundo ele, o impacto fiscal variará de R$ 200 milhões a R$ 500 milhões em 2011. "Tudo vai depender do volume da renegociação. Quanto mais créditos forem recuperados, menor a desoneração", explicou o secretário após o anúncio do pacote. De acordo com o Ministério da Fazenda, a medida deve elevar o índice de recuperação de créditos inadimplentes de pessoas físicas e de produtores rurais. A equipe econômica também espera a redução do spread bancário (diferença entre os juros cobrados dos clientes e os juros usados para captar recursos) cobrado nessas linhas.
Renúncia fiscal - As outras medidas de desoneração trarão renúncia fiscal de R$ 162 milhões no próximo ano. O impacto fiscal ocorrerá porque o governo diminuiu o IRPJ e a CSLL sobre o rendimento de títulos privados de longo prazo, além de reduzir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o mercado secundário de capitais privados (quando os títulos trocam de mãos sem envolver emissões). O governo também reduziu o IOF cobrado de determinados tipos de fundos estrangeiros que aplicam no país. (Agência Brasil)
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A caderneta de poupança do Sicredi, Poupedi Sicredi, ultrapassou neste mês a marca de R$ 500 milhões em depósitos no Paraná. Deste total, 70% já foram destinados para o crédito rural em 2010 no Estado, conforme modelo de negócio proposto pelo produto financeiro do Sistema de Cooperativas de Crédito. Segundo o gerente de crédito da Central Sicredi PR, Gilson Nogueira Farias, o Poupedi Sicredi tem o objetivo de captar mais recursos para investimento em crédito rural, e o produto financeiro a cada ano consolida uma identidade própria no Paraná. "Cerca de 70% de todo volume captado, R$ 300 milhões, já foram reinvestidos para custeio agrícola das safras 2009/2010 e 2010/2011, nas próprias comunidades que o captaram", declara o gerente. Farias diz ainda que, além do crescimento do volume tomado, o número de associados atendidos cresceu na mesma proporção.
Campanhas - Para o executivo, as campanhas desenvolvidas para consolidação do produto financeiro no Paraná criou uma identidade própria a caderneta de poupança do Sicredi. "Este produto deixou de ser simplesmente poupança e passou a ser o Poupedi Sicredi, um produto com aspecto customizado e com um apelo afetivo, materializado em todas as ações de comunicação por meio dos Poupedis, elementos lúdicos, dotados de expressões, som e movimentos", explica o gerente. As cooperativas de crédito integrantes do Sistema Sicredi, pela natureza do seu negócio, atuam no Estado captando recursos que são reinvestidos em forma de crédito na própria região de atuação que os captou, financiando as atividades de seus associados, tornando o sistema um importante modelo agregador de renda.
Estratégia - Para o presidente da Central Sicredi PR, Manfred Alfonso Dasenbrock, foi definida uma estratégia para trabalhar a natureza do negócio cooperativo como um diferencial de mercado. "Procuramos demonstrar aos associados que, além de investir em um empreendimento sólido e em crescimento, que é a sua própria cooperativa, ele estará contribuindo com o desenvolvimento da própria região," finalizou o presidente.
No Paraná - O Sicredi atua com 25 cooperativas no Paraná, em 264 municípios, com 330 pontos de atendimento, englobando mais de 348 mil associados e mais de R$ 3 bilhões em recursos administrados.Sobre o Sicredi - O Sicredi é um conjunto de 124 cooperativas de crédito, integradas horizontal e verticalmente. A integração horizontal representa a rede de unidades de atendimento (mais de 1.000 unidades de atendimento), distribuídas em 11 Estados* - 877 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em cinco Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo, que controla as empresas específicas que atuam na distribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site www.sicredi.com.br (Imprensa Sicredi)
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As exportações de frango do Paraná devem fechar 2010 em alta de 6% em comparação ao ano passado. Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), o Estado já exportou mais de 923 mil toneladas do produto entre janeiro e novembro, o que gerou um faturamento de mais de US$ 1,54 bilhão. Em 2009, as exportações fecharam em 954,7 mil toneladas, e portanto serão ultrapassadas sem dificuldades com o fechamento dos números de dezembro - que devem ficar em torno de 80 mil toneladas - atingindo pouco mais de 1 milhão de toneladas.
Evolução - Desde 2006, a exportação paranaense do produto está em ascenção. Tomando como base os valores em toneladas de 2009, as exportações subiram por volta de 27% - 203,46 mil toneladas a mais de frango que foram direcionadas para diferentes países. ''Com nossa agricultura de primeiro mundo, estamos crescendo no nível chinês. Quase 30% do que produzimos está sendo exportado'', salienta Domingos Martins, presidente do Sindiavipar. No mês passado, a participação paranaense foi de 25,52% em relação a toda a exportação nacional. Das 320,39 mil toneladas exportadas pelo Brasil em novembro, 81,78 mil saíram do Estado. Entretanto, Martins destaca que os preços ainda não estão bons como em 2008. ''Buscamos esse preço que estávamos comercializando antes da crise econômica. Acho que em 4 meses retornaremos àquele patamar'.'
Volume de negócios - Uma das empresas paranaenses que bateu recorde de exportação da ave este ano é o grupo Frangos Canção, de Maringá. Em 2010, eles exportaram por volta de 38 mil toneladas, o que corresponde a 35% de todo o volume produzido pelo grupo. ''A recuperação do mercado pós-crise mundial e nossa busca comercial intensa favoreceram a conquista desse recorde'', avalia Edemir Trevizoli Júnior, gerente de exportações do grupo. O principal destino do produto maringaense é o Oriente Médio, com cerca de 40% de todo o volume de exportações, seguido da Venezuela e África. Em relação aos preços negociados, Trevizoli comenta que os valores não estão dos mais altos, mas continuam melhores comparados aos do ano passado. ''Os custos também elevaram devido a recuperação do preço das commodities no mercado externo''.Metas - Para 2011, o grupo pretende aumentar as exportações, e para isso está realizando pesados investimentos. A empresa está injetando R$ 9 milhões na ampliação de um incubatório, com o objetivo de atender novos mercados. ''Precisamos manter uma balança entre as exportações e as demandas do mercado interno. Manter esse equilíbrio é extremamente importante'', completa o gerente de exportações. Como a empresa de Maringá, a expectativa do Sindiavipar é que o crescimento do ano que vem de toda a cadeia mantenha a mesma proporção de 2010, entre 6% e 10%. ''As empresas estão crescendo estruturalmente e também ampliando para novos mercados no exterior'', finaliza Domingos Martins, presidente do Sindiavipar. (Folha de Londrina)
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O comportamento do mercado do leite em 2010 tem deixado os produtores e consumidores confusos. Em um ano totalmente atípico, os preços oscilaram às avessas, baixando no inverno e subindo no verão. Neste último trimestre, as cotações voltam a ganhar impulso em pleno início de safra. Intensas no campo, as oscilações foram ainda mais fortes no varejo. O litro do leite, que chegou a subir mais de 30% ao produtor, subiu mais de 40% nos supermercados do Paraná nos primeiros seis meses deste ano. O caminho de volta dos preços, a partir de maio, foi igualmente conturbado, com quedas de, respectivamente, 7% e 18%, conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os atuais reajustes seguem a mesma lógica: com peso maior para o consumidor.
Longa vida - O litro do leite longa vida, que custava cerca de R$ 1,50 no começo de 2010, superou R$ 2 em Curitiba em maio. Atualmente, após sete meses de queda, custa em média R$ 1,60, segundo acompanhamento realizado pelo serviço Disque Economia, da Prefeitura. Ao produtor, a indústria paranaense, que chegou a pagar mais de R$ 0,80 pelo alimento, hoje oferece menos de R$ 0,70. Apesar de superar em até 30% a cotação vigente no campo nesta mesma época do ano passado, o valor atual é inferior ao custo de produção, estimado em R$ 0,71/litro pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Clima - Por trás das oscilações, os efeitos do clima. O La Niña mexeu com a oferta e bagunçou o planejamento da indústria e do produtor. "O clima foi o grande balizador do mercado do leite no segundo semestre de 2010. O tempo seco atrasou a implantação das pastagens de verão no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país e, com isso, o aumento na captação, que costuma começar em agosto, neste ano teve início apenas em novembro. Esse atraso manteve as cotações firmes durante a entressafra, quando deveriam cair", relata Rafael Ribeiro de Lima Filho, analista da consultoria Scott.
Hipóteses - "São várias hipóteses que podem explicar a média de bons preços pagos ao produtor neste ano, entre elas o clima. Há quem diga que o preço subiu porque o mercado pensou, de forma equivocada, que faltaria leite", observa Henrique Costales Junqueira, gerente da Castrolanda.
Início do ano - A situação atual é parecida com a do início do ano, quando, prevendo dificuldade de abastecimento, a indústria elevou os preços pagos ao produtor. Mas a expectativa não se confirmou. "Entramos em 2010 com estoques altos e produção crescente. Só no primeiro semestre, a captação de leite aumentou 10% no Brasil", lembra. Na avaliação do analista, o clima desfavorável no início do segundo semestre irá comprometer o crescimento da produção brasileira, que deve ser de apenas 2% em 2010. (Gazeta do Povo)
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Parte das sobras projetadas pela Coamo para 2010 será antecipada pela cooperativa aos seus 22,7 mil associados. Serão R$ 25 milhões. O dinheiro corresponde a cerca de 25% do valor total das sobras que devem destinadas aos cooperados no primeiro trimestre do ano que vem, quando a Coamo fará o anúncio do resultado financeiro do exercício de 2010. O pagamento da antecipação acontece amanhã (15/12), simultaneamente, nas 113 unidades Coamo, em 63 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Bem-vindo - O diretor-presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, afirma que este dinheiro extra é sempre bem-vindo, sobretudo no final do ano, porque garante as festas da família e movimenta comércio nas regiões onde a cooperativa está inserida. O repasse antecipado, de acordo com Gallassini, será feito aos produtores na proporção da movimentação de cada um deles durante o ano com os produtos soja, milho, trigo e também insumos. "Este é como se fosse o 13º do produtor rural", comemora o dirigente da Coamo, que completou em novembro 40 anos de fundação. (Imprensa Coamo)
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O Brasil mantém-se à frente no seleto grupo dos maiores produtores mundiais de alimentos. E pode avançar ainda mais, ampliando sua participação no mercado. Essa é a avaliação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wagner Rossi, ao fazer um balanço dos oito anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Novo status - Ele considera que é possível ao país atingir um novo status, levando-se em consideração os índices de desenvolvimento, terras agricultáveis e adoção de tecnologia agrícola desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). "Não há dúvida de que a agricultura brasileira tem condições de continuar competitiva e na vanguarda, principalmente em função das pesquisas genéticas, da produção racional e equilibrada, com foco na preservação do meio ambiente", aponta Wagner Rossi.
Produção - O governo estima que, na safra agrícola 2010/2011, a colheita de grãos pode chegar a 149,1 milhões de toneladas, caso as condições climáticas se mantenham favoráveis. Wagner Rossi destaca que tais fatores levaram o Brasil ao desenvolvimento acelerado de sua produção agrícola e a uma situação praticamente única no mundo: a autossuficiência em todos os produtos da cesta básica, com exceção do trigo. "Mesmo assim, a produção tritícola nacional é suficiente para atender metade do consumo interno", ressalta.
Exportador - Segundo Rossi, além de produzir a maioria dos alimentos que consome, o Brasil ainda é o maior exportador mundial do complexo soja (grão, farelo e óleo), carnes, açúcar e produtos florestais. No ranking mundial, o país ocupa a liderança na produção de açúcar, café em grãos e suco de laranja, e a segunda posição em soja em grãos, carne bovina, tabaco e etanol.
Força econômica- O agronegócio, que inclui toda a cadeia produtiva, desde o campo até o consumidor, é um dos motores da economia brasileira, responsável por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e um terço dos empregos. Em 2009, a produção agropecuária representou 42% das exportações, com US$ 64,7 bilhões dos US$ 152,2 bilhões exportados pelo Brasil. Entre janeiro e novembro de 2010, as vendas a países renderam US$ 70,3 bilhões na balança comercial. "Nossa expectativa é que o superávit supere os US$ 60 bilhões", destaca Wagner Rossi.
Balanço - Ele considera animador e positivo o balanço da agricultura brasileira nos últimos oito anos. Em 2003, o Brasil colheu 123,2 milhões de toneladas de grãos. Neste ano, 149 milhões de toneladas, um incremento de 21% na produção. "O melhor é que esse resultado vem do aumento de produtividade", explica, citando que a área plantada teve variação de 17% no período.
Área - Segundo os dados do Ministério da Agricultura, em 2003, a lavoura ocupava área de 40 milhões de hectares. Em 2010, representa 47 milhões de hectares. Na previsão da próxima safra agrícola, essa área praticamente se mantém, apesar do aumento previsto da produção. Isso significa que o Brasil produz mais alimentos numa área que se mantém constante - ou seja, o crescimento das safras se deve ao aumento da produtividade.
Medidas específicas - O ministro Wagner Rossi destaca que a política agrícola do governo Lula, a partir de 2009, adotou medidas específicas para estimular a classe média rural, as cooperativas e a agricultura sustentável. "O governo intensificou as medidas que buscam aprimoramento e expansão do apoio à preservação do meio ambiente, com a criação de linhas de crédito e novos programas de incentivo à adoção de práticas conservacionistas, incluindo a recuperação de áreas degradadas e a redução da emissão de gases que provocam efeito estufa", afirma.
Exemplos - Ele cita como exemplos, os programas Agricultura de Baixo Carbono (ABC), de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) e de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa). "Com esses programas, o governo federal dá uma efetiva demonstração de comprometimento com a sustentabilidade ambiental do agronegócio", avalia o secretário de Política Agrícola. (Mapa)
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O Banco do Brasil ampliou a proteção de sua carteira de crédito rural ao "blindar" essas operações com mecanismos de mitigação contra riscos climáticos e oscilações de preços ("hedge") em 518,3 mil contratos. Mesmo sem uma medida oficial do governo, que ainda discute a substituição do tradicional subsídio à produção por mecanismos de proteção de mercado, o banco está próximo do "risco zero" na agricultura familiar e tem avançado para reduzir a exposição da carteira no segmento empresarial. No geral, 25% das operações de crédito rural do BB estão cobertas por instrumentos de mitigação contra prejuízos financeiros e 55,5% contra perdas climáticas.
Familiares - O avanço do BB na proteção dos empréstimos rurais é liderado pelos produtores familiares. Até novembro, 95,5% dos 391,5 mil contratos tiveram proteção de clima e 91,15% adotaram um "hedge" de preço. Isso equivale a R$ 2,8 bilhões em proteção. Apenas 13,8 mil contratos não usaram esses mecanismos de mercado."O papel fundamental do banco é demonstrar o lado positivo, difundir e formar essa consciência de proteção", afirma o vice-presidente de Agronegócios do BB, Luís Carlos Guedes Pinto.
Empresarial - Na agricultura empresarial, o ritmo é mais lento. A carteira de 126,8 mil contratos tem 45% da safra protegida de catástrofes climáticas e 7% das oscilações de preço. Na soma, esse expediente resguarda R$ 4,65 bilhões. "Hoje, o produtor já tem custos e preços favoráveis para ampliar essa fatia", diz. A tendência de massificação do seguro de clima e renda tem levado o banco a melhorar a performance de sua carteira rural, estimada em R$ 75,5 bilhões. No atual ano-safra 2010/2011, os empréstimos ao setor rural financiaram uma área 7% maior no milho e 7,3% superior na soja quando comparado ao ciclo anterior.
Demanda - "E não temos recebido queixas ou reclamações. Não há demanda reprimida", afirma o executivo. Todas as operações de custeio no Rio Grande do Sul, por exemplo, tiveram o amparo de mitigadores de risco. Nesses casos, o crédito só é liberado acompanhado da proteção.
Perdas - Em safras anteriores, a partir da forte crise climática de 2006, o BB teve que assumir R$ 4 bilhões em perdas geradas pela carteira rural. Mas as prorrogações de crédito caíram de R$ 16 bilhões para R$ 9 bilhões nesse período. "Passamos de 30% para 12% da carteira. As provisões são menores e houve queda na inadimplência. Nossa carteira é mais saudável", diz Guedes.
Projeção - A boa aceitação dos instrumentos de mitigação pelo setor levam o BB a projetar uma alteração de médio prazo no modelo de crédito rural. O banco acredita que os subsídios da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) deve ser concentrado no segmento familiar. "O produtor sempre quer mais PGPM. Mas tem que restringir isso à agricultura familiar. A empresarial precisa ir ao mercado com um subsídio pontual do governo ao 'hedge'. Se o preço for melhor no futuro, ele devolve ao Tesouro", defende Guedes. No México, onde o modelo foi adotado com sucesso, os produtores "devolvem" ao governo 40% dos subsídios ao "hedge" de preços, segundo o executivo. "Lá, eles gastam US$ 900 milhões por safra com o milho", afirma o vice-presidente.
Comercialização - O Banco do Brasil também projeta um bom cenário para a comercialização da nova safra, a partir de janeiro. "As margens são positivas para todos os segmentos de forma bastante significativa", avalia Guedes. O clima favorável e a boa produtividade devem ser somados à redução de custos e à alta dos preços internacionais. "A conjugação do câmbio atual com os picos de preços é positiva. Vamos para a quinta safra de margens boas", projeta o executivo do BB. Mas, mesmo em meio à euforia, há interrogações: "Há um 'La Niña' moderado, que traz algum risco ao Rio Grande do Sul e as regiões oeste de Santa Catarina e Paraná. Ainda temos três meses de evolução, mas a safra é boa e deve ser similar a 2010", avalia o vice-presidente do banco. (Valor Econômico)
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A safra Argentina de soja e milho chega à fase crucial de desenvolvimento traumatizada por volumes de chuvas muito abaixo do normal e por temperaturas elevadas. E as previsões para os próximos dias são consideradas preocupantes, por seguirem as tendências do fenômeno La Niña. "Se não chover em dezembro, haverá quebra de produção", prevê Vinícius de Melo Xavier, consultor da FCStone.
Milho - A maior ameaça é sobre o milho, que registra seca em mais da metade da área plantada. O panorama climático projetado pela Bolsa de Cereais portenha não mostra chuvas suficientes para reverter totalmente a falta de umidade do solo em regiões das províncias de Santa Fé e Buenos Aires. As precipitações das próximas semanas serão decisivas para o desenvolvimento vegetativo.
Plantio - De acordo com o último relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio do milho foi concluído em 2,61 milhões hectares dos 3,15 milhões de hectares previstos para esta temporada, o que corresponde a 83% da área do cereal. Na soja, as sementes cobrem 65% das lavouras, ou 12,16 milhões de um total de 18,7 milhões de hectares.
Soja - O cenário da soja é um pouco mais tranquilo, mas também preocupa os produtores. "Está chovendo, mas com muita irregularidade e em volumes reduzidos", conta Sandra Occhiuzzi, coordenadora do Departamento de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura da Argentina. Os níveis de reserva de água no solo se dividem entre adequados e regulares. A diminuição das chuvas fez a semeadura da oleaginosa atrasar em seis pontos porcentuais em relação ao ano passado, tarefa que deve ser concluída nas próximas três semanas.
Redução - A possibilidade de quebra de safra na Argentina faz o mercado cogitar redução nas estimativas de produção apontadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA, para o país sul-americano. Segundo Xavier, a expectativa, pouco antes da divulgação do último relatório, na quinta-feira, era de que a produção de milho fosse reduzida para 22 milhões de toneladas e a de soja para 51 milhões. Porém, o órgão norte-americano manteve suas projeções, que são de 25 milhões de toneladas de milho e 52 milhões de toneladas de soja.
Os indicadores argentinos, no entanto, mostram impacto climático maior. A Bolsa de Comércio de Rosário da Argentina estima a produção de soja em 49,5 milhões de toneladas e a de milho entre 21 e 22 milhões de toneladas. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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Ampliar os investimentos estrangeiros no agronegócio brasileiro é o objetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para 2011. Países com disponibilidade de recursos financeiros para investir e que, ao mesmo tempo, veem as políticas de segurança alimentar como prioridade, (como os do Extremo Oriente e do Oriente Médio), devem ser o foco de atuação do ministério. "Vamos apresentar as vantagens competitivas do Brasil, como a nossa liderança mundial em tecnologia tropical e a tradição do nosso empreendedorismo no campo. Contamos ainda com uma economia pujante e arcabouços legal e institucional sólidos", informa o assessor para Investimento Estrangeiro do Mapa, Maurício Fleury Curado.
Missão de Investimentos - Neste ano, a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio participou da primeira Missão de Investimentos promovida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No período de 28 de novembro a 6 de dezembro, foram visitadas as capitais de cinco países: Damasco (Síria), Kuwait (Kuwait), Doha (Catar), Riade (Arábia Saudita) e Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos).
Omã - A delegação do Mapa também manteve encontros com autoridades do governo de Omã. Esse outro país da Península Arábica demonstrou interesse em realizar investimentos nas cadeias produtivas, produção, processamento, distribuição, armazenagem, logística e infraestrutura. "Esses países dão muita importância à questão da segurança alimentar. Pretendemos ser o principal fornecedor de alimentos para eles", informa Curado.
Planos - Durante a missão, empresas, associações e cooperativas selecionadas pelo Ministério da Agricultura apresentaram planos de investimento que poderão ter aporte externo. Entre eles, encontram-se projetos para aquisição e beneficiamento de terras para produção, empresas para produção de leite em pó, criação e processamento de frangos, além de empreendimentos para armazenamento e comercialização de grãos e outros produtos de exportação.
Dinamismo - "Os empresários ficaram impressionados com o dinamismo do agronegócio brasileiro. Somos destaque em produtividade. Enquanto, por exemplo, nossa produção de grãos aumenta, em média, 5% ao ano, a área cultivada amplia-se em apenas 1%", enfatiza Curado. Em 2011, as empresas que participaram dessa primeira missão de investimentos continuarão em contato com os potenciais investidores estrangeiros para verificar a possibilidade de parcerias.
Alimentos - Segundo Curado, há um real desafio em garantir alimentos para todos, pois em função do crescimento populacional e da renda per capita no mundo, há uma tendência global de aumento da demanda por produtos ricos em proteína, como a carne, mas que requerem maior produção de grãos. "Somos os maiores exportadores das carnes bovina e de frango do mundo. Além disso, o Brasil é um dos poucos países em que a fronteira agrícola ainda não se esgotou", explica.
Exportações - Em 2009, as exportações brasileiras para a Arábia Saudita renderam US$ 1,5 bilhão. Os produtos mais vendidos foram carne de frango (US$ 740 milhões), açúcar (US$ 340 milhões) e milho (US$ 100 milhões). Para os Emirados Árabes Unidos, as vendas alcançaram US$ 1,1 bilhão, com o Kuwait, US$ 340 milhões, Síria, US$ 277 milhões e Catar, US$ 95 milhões. Em 2011, o Brasil pretende diversificar ainda mais sua pauta de exportações, ampliando a oferta de produtos exportáveis. Setores pouco explorados, como mel ou produtos do reflorestamento, deverão receber maior atenção. (Mapa)
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* Dilceu Sperafico
As cooperativas paranaenses reivindicam investimentos em infra-estrutura com a autoridade de quem mais contribui para o desenvolvimento do Estado. As 240 entidades e seus 600 mil cooperados respondem por 54% do Produto Interno Bruto (PIB), do Paraná, gerando 63,5 mil empregos diretos.
As colocações diretas e indiretas somam 1,4 milhão e o setor treinou 125 mil pessoas em 2010. Com faturamento bruto de 28 bilhões de reais neste ano, contra 25 bilhões em 2009 e apenas seis bilhões em 2000, o sistema recolheu 1,1 bilhão de reais em tributos no atual exercício e irá investir 1,3 bilhão em agroindústrias em 2011, gerando sete mil novos empregos.
As exportações somarão 1,6 bilhão de dólares em 2010, contra 1,47 bilhão em 2009. Os números impressionantes foram revelados no Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses de 2010, em três de dezembro, em Curitiba, retratando com fidelidade a força do cooperativismo no Estado.
O Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Sistema Ocepar), tem nos dado oportunidades de conhecer um pouco mais desse desempenho em favor de toda a população paranaense.
Ao organizar, assistir tecnicamente, financiar, fornecer insumos, representar os agricultor e receber, beneficiar, estocar, industrializar e comercializar a produção, as cooperativas não atendem apenas o meio rural. Fomentam e sustentam o agronegócio, que é base da economia das cidades de pequeno, médio e grande porte, pois o Paraná como um todo depende do campo.
Nos pequenos e médios municípios essencialmente agrícolas essa dependência é mais explícita, mas a economia de Curitiba e região metropolitana não resistiria muito tempo às frustrações da agropecuária estadual.
O Paraná gira em função do agronegócio, pois até mesmo as atividades tipicamente urbanas estão atreladas ao comportamento do agronegócio. As boas safras não se refletem apenas no aumento das vendas de colheitadeiras, tratores, plantadeiras e caminhões.
Influenciam da mesma forma a demanda de automóveis, geladeiras, televisores, confecções, telefones celulares e outros bens de consumo, cuja fabricação, comércio e manutenção sustentam os empregos e a arrecadação das cidades.
Considerando essa realidade, o sistema cooperativista tem autoridade para cobrar e não apenas solicitar novos e maiores investimentos em infra-estrutura de escoamento, movimentação, armazenagem e exportação da produção. A logística é fundamental para a manutenção do desempenho do campo e a permanência do agricultor na atividade rural.
O produtor quer escoar a produção com mais segurança e menores custos, visando a preservação da remuneração do seu trabalho e investimento e do próprio mercado, com a oferta de alimentos a preços acessíveis aos consumidores.
Como na campanha eleitoral o Sistema Ocepar encaminhou reivindicações aos candidatos ao governo federal e estadual, passadas as eleições, os cooperados têm a expectativa de alguma resposta dos eleitos, a partir de 1º de janeiro.
No Paraná, felizmente, há otimismo com relação ao futuro governo estadual, com promessas de melhorias no Porto de Paranaguá, rodovias, ferrovias e distribuição de energia, entre outros setores essenciais.
O sistema cooperativista anseia a eliminação de gargalos para continuar sendo competitivo, produzindo, exportando, gerando empregos, recolhendo tributos e promovendo o desenvolvimento do Paraná.
* Dilceu Sperafico é deputado federal pelo Paraná
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Praticamente encerrada, a safra 2010/2011 de cana-de-açúcar deu bons dividentos para toda a cadeia produtiva que envolve o setor - desde o produtor até as usinas de açúcar e as destilarias de álcool No Paraná, a produção atingiu 3 milhões de toneladas de açúcar e 2 bilhões de litros de álcool, sendo que ambos os produtos estão sendo bem remunerados, tanto no mercado interno quanto para exportação
Preço médio - Segundo informações do Departamento de Economia Rural da Secretaria do Estado de Agricultura e Abastecimento (Deral/Seab), o preço médio da tonelada de cana-de-açúcar saltou de R$ 32,22 para R$ 37,78 no último ano, um aumento de pouco mais de 17% A ascenção do preço envolve três fatores: o ajuste do setor produtivo nos dois últimos anos, o aquecimento do mercado internacional no que diz respeito ao açúcar e uma certa restrição ao clima, já que havia expectativa de estiagens ''Os problemas envolvendo o clima acabaram não se confirmando, tivemos chuvas regulares Para o produtor está sendo muito bom'', explica Disonei Zampieri, coordenador sucroalcooleiro do Deral
Nominais - Os preços médios nominais no que diz respeito às indústrias do Paraná e São Paulo apontam que o litro do álcool anidro (com até 1% de água e pode ser usado na gasolina) na destilaria subiu de R$ 0,88 em abril para R$ 1,19 em novembro, o que representa um aumento de 39% Já o hidratado (utilizado como combustível) saltou de R$ 0,74 para R$ 1,05 no mesmo período, um crescimento de 42%
Açúcar - O açúcar foi o produto que teve maior ascenção. Em abril, a saca de 50kg estava sendo comercializada a R$ 52,41 e no mês passado atingiu R$ 75,61, uma elevação de 45% ''O álcool tem mercado doméstico, já para o açúcar são feitos contratos de médio prazo com empresas internacionais'', pontua Zampieri
Demanda externa - A demanda do exterior potencializou quando países como Austrália, China e Índia, grandes produtores de açúcar, passaram por problemas climáticos nos últimos anos O principal foi com a Índia, que tem elevada produção juntamente ao Brasil ''A Índia está regularizando sua produção agora, mas a demanda continua alta'', analisa o técnico do Deral
Paraná - No Paraná, a exportação via Porto de Paranaguá no ano passado atingiu 2,2 milhões de toneladas de açúcar, um número bem representativo comparado à produção do Estado ''Boa parte do açúcar produzido no Mato Grosso, São Paulo e Paraná é exportado Na safra passada, a produção foi bem similar à deste ano, com 3,2 milhões de toneladas de açúcar e 2,1 bilhões de álcool'', complementa Zampieri. (Folha de Londrina)
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A agropecuária do Paraná deve encerrar, na gestão de Beto Richa (PSDB), um ciclo de relações turbulentas com o governo do estado. Os executivos escolhidos para comandar três secretarias estaduais diretamente ligadas ao setor - Agricultura, Meio Ambiente e Indústria e Comércio - declaram amplo apoio à produção, à industrialização e aos investimentos em infraestrutura. Além disso, garantem que não vão impor barreiras políticas à produção de grãos transgênicos - que representam mais da metade das lavouras de soja e milho do estado - e que haverá mais flexibilidade em questões ambientais.
Meio Ambiente - Depois da nomeação de Norberto Ortigara para a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento - com amplo apoio de técnicos e agropecuaristas -, a principal preocupação dos produtores rurais era a Secretaria do Meio Ambiente. Na última semana, Richa anunciou que a pasta será administrada por Jonel Nazareno Iurk, ex-superintendente do Ibama (1995-1999) com experiência em desenvolvimento sustentado.
Reconstrução - As sombras de preocupação foram afastadas após uma visita de Iurk à Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Diante dos diretores da Ocepar, ele defendeu a reconstrução da imagem do estado em relação ao setor produtivo e disse que pretende trabalhar em parceria com os especialistas em meio ambiente que atuam dentro das cooperativas. Afirmou que a intenção da visita era mostrar que o governo, incluindo a área ambiental, vai "caminhar junto" com o setor produtivo.
Agroindustrialização - Ao lado de Iurk, estava Ricardo Barros, que vai assumir a pasta de Indústria e Comércio e prometeu trabalhar pela agroindustrialização, principal projeto das cooperativas rumo ao faturamento anual de R$ 30 bilhões. Neste ano, elas devem atingir R$ 28 bilhões, prevê a Ocepar. Barros disse considerar a agregação de valor aos produtos agrícolas "fundamental" para o desenvolvimento do Paraná e que o estado vai estimular investimentos em novas indústrias.
Cobranças diretas - Apesar de não ter declarado apoio a Beto Richa na campanha eleitoral, os representantes dos produtores afirmam que, se houver problemas nas áreas estratégicas, farão cobranças diretas ao governador eleito. O setor promoveu reuniões de produtores para ouvir propostas de Beto e de seu principal adversário, Osmar Dias (PDT). Nessas reuniões, ambos se mostraram favoráveis às principais reivindicações da agropecuária, afirma o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que representa os sindicatos rurais, Ágide Meneguette.
Infraestrutura e Logística - Além do apoio das três secretarias - Agricultura, Meio Ambiente e Indústria e Comércio -, o setor agropecuário busca selar compromisso com a Secretaria de Infraestrutura e Logística, que será ocupada por Pepe Richa, irmão do governador eleito. Os investimentos em estradas e no Porto de Paranaguá são considerados decisivos para garantir rentabilidade à produção rural.
Críticas - Durante as duas gestões de Roberto Requião (PMDB), o setor agropecuário criticou fortemente a política de restrição à produção de transgênicos, as operações fiscais em defesa do ambiente com prisões de produtores e as limitações do Porto de Paranaguá. Além de tentar impedir o embarque de transgênicos, inibindo a produção, o Paraná barrou temporariamente o uso de agrotóxicos necessários à adoção dessa tecnologia. Na área ambiental, os produtores vem sendo pressionados, por exemplo, a reflorestar 20% de suas áreas sem descontar a mata próxima às margens dos rios, critério em revisão no governo federal, com definição prevista para 2011. (Gazeta do Povo)
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Um Estado marcado pela produção de derivados de petróleo, veículos, fertilizantes, soja, confecções, energia elétrica, além da presença forte da agroindústria. Esse é o retrato revelado pela pesquisa do Produto Interno Bruto dos Municípios realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dez cidades do Paraná concentram 58% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. O levantamento traz Curitiba no topo da lista com 24,2% de participação na geração de riquezas do Paraná até pela grande concentração de indústrias Araucária, localizada na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) fica na segunda colocação com 6,1% do PIB do Estado. Neste município é forte a participação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) com a produção de derivados de petróleo.
São José dos Pinhais e Londrina - A terceira cidade no ranking é São José dos Pinhais com 5,8% do PIB justamente por conta das montadoras de veículos e suas fornecedoras, das empresas do setor metalmecânico e das fabricantes de máquinas e equipamentos. Londrina aparece na quarta colocação com 4,5% do PIB, cidade que é movida principalmente pela agroindústria.
Paranaguá e Maringá- Em seguida, vem Paranaguá com 4% em função das indústrias de fertilizantes e a forte presença do Porto e do processamento de soja. Na sexta colocação aparece Maringá (3,43% do PIB), município fortalecido pela agroindústria e pelas unidades industriais da área têxtil.
Outras - Na sétima posição está Foz do Iguaçu (3,35% do PIB) movida pela geração de energia elétrica em função da presença da Usina Hidrelétrica de Itaipu Para completar os dez municípios vem Ponta Grossa (2,8% do PIB), Cascavel (2,5%) e Pinhais (1,4%) Em serviços, os destaques foram Curitiba, Araucária, Londrina, Maringá e São José dos Pinhais.
Comparativo - Na comparação nacional, Curitiba representa 1,4% do PIB do País e fica na quarta colocação. Junto com São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Manaus, as seis capitais concentram 25% do PIB do País. As cidades paranaenses que têm mais representação no cenário nacional são Curitiba, São José dos Pinhais (0,34%), Araucária (0,36%) e Londrina (0,26%). O Paraná também teve nove municípios entre os 100 maiores PIBs do Brasil que são: Curitiba (4º), Araucária (35º), São José dos Pinhais (38º), Londrina (51º), Paranaguá (58º), Maringá (74º), Foz do Iguaçu (75º), Ponta Grossa (91º) e Cascavel (100º).
Agropecuária - O maior PIB da agropecuária do Estado é do município de Castro com valor adicionado de R$ 298,9 milhões e o 23º maior do Brasil. Esta localidade concentra a produção de leite e derivados e soja. Os outros municípios que compõem o topo da lista do Estado nesta classificação são Tibagi (R$ 216,9 milhões com madeira), Toledo (R$ 206 milhões com grãos e suínos), Cascavel (R$ 176,4 milhões com grãos e aves) e Guarapuava (R$ 157,8 milhões com grãos).Londrina fica na 10ª posição com R$ 133,1 milhões. O valor adicionado da agropecuária representa a riqueza produzida por este setor.
Pesquisa - Os dados fazem parte da Pesquisa do Produto Interno Bruto dos Municípios e são referentes ao ano de 2008. O pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Fernando de Lima, destacou que 2008 foi um ano muito bom para a indústria até setembro. Com isso, São José dos Pinhais conseguiu sair da 41 posição entre os 100 municípios com o maior PIB do Brasil para a 38 posição. O estudo também traz informações da renda per capita. No Paraná, a maior é a de Araucária com R$ 94.996 per capita/ano e a menor é Piraquara com R$ 4.532 per capita/ano. Curitiba ficou com valor de R$ 23.696, Londrina com R$ 15902 e a média paranaense foi de R$ 16.928.
Quinta economia do País - O Paraná é a quinta economia do País e responde por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Só perde para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Segundo o pequisador do Ipardes, Fernando de Lima, os gaúchos ainda superam os paranaenses por terem população e área maiores, além de mais potencial para a agricultura. A indústria do Rio Grande também é mais antiga e fundamentada nos setores de calçados, veículos e petroquímico. (Folha de Londrina)
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A cada ano, felizmente a cena vem se repetindo na Coamo Agroindustrial Cooperativa, com sede em Campo Mourão, Noroeste do Estado. Bons resultados e produtores com dinheiro no bolso para celebrar o ano agrícola e as festas de final de ano. O presidente da cooperativa, engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini anuncia para quarta-feira (15/12), a distribuição antecipada de um total de R$ 25 milhões em sobras referente ao resultado preliminar do exercício de 2010. Terão direito ao benefício os mais de 22 mil cooperados espalhados por 63 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, na proporção da sua movimentação durante o ano com os produtos soja, milho, trigo e também insumos.
Comércio - O dinheiro garantirá os festejos de Natal e Ano Novo da família Coamo e é comemorado não só pelos produtores, mas também pelo comércio na região de ação da Coamo. "Neste ano em que a Coamo comemora seus 40 anos esta notícia de antecipação de parte das sobras é bem recebida e aguardada com muita expectativa por cooperados e familiares. E como eles mesmos dizem, esse dinheiro é como se fosse o 13º do produtor rural", avalia o presidente da Coamo, José Aroldo Galassini. Segundo ele a tradição do pagamento das sobras nessa época do ano faz muito bem ao cooperados e sobretudo ajuda neste período das festas de final de ano. "Além de "engordar" o Natal dos agricultores, o dinheiro das sobras também ajuda a impulsionar o comércio neste final de ano", prevê Gallassini.
Melhor recebimento da história - Em 2010 a Coamo registrou o maior recebimento de produção da sua história de 40 anos. "Porém, quanto aos preços das commodities o ano pode ser dividido em duas fases. No primeiro semestre os preços dos produtos agrícolas estiveram abaixo das expectativas dos produtores, bem diferente do cenário atual que vem registrando uma recuperação dos preços, que fará com que o ano tenha uma média positiva de comercialização", considera Gallassini. (Imprensa Coamo)
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O porto de Paranaguá, maior exportador de grãos do país, é um retrato de como o Brasil desperdiça o que produz. As ruas próximas ao porto e trilhos de trem ficam imundos. Milho e soja se misturam a garrafas e sacos plásticos e viram lixo, que atrai moscas e deixa o ar insuportável. "É horrível, é terrível. A gente passa até mal aqui às vezes, viu", diz o caminhoneiro Carlos Roberto.
Estatística - Segundo o IBGE, o Brasil desperdiça 10% da sua produção de grãos. A previsão é colher 145 milhões de toneladas na próxima safra. Quase 15 milhões de toneladas de soja, milho e trigo são jogados fora. No cinturão do milho, no meio-oeste dos Estados Unidos, é só olhar para perceber a diferença. A produção de 415 milhões de toneladas de soja e milho é praticamente toda aproveitada. Um engenheiro agrônomo brasileiro ficou impressionado durante a visita às fazendas americanas. "Você enxerga muito poucos grãos na lavoura, realmente eles otimizam ao máximo toda a estrutura de produção", diz Robson Maffioleti.
Trens - Além das hidrovias, é comum encontrar linhas de trens ao lado das lavouras para ajudar no escoamento. O agricultor Ken Peart, de Scales Mound, estado de Illinois, explica que a soja que acaba de ser tirada do campo está indo diretamente para o terminal de embarque. Até chegar aos terminais, são utilizadas o que os americanos chamam de estradas rurais, completamente diferentes das rodovias do Brasil. O asfalto, lisinho, vai até a porteira da fazenda.
Tecnologia embutida - E os caminhões? Além do jeitão invocado, eles também têm muita tecnologia embutida. As carretas são seladas e, na hora de descarregar os grãos, o funcionário puxa uma alavanca e tudo o que estava lá dentro desce por uma espécie de funil e fica armazenado.Para entender a diferença entre os caminhões brasileiros e os americanos basta reparar nos acostamentos das estradas nos Estados Unidos. Eles são completamente limpos, sem nenhum grão perdido. Desperdício zero! O caminhoneiro americano até acha graça quando pergunto quanto ele perde no caminho da lavoura até os armazéns. A resposta? Nada, nenhum desperdício. (Reportagem veiculada no Jornal da Globo. Acesse o conteúdo completo pelo endereço eletrônico http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/12/desperdicio-de-graos-prejudica-producao-brasileira-de-soja.html
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Gestores e técnicos do agronegócio, meio ambiente, pesquisa, extensão rural, desenvolvimento agrário e agentes financeiros de diversos estados participam de treinamento para nivelamento das práticas sustentáveis do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), nesta semana, em Brasília. O curso de dois dias detalha aspectos técnicos sobre o Sistema de Plantio Direto, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), recuperação de pastagens degradadas, fixação biológica de nitrogênio e cultivo de florestas econômicas. O objetivo é formar multiplicadores para o programa.
Programa - Lançado em junho deste ano pelo governo federal, o Programa ABC coloca à disposição de produtores rurais R$ 2 bilhões, a juros de 5,5% ao ano, para investimento nessas técnicas sustentáveis. O programa consolida as metas do Brasil negociadas na Conferência entre Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP15), em 2009, em Copenhague (Dinamarca). O chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Derli Dossa, enfatiza que esta é uma oportunidade para o Brasil desenvolver a agricultura mais verde do mundo. "A agricultura ambientalmente correta traz benefícios para a sociedade e para a economia, além de aumentar as vendas externas aos mercados que valorizam a sustentabilidade", ressalta.
Plano setorial - O programa ABC está inserido no Plano Setorial da Agricultura, que faz parte do Programa Nacional de Mudanças Climáticas, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República. De acordo com o pesquisador Luiz Adriano Maia Cordeiro, do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, o compromisso brasileiro é reduzir entre 36,1% e 38,9% dos gases, evitando a emissão de cerca de um bilhão de toneladas de CO2 na atmosfera até 2020. "Os processos de transferência de tecnologia e de difusão da programação do ABC se estenderão nos próximos dez anos", destaca.
Renda - Além da preocupação de reduzir a emissão dos gases de efeito estufa na agricultura, as práticas sustentáveis geram renda para o produtor. "Isso significa a melhoria na eficiência e na gestão do negócio no campo", afirma Mauricio Carvalho de Oliveira, Chefe de Divisão de Agricultura Conservacionista da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa.
Treinamentos - O primeiro treinamento terminou nessa terça-feira (07/12) e o segundo será realizado na quinta-feira (09/12) e na sexta-feira (10), na Embrapa Estudos Estratégicos e Capacitação (CECAT), no final da Av. W3 Norte, em Brasília. Informações e inscrições no (61) 3218 2644 e 3218 2978 (Nathália e Soraia) ou pelos e-mails
Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ,Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. eEste endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .Reunião - As lideranças do setor agropecuário vão se reunir no próximo dia 14, em Goiânia (GO), para tratar da participação de técnicos e agentes na difusão do programa e da sensibilização dos profissionais para o trabalho naquele estado. A primeira reunião nacional ocorreu em agosto deste ano, em Brasília. (Mapa)
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A próxima safra de trigo já está causando apreensão aos produtores do Paraná devido aos novos e mais rígidos padrões de classificação do produto, que devem afetar diretamente a escolha de sementes, técnicas de manejo, segregação e preço final. O novo padrão oficial só foi regulamentado pelo Ministério da Agricultura no fim do mês passado e o resultado é que nem as indústrias de sementes conseguiram se adequar às novas normas. "As cultivares disponíveis serão as mesmas, mas ainda não tivemos tempo de fazer o levantamento para readequação à nova classificação", pontua Eugenio Bohatch, diretor-executivo da Associação Paranaense de Produtores de Sementes e Mudas (Apasem). Levantamento preliminar da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) mostra que o produtor paranaense deve reduzir de 5% a 10% o plantio de trigo no próximo ciclo. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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A 2ª fase do trabalho de campo da Expedição Safra tem início em 7 fevereiro, a partir do Show Rural Coopavel, em Cascavel, no Oeste do Paraná. As equipes de técnicos e jornalistas voltam a campo para fazer o balanço da temporada, ajustar os números e checar se as tendências antecipadas no início do ciclo se confirmaram. Além de percorrer novamente os 12 estados brasileiros, a Expedição segue para acompanhar a colheita e constatar o desempenho da safra de verão no Paraguai e na Argentina. Será o segundo ano-safra nesses países, consolidando a cobertura da América do Sul à América do Norte.
Europa - Para atender uma das temáticas desta temporada, a Expedição também desembarca na Europa. Em busca de informações e perspectivas do mercado de grãos, uma equipe vai ouvir produtores, traders e analistas na Alemanha, França e Holanda. A escolha dos países se justifica por questões técnicas e econômicas. O primeiro, por ser o grande centro comercial europeu; o segundo, o maior produtor; e o terceiro, a porta de entrada das commodities agrícolas na União Europeia, pelo porto de Roterdã. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)