AFTOSA: Técnicos do Mapa vão reavaliar rebanho do PR

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O Ministério da Agricultura vai enviar seus técnicos a Curitiba na próxima terça-feira (27/12) para uma reunião de trabalho com os técnicos da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná, quando o governo estadual espera chegar ao final do impasse sobre a decretação de foco de febre aftosa no Estado. Este acordo foi feito nesta quarta-feira (21) entre o secretário da Agricultura e vice-governador, Orlando Pessuti, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e deputados da bancada federal do Paraná. “Temos elementos suficientes hoje que demonstram que esse foco de febre aftosa deve ser cancelado”, afirmou o secretário Pessuti, ao explicar que a reunião entre técnicos da Secretaria e do Ministério servirá para uma análise detalhada das novas investigações feitas pelo governo estadual, que poderá implicar novas incursões ao campo, e para estabelecer um cronograma de ações que possam levar a uma posição conclusiva sobre o estabelecimento do foco de aftosa no Paraná.

Bancada - A reunião com o ministro Roberto Rodrigues foi pedida pela bancada de deputados paranaense. Participaram do encontro, além do secretário Pessuti, o chefe do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária da Secretaria, Felisberto Batista, coordenador-geral de Combate às Doenças do Departamento de Saúde Animal Jamil Gomes de Sousa, e os deputados Moacir Micheletto (PMDB), Dirceu Sperafico, Assis Couto, César Silvestre, Eduardo Sciarra (PSDB), Ricardo Barros (PFL), Abelardo Lupion (PFL).

Negativos - O pedido de audiência para que o Ministério pudesse reavaliar o ato de declaração do foco de febre aftosa no Paraná ocorreu em função dos resultados laboratoriais negativos dos exames realizados com 48 amostras coletadas de animais da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira. Ao secretário Pessuti e os parlamentares, Roberto Rodrigues disse que o Ministério não tem condições de retroceder no ato, tomado com base nas normas internacionais em função da sorologia positiva encontrada nos primeiros exames e na vinculação epidemiológia com a origem dos animais da Fazenda Bonanza, no Mato Grosso do Sul.

Compromisso - O secretário Pessuti argumentou ao ministro que retomasse o compromisso firmado com ele por Rodrigues - se os exames de sorologia Probang dos animais da Fazenda Bonanza dessem positivo, seria reconhecido o foco; se dessem negativo, o governo federal decretaria o Paraná livre de febre aftosa. “Se o Ministério tinha uma sorologia positiva no dia 5, agora ele tem os 46 resultados negativos”, atestou Pessuti. Pessuti lembrou que o governador Roberto Requião ponderou que o Governo do Paraná poderá até tomar medidas práticas para evitar que o estabelecimento de foco de aftosa no Paraná traga mais prejuízos ao setor agropecuário e para que o Estado volte a ser área livre de aftosa, mas o governo estadual não abrirá mão da verdade. “Nós não concordamos com o foco de aftosa, temos mais elementos a partir do aprofundamento das investigações que confirmam nossa posição e buscamos uma solução final a partir dessa reunião do dia 27”, disse.

Medidas - As entidades que compõem o Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec) - entre elas Faep, Ocepar, Avipar, Sindicarne e Sindileite - recomendaram ao governo do Estado a adoção das medidas preconizadas pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), mesmo que envolva o sacrifício sanitário dos animais, com o intuito de estancar com a maior brevidade os prejuízos que as cadeias produtivas de carnes bovina, suína, avícola e lácteos estão sofrendo. Essa decisão conjunta das entidades foi tomada no dia 12 de dezembro, durante uma reunião extraordinária do Fundepec. (AENotícias)

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