AGROLEITE I: Com mais debate, feira pede espaço maior
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Referência nacional para a pecuária leiteira, a Agroleite - que segue até sábado (14/08) em Castro (Campos Gerais) - abriu espaço para exposições e discussões da ovinocultura, da suinocultura e do setor de grãos. Seminários técnicos debatem as novas tendências da produção mundial de alimentos, remodelando o evento. O setor de leilões e remates de animais ficou cercado por estandes e máquinas em exposição. Porém, apesar do interesse múltiplo, a previsão é que o número de visitantes se mantenha entre 40 mil e 50 mil. O total de expositores também permanece abaixo de 150. A meta de faturamento é a mesma atingida nos últimos dois anos, cerca de R$ 10 milhões. O total de animais expostos se estabilizou na faixa de 700. Segundo os organizadores, o evento depende de um espaço mais estruturado para crescer.
Pecuarista - De acordo com o presidente da Castrolanda, Frans Borg, a Agroleite tem como público alvo o pecuarista e demonstra potencial de crescimento sem mudança significativa nesse perfil. Foi criada pela cooperativa em 2001 sem grande alarde e cresceu a um patamar que desafia os organizadores. Borg defende a ampliação dos investimentos na estrutura da feira. Ele considera que o espaço ganha melhores condições de receber o público a cada ano, mas pavilhões e construções mostram-se pequenos.
Atenção - O secretário estadual da Agricultura, que participou da abertura da feira, defendeu que Castro merece atenção do governo por ser líder em produtividade, com média cada vez mais próxima de 30 litros de leite por vaca ao dia. Capital do Leite, o município é líder nacional em produção, com 140 milhões de litros ao ano. O vice-prefeito de Castro em exercício, Alvaro Telles, defende que o município reforce sua vocação para crescer economicamente. No entanto, não há previsão de investimentos de peso na estrutura que recebe a Agroleite.
Ampliação - A feira é realizada anualmente no Parque Dario Macedo, que pertence ao município. Com 30 hectares, o imóvel é próximo à Castrolanda e pode ter sua estrutura de exposições ampliada. As obras têm se limitado a melhorias nas vias de acesso e a reformas em instalações e sanitários. A discussão sobre o assunto precede cada edição da feira e, segundo os organizadores, deve ser retomada no próximo ano. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)