AGRONEGÓCIO III: Programação contemplou cinco palestras com especialistas
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A programação do Seminário Tendências do Agronegócio - Cenários para 2011 contemplou a apresentação de cinco palestras. Na parte da manhã, o diretor técnico da área de soja e oleaginosas e analista sênior do grupo Safras & Mercado, Flávio Roberto de França Júnior, tratou sobre "Perspectivas e tendências para a produção, consumo e comercialização de soja para a safar 2010/11". Na sequência, o economista e pós graduado em Agribusiness, Paulo Roberto Molinari, discorreu a respeito de "Perspectivas e tendências para a produção, consumo e comercialização de milho para a safra 2010/11. Na avaliação de ambos os especialistas, os preços internacionais das duas commodities devem manter tendência de estabilidade. Eles também discutiram as influências do câmbio e do clima na soja e no milho e o comportamento do mercado interno e externo
Outros temas - À tarde, após a explanação do empresário e sócio da Tendência Consultoria Integrada, Nathan Blanche, sobre "Política Cambial e seus desdobramentos no agronegócio brasileiro", o coordenador geral de estudos e informações agropecuárias do Ministério da Agricultura, Renato Henz, discorreu sobre "Novos títulos do agronegócio". "Nós trouxemos informações sobre os títulos criados no final de 2004 que o mercado vem crescentemente utilizando como forma de financiar a atividade agropecuária. Nosso objetivo também foi trazer os números e os detalhes de cada um desses instrumentos, em particular do CDCA, que é um dos novos títulos, e que pode ajudar o sistema cooperativo a capitalizar no mercado privado", afirmou Henz.
Títulos - O coordenador do Mapa falou sobre Letra de Crédito do Agronegócio (LCA); Certificado de Depósito Agropecuário (CDA) e Warrant Agropecuário (WA); Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), além do Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA). "O seminário foi muito importante pelas informações trazidas por meio de técnicos de diversas áreas. Eu imagino que todos aqueles que operam e que tomam decisões no mercado de agronegócio precisam ter informações de especialistas e elas foram trazidas. Nesse sentido, esse seminário foi muito positivo e deve ajudar muito na tomada de decisões dos empreendedores rurais", destacou Henz.
OGMs- A programação do seminário foi concluída pelo presidente do Comitê Executivo da Agrobio, Luiz Abramides do Val, que tratou do tema "Plantio de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) em Unidades de Conservação e suas respectivas zonas de amortecimento". Ele acredita que o país registra avanço na questão dos OGMs. "Acho que já passamos daquele ponto de ter uma negativa ou uma proibição. Hoje os agricultores estão conscientes do benefício dos OGMs, a sociedade como um todo já aceita. Existe um ou outro setor mais resistente, mas eu acho que os OGMs vieram para ficar e para contribuir para uma agricultura mais sustentável e mais produtiva", disse. Mas, para um avanço maior, ele defende uma regulamentação mais adequada. "Embora os produtos estejam sendo aprovados, sabemos que a legislação ainda não está completa. Existem muitas áreas onde o subjetivismo impera. E uma decisão subjetiva é muito ruim para o agricultor porque depende da interpretação ou do fiscal ou do órgão regulador. Então, necessitamos de um sistema regulatório mais adequado e mais sólido", disse. Abramides também salientou a realização do evento. "Esse seminário vem se somar a todos os esforços que o setor vem fazendo no sentido de, primeiro, profissionalizar mais os agricultores e, segundo, sensibilizar o governo sobre os problemas que existem no setor. É um evento muito bem-vindo e realizado em muito boa hora", frisou.