AGROQUÍMICOS: CNA define propostas para registro de defensivos genéricos
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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) encaminhou três sugestões ao decreto que trata de novas regras para o registro de agroquímicos genéricos. O texto, que pode ser consultado no endereço eletrônico da Casa Civil da Presidência da República, ficará em consulta pública até o dia 25 de setembro. A primeira sugestão apresentada pela CNA é o cumprimento do Acordo Mercosul que permite a importação de produtos quimicamente como similares. A segunda proposta é para que os ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente atuem de forma conjunta para reduzir a burocracia nas avaliações. A liberação de um agroquímico genérico depende da autorização das três pastas. O terceiro pedido é para extensão de uso para as pequenas culturas, permitindo que o registro de um produto formulado para uma cultura específica seja estendido para o grupo da cultura. "Nosso objetivo é assegurar o aumento da concorrência, preservando o rigor técnico com segurança para o meio ambiente e para a saúde humana", explicou o superintendente técnico da CNA, Ricardo Cotta. De acordo com ele, a concentração de mercado e a impossibilidade de importação direta fazem com que o Brasil tenha os defensivos mais caros do mundo. Cotta lembrou ainda que os defensivos agrícolas representam um importante item no custo de produção, participando nas despesas de custeio em 35% para o algodão, 31% para a soja, 23% para o milho e 19% para a cultura do arroz.
Custos - Estudos da CNA mostram que os preços dos herbicidas no Brasil superam, na média, em 41% os preços na Argentina e, no caso dos inseticidas, os preços são na média 25,4% maiores. Essa diferença de preços representa gasto adicional para os produtores brasileiros de US$ 642,6 milhões ao ano, tendo atingido US$ 1 bilhão em 2004. As informações são da assessoria de imprensa da CNA. (Agência Estado)