AGROSAFRA II: Exportação do agronegócio supera US$ 70 bilhões em 2008

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Em 2008, as exportações brasileiras chegaram a US$ 197,9 bilhões, com aumento de 23,2% na comparação com 2007, que fecharam em US$ 160,6 bilhões. As importações brasileiras chegaram a US$ 173,2 bilhões em 2008, com aumento de 43,6% na comparação com 2007, que fecharam em US$ 120,6 bilhões.Dessa forma, o saldo da balança comercial brasileira fechou 2008 em US$ 24,7 bilhões com redução de 38,2% na comparação com 2007, que fechou em US$ 40,0 bilhões.

Quadro 01 - Comparativo da balança comercial brasileira em 2007 e 2008

INDICADORES

2007

(bilhões US$)

2008

(bilhões US$)

Variação

(%)

Exportações

160,6

197,9

+23,2%

Importações

120,6

173,2

+43,6%

Saldo Comercial

40,0

24,7

-38,2%

           Fonte: Mdic/Secex, Elaboração: Ocepar/Getec - jan/2009

Balança Comercial do Agronegócio - As exportações do agronegócio fecharam na marca histórica de US$ 71,8 bilhões em 2008, com crescimento de US$ 13,4 bilhões em relação a 2007, que corresponde a 22,9% de crescimento. O superávit da balança comercial do agronegócio também registrou recorde, alcançando a cifra de US$ 60 bilhões. A participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras foi de 36,3% em 2008, mantendo igual participação de 2007.

Quadro 02 - Comparativo da balança comercial do agronegócio brasileiro em 2007 e 2008

INDICADORES

2007

(bilhões US$)

2008

(bilhões US$)

Variação

(%)

Exportações

58,4

71,8

+22,9%

Importações

8,7

11,8

+35,6%

Saldo Comercial

49,7

60,0

+20,7%

             Fonte: Mdic/Secex/Mapa, Elaboração: Ocepar/Getec - jan/2009

Importações - As importações de produtos do agronegócio aumentaram 35,6% em 2008, na comparação com ano anterior, totalizando US$ 11,8 bilhões. O produto com maior valor importado foi o trigo, com US$ 1,9 bilhão, valor 34,6% superior ao número de 2007. Esse resultado foi conseqüência do preço elevado (+48%) do trigo no mercado internacional, já que a quantidade importada foi 9% inferior.

Os resultados por produtos na balança comercial do agronegócio (em valor monetário) foram os seguintes: o complexo soja (óleo, farelo e grão) registrou crescimento de 58%; o setor de carnes (29%); café (22%); fumo e seus produtos (22%);  complexo sucroalcooleiro (18%) e produtos florestais (6%).

Liderança - O complexo soja continua na liderança das exportações com US$ 18 bilhões. Em segundo lugar, permaneceram as carnes alcançando o valor de US$ 14,5 bilhões. Em 2007, o valor das vendas desses setores (soja e carnes) já tinha ultrapassado a casa dos US$ 10 bilhões cada.

Produtos lácteos - Merece destaque o incremento de 80% do valor das exportações de produtos lácteos que saltou de US$ 299 milhões, em 2007, para US$ 541 milhões no ano passado. As vendas externas brasileiras foram beneficiadas pelo aumento dos preços no mercado internacional. Também registraram crescimento expressivo o mel, devido à retomada das vendas à União Européia (UE), os animais vivos e rações. Os produtos de origem vegetal responderam por 72,8% da pauta exportadora do agronegócio, praticamente a mesma proporção de 2007, quando corresponderam por 72,3% das exportações.

Principais destinos - As vendas externas apresentaram índices positivos de crescimento para todos os blocos econômicos de destino das exportações, com exceção do Nafta. As exportações aumentaram em 13,8% para a União Européia; Mercosul (21%); Oriente Médio (8,5%); Europa Oriental ( 28%) e África (27%). Os maiores crescimentos foram registrados nos países da Aladi, 63%, e Ásia, 49%. A UE manteve a maior participação, comprando 33% dos produtos nacionais do agronegócio, seguida pela Ásia, 23,5% e o Nafta, 10%.

China - Foi registrada uma mudança de liderança entre os países compradores de produtos do agronegócio brasileiro, devido ao forte crescimento das exportações para a China (+70%). O país passou a ocupar a primeira posição no ranking, absorvendo isoladamente 11% das exportações, que continuam muito concentradas em soja, em torno de 77,6%. Em segundo lugar estão os Países Baixos, com 9% de participação, e os Estados Unidos, em terceiro, com 8,7%. Em apenas um ano, a China saiu da terceira para a primeira posição.

Conteúdos Relacionados