ALGODÃO: Brasil é criticado por postura com algodão

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Brasil desperdiçou a vitória obtida na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios dados pelos Estados Unidos aos exportadores de algodão ao não usar a decisão para pressionar as negociações da Rodada de Doha, que em 2007 deve ter seu momento decisivo. “O Brasil jogou no lixo, até o momento, a vitória do algodão”, diz Pedro Camargo Neto, um dos autores do processo contra os Estados Unidos na época em que era secretário de Produção do Ministério da Agricultura. Hoje, ele preside a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Suínos (Abipecs). Camargo diz que o Brasil perdeu a oportunidade histórica de pressionar os países ricos pela redução dos subsídios agrícolas e acredita que o resultado de Doha será pífio. Em 2007, a Rodada deve ter seu momento decisivo.

Erros - “Imaginar que a União Européia e os Estados Unidos vão abrir seus mercados é difícil. É uma negociação dura na qual o Brasil cometeu erros graves nesses quatro anos”, defende. Entre os erros, ele cita o fato de os negociadores do País nunca terem utilizado a vitória no contencioso do algodão, uma questão quase abandonada pelo Itamaraty. “O algodão não foi tratado quando o presidente Bush esteve no Brasil, não foi tratado nas negociações em Hong Kong”. Outro erro apontado por Camargo foram as concessões feitas pelo Brasil aos Estados Unidos nos produtos agrícolas da categoria “caixa azul” em 2004. A OMC classifica os subsídios internos no que é chamado de caixas amarela, verde e azul. Produtos agrícolas da categoria “caixa azul” não estão sujeitos a cortes de subsídios porque os pagamentos têm como objetivo desestimular a produção. (Fonte: Abrapa).

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