ALGODÃO II: Importação para cobrir a escassez
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A indústria têxtil brasileira diz que, para suprir a escassez no mercado interno, terá de importar 250 mil toneladas de algodão nos próximos meses. A informação é da associação que representa o setor, a Abit, que aguarda aval dos Ministérios da Fazenda, Agricultura e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Não há resistência por parte dos representantes dos produtores, que veem a importação como saída para manter o setor em equilíbrio.
Volume maior - O volume é 100 mil toneladas maior que o previsto em julho, quando a Abit, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) enviaram carta ao governo federal. O grupo reivindicava importação de 150 mil toneladas com desoneração de impostos. A desoneração significa redução ou isenção temporária da tarifa de importação entre outubro e maio do ano que vem.
Necessária - Os produtores admitem que a importação é necessária porque, diante da oferta interna insuficiente, os preços sobem diariamente e tornam a indústria têxtil brasileira menos competitiva no mercado internacional. Eles temem que o complexo agroindustrial perca terreno diante de países como a China, o que acarretaria queda de preços nos próximos anos. O algodão corresponde a cerca de 60% dos custos da tecelagem.
Índices - Os índices mais consultados indicam alta de 12% no mercado internacional e de 30% nas cotações internas do algodão nas últimas quatro semanas. Brasil tem a quinta maior indústria têxtil do mundo, segundo a Abit, com 1,7 milhão de empregados. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)