ALIMENTAÇÃO: Feira Sabores do Paraná começa quarta-feira com 1.500 itens à venda
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Começa na próxima quarta-feira (20/07) e vai até domingo (24/07) a XII Feira Sabores do Paraná - edição Curitiba, no Pavilhão de Exposições do Parque Barigui. Estarão expostos para degustação e venda mais de 1.500 itens elaborados por 250 agroindústrias familiares de diferentes regiões do Estado. Os organizadores esperam pelo menos 30 mil visitantes e um volume de comercialização superior a R$ 1,5 milhão. A feira é realizada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). Entre os produtos que serão expostos estão geleias, doces, patês, conservas, biscoitos, bolachas, condimentos, pimentas, queijos e cogumelos, além de licores, vinhos, sucos, salames e outros embutidos, mel e derivados de rapadura, massas congeladas, sorvetes, polpa de frutas e café, entre outras delícias e receitas exclusivas de famílias, passadas de geração em geração, mas que conservam o tradicional sabor do campo.
Produtos - Muitos produtos já são conhecidos dos consumidores que frequentam a feira todos os anos, mas novos produtores, como Eliseu Queiroz, de Mamborê, Noroeste do Paraná, também têm espaço garantido. Ele participa há menos de um ano da Fábrica do Agricultor - programa da Seab que visa a inserção dos pequenos e médios agricultores no mercado, gerando emprego e renda no meio rural - e trabalha com uma grande variedade de doces, compotas e frutas cristalizadas. "São mais de 70 tipos. Nossas compotas são diferenciadas, com receitas bem antigas, iguais àquelas que a avó da gente fazia, todas com gosto da fruta mesmo", disse o produtor.
No fogão a lenha - O doce de mamão enroladinho é um dos carros-chefes de sua produção, bem como as compotas e geleias de kiwi e o doce de mamão ralado. Ele também produz doces de goiaba, de pêssego e pera caipiras - tudo feito no fogão a lenha, sob o comando da mulher e da sogra, detentora das receitas. Seu Eliseu e o sogro ficam com a tarefa de descascar as frutas e rotular as embalagens. "A matéria-prima vem do sítio da família, e quando não é suficiente os vizinhos colaboram", conta o responsável pela agroindústria. Na feira os vidros de compotas vão ser vendidos a R$ 8, e os de geleia a R$ 7 (grandes) e R$ 5 (pequenos). As bandejas de frutas cristalizadas vão custar R$ 5.Bolos e conservas - Entre os expositores mais antigos está Ingrid Junker Schiochet, proprietária da Fábrica de Biscoitos Jonker, localizada em Palmeira, na região Centro-Sul do Estado. Descendente de holandeses, ela mantém a tradição na produção de suas torradas, folhados, pães e bolos. Valeska, que ajuda a mãe na administração da empresa, disse que uma das especialidades preparadas para esta edição da feira é o gevulde, bolo de condimentos à base de canela, noz-moscada e amêndoas. "Trata-se de uma receita original que minha mãe herdou do pai dela, padeiro na Holanda antes de imigrar para o Paraná", afirmou Valeska Schiochet. Além deste bolo, todas as variedades de bolachas produzidas pela família seguem as receitas e as técnicas do avô.
Promoção - A Feira Sabores do Paraná é uma promoção da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, e executada pelo Programa Fábrica do Agricultor e Emater. Nesta edição os organizadores esperam pelo menos 30 mil visitantes e um volume de comercialização superior a R$ 1,5 milhão. De acordo com Eder Dalla Pria, coordenador do Programa Fábrica do Agricultor, os consumidores que vão à feira costumam sair satisfeitos porque compram produtos saborosos, de qualidade e a preços bastante acessíveis. "São produtos feitos artesanalmente e com preços inferiores aos similares expostos em pontos de venda tradicional", disse. "Além dos produtos tradicionais e já conhecidos, na feira sempre surgem novos sabores que buscam atender aos paladares mais exigentes. Isto significa que a cada edição os produtos vão ficando mais sofisticados, mas sem perder o sabor do campo. Isso demonstra a criatividade e a vontade dos agricultores familiares em divulgar e mostrar o seu potencial", afirmou.
Parceria - Este ano mais uma vez os Correios colocam sua estrutura à disposição das agroindústrias familiares no transporte da produção aos pontos de varejo, para facilitar a concretização dos negócios para regiões distantes dos locais de produção. (Agência Estadual de Notícias)