BIOCOMBUSTÍVEIS: França acusa Brasil e EUA de protecionismo

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O presidente francês, Nicolas Sarkozy, acusou os governos do Brasil e dos Estados Unidos de praticarem um "dumping fiscal sem precedentes na produção de biocombustíveis". E afirmou também que "a Europa não pode ignorar os dispositivos de apoio implementados por esses dois países para desenvolver certos biocombustíveis". Sarkozy fez essas declarações na quarta-feira durante uma reunião da principal federação sindical agrícola da França, a FNSEA. Em entrevista à BBC Brasil, o consultor do presidente francês para questões agrícolas, Christophe Malvezin, reforçou as críticas de Sarkozy à política do Brasil para o setor.

Redução de impostos - "A política fiscal do governo brasileiro, de reduzir os impostos nesse setor, incita os consumidores do país a utilizarem etanol e comprarem carros movidos a álcool. E reduz os encargos das empresas que produzem biocombustíveis e carros, criando distorções no mercado", disse Malvezin. "Essa redução de impostos equivale a uma ajuda direta aos fabricantes de biocombustíveis. É preciso parar de ser ingênuo. O conceito de apoio direto não deve se limitar somente às ajudas concedidas aos agricultores. Benefícios fiscais também são uma forma de apoiar diretamente um setor", argumentou. Segundo o consultor de Sarkozy, o sistema fiscal favorece as empresas brasileiras do setor, que teriam condições mais vantajosas para exportar seus produtos para a Europa. (UOL Economia)

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