BNDES: Crédito para cooperativa produzir cachaça

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Com uma renda domiciliar média mensal de R$ 281,50, equivalente a 25,2% da brasileira (Censo 2000), os municípios de Araçuaí, Caraí, Comercinho, Francisco Badaró, Jenipapo de Minas, José Gonçalves de Minas e Virgem da Lapa, no médio Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, estão em uma das regiões mais pobres do Brasil, inserida no semi-árido brasileiro. Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as únicas atividades produtivas da região intercambiáveis com o restante do país são o garimpo de pedras preciosas, com graves danos ambientais, e a produção de cachaça. O banco estatal decidiu apostar na segunda como alternativa para elevar a produção e o nível de vida na área do Jequitinhonha.

Aprovação - Na semana passada a diretoria da instituição aprovou pela primeira vez um financiamento para uma cooperativa de produtores de cachaça, a Cooperativa Cachaçaboa, com sede em Araçuaí, espécie de metrópole da microrregião, com a maior renda domiciliar média (R$ 347) e também a maior população (35.713). Com o financiamento de R$ 1,89 milhão, sendo R$ 1,5 milhão a fundo perdido, os 28 cooperados pretendem construir uma estrutura de estocagem, homogeneização, análise química e engarrafamento para lançar no mercado já em novembro deste ano, a Coração do Vale.

Objetivo - A meta da cooperativa, segundo o projeto levado ao BNDES, é elevar em três anos a produção dos seus associados de atuais 400 mil litros para 1,2 milhão de litros por safra. O investimento total nos equipamentos e prédios da cooperativa é de R$ 2,039 milhões, mas os cooperados também estão investindo individualmente, em parte com recursos do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste, de R$ 10 mil a R$ 50 mil para adequar suas instalações aos padrões técnico-sanitários exigidos. (Valor Econômico).

Conteúdos Relacionados