BNDES reduz taxa de remuneração básica em 30% em média

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai diminuir em 30% em média as taxas de remuneração básica que cobra em suas operações de crédito. Os percentuais vão variar de zero a 3%, conforme o grau de prioridade do projeto. A medida faz parte das políticas operacionais para os financiamentos a serem concedidos ao setor privado, anunciadas hoje. A intenção do banco de fomento é dar prioridade aos investimentos que enfoquem inovação tecnológica, promovam a competitividade da indústria de bens de capital, fortaleçam a infra-estrutura e apóiem micro, pequenas e médias empresas. Os projetos serão divididos em níveis de prioridade e, com base neles, será aplicada uma taxa de remuneração diferente. "Projetos no nível AA terão remuneração de 0% por cento ao ano; de nível A, 1%; de nível B, 1,5%; de nível C, 2%; de nível D, 3%", diz nota do banco.

Prioridade para projetos de inovação - Os projetos de prioridade máxima são os contemplados pela linha de financiamento Inovação PDI, para programas de pesquisas e desenvolvimento tecnológico. Agora, essas iniciativas obterão recursos do BNDES a um custo fixo de 6% ao ano. Antes, pagavam TJLP (hoje em 9%) mais remuneração básica de 2,5%. Também estão na categoria AA "projetos de desenvolvimento de ferrovias nas regiões Norte e Nordeste e para a solução de gargalos logísticos, além daqueles em que empresas privadas realizam investimentos sociais para a comunidade", enumera o comunicado.

Bioenergia - Estão no nível A projetos de geração de bioeletricidade (energia produzida em caldeiras de usinas de açúcar e álcool), que antes pagavam remuneração básica de 2,5% ao ano. Nesse grupo, com taxa básica de 1%, também estão "projetos de aumento de competitividade da indústria de bens de capital, os financiamentos à exportação e financiamentos voltados para a melhoria da qualidade de vida de populações de baixa renda". O grupo inclui ainda Projetos de investimento fixo e capital de giro e de aquisição de bens de capital por parte de micro, pequenas e médias empresas. Para essa categoria de empresas, o BNDES não vai mais cobrar taxa de intermediação financeira. Também haverá mudança na taxa de risco embutida nos juros dos financiamentos. Essa taxa era de 1,5% e agora vai variar de 0,8% a 1,8%, conforme a classificação de cada empresa.(Valor Online).

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