CÂMARA II: Heinze cobra medidas para reduzir preço do diesel nos custos de produção

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A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados realizou nesta quarta-feira (19/05), audiência pública com a presença de técnicos da Petrobras para debater o alto preço do óleo diesel. Durante o encontro, proposto pelo deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), vários parlamentares reclamaram do valor do produto e do impacto do combustível nos custos de produção da lavoura e do transporte de pessoas e carga.

Autor - Um dos mais enfáticos foi, justamente, o autor do requerimento para realização do debate. O deputado Heinze aproveitou a presença dos gerentes da área de abastecimento da Petróleo Brasileiro AS, Theodoros Panagiotis Marcopoulos; e da área de preços, Luciene Carneiro Fernandes de Alencar Paiva, para cobrar a adoção de medidas que diminua o preço do insumo utilizado pelos produtores rurais, caminhoneiros e empresas de ônibus. "A estatal precisa reduzir um pouco do seu lucro, abrir mão de parte do ganho com o combustível e ajudar alguns dos principais setores que movem o país: a agricultura e o transporte" enfatizou.

Peso - Ao falar sobre o peso do produto no custo operacional efetivo da produção agrícola, o parlamentar gaúcho solicitou que o governo analise uma forma de barateá-lo. Heinze citou o caso de algumas culturas para exemplificar a relação diesel e gastos no campo. "No caso da soja é preciso colher cinco sacas por hectares, na lavoura de milho de oito a 20 sacas e na de arroz em torno de 20 sacas. Precisamos desenvolver um projeto que crie condições para que o diesel impacte menos no bolso dos agricultores. Não há outra forma, se não diminuir os custos de produção. A União e os estados devem reduzir os impostos para que eles possam ter um pouco de renda", expôs.

Grupo de trabalho - O parlamentar propôs a criação de um Grupo de Trabalho com técnicos da Câmara dos Deputados, da CNA, OCB, Acebra, Contag e entidades ligadas ao setor de transporte para analisar a composição do preço do combustível e apresentar propostas para modificar a sistemática financeira desde a extração do petróleo até as bombas dos postos. Atualmente o valor do óleo diesel é composto de 18% de tributos que incidem na distribuição e revenda; 6% refere-se ao biodiesel adicionado; 13% é de ICMS (impostos estaduais), 10% da Cide, Pis/Pasep e Cofins (tarifas federais) e 53% é a o valor de revenda da Petrobras. (Assessoria de Imprensa)

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