CÂMBIO: Dólar acumula baixa de 15,85% no semestre
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A moeda americana teve um pregão de acentuada instabilidade, marcado pela briga entre comprados e vendidos dada à formação da Ptax (média das cotações ponderada pelo volume) que vai liquidar os contratos futuros de julho na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F). Depois de cair a R$ 1,936 na mínima e bater R$ 1,969 na máxima, o dólar comercial fechou o dia com leve alta de 0,05%, a R$ 1,962 na compra e R$ 1,964 na venda. No mês, a moeda americana teve leve queda de 0,30%, marcando o quarto mês seguido de desvalorização. Já a perda acumulada no segundo trimestre ficou em 15,27%. E no ano, o dólar comercial acumula desvalorização de 15,85%.
Roda - Já na roda de "pronto" da BM & F, a moeda teve leve baixa de 0,05% nesta terça-feira (30/06), encerrando a R$ 1,962. O giro financeiro se recuperou, somando US$ 249,25 milhões, quase seis vezes maior que o observado na segunda-feira. Já no interbancário o volume passou de US$ 2,1 bilhões, baixo para dias com formação de Ptax. No mês passado, por exemplo, o volume fora de US$ 4,8 bilhões.
Pressão - Segundo a diretora da AGK Corretora de Câmbio, Miriam Tavares, os interessados em Ptax mais baixa, ou vendidos, pressionaram o preço pela manhã, mas tal movimento esbarrou na mudança de humor no mercado externo, acirrando a briga com os comprados, ou seja, aqueles que queriam uma Ptax mais alta.
Volatilidade - Ainda de acordo com a especialista, a volatilidade na formação de preço também reflete outros eventos, como o calendário, já que estamos em final de mês de semestre, e a agenda de indicadores, que reserva dados relevantes sobre o mercado americano, como o desempenho do mercado de trabalho.
Expectativa - Fora isso, diz a especialista, a expectativa era de que a segunda (29/06) e a terça-feira (30/06) ainda registrassem ingressos mais fortes em função da oferta de ações da Visanet, que terá sua liquidação financeira amanhã. Mas parece que a maior parte dos dólares já veio na semana passada. A operadora de meios de pagamento movimentou mais de R$ 8,39 bilhões com sua oferta inicial de ações, sendo que de 60% a 80% são de responsabilidade de investidores estrangeiros.
Força - Olhando para o próximo mês e semestre, Miriam acredita que o dólar não tem força para cair muito. Apesar de a expectativa ser de dados positivos pelo lado externo, momentos de estresse não são descartados. "Mantenho a expectativa de dólar próximo a R$ 2,0 no final do ano", diz. (Valor Online)