CÂMBIO: Juro mais baixo vai conter queda do dólar, diz CNI

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A melhor alternativa para conter a queda do dólar, que prejudica as exportações e favorece as compras do exterior, é reduzir de forma rápida a diferença entre os juros praticados no Brasil e no resto do mundo, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os juros reais brasileiros - taxa oficial Selic, menos a inflação - estão entre os mais elevados do mundo. Segundo os economistas da entidade, as "condições macroeconômicas" para essa redução estão dadas: as taxas de inflação presente e futura estão abaixo de 4% ao ano, portanto inferior à meta estabelecida pelo Banco Central (BC) para este ano. A meta central de inflação, que serve de referência para o BC na fixação dos juros, é de 4,5% para 2007 e 2008. Há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais na meta, de modo que o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que o objetivo seja formalmente descumprido. "O aprofundamento da valorização cambial é um problema cada vez maior para as empresas industriais, porque reduz a competitividade dos produtos brasileiros comparativamente aos estrangeiros", avalia a CNI, acrescentando que é necessário reverter essa tendência "com urgência".

Diferença - Como a diferença entre os juros brasileiros e os internacionais é um dos principais responsáveis pela crescente valorização do real (a outra causa é o forte saldo da balança comercial), a CNI acredita que a "rápida redução das taxas diminuirá os estímulos à arbitragem com a moeda brasileira no mercado internacional". “Isso porque a combinação de juros altos e expectativa de valorização do real formaram um ambiente muito rentável às aplicações financeiras no Brasil”, avaliam os economistas da entidade. Além disso, argumentam os empresários, a queda dos juros estimularia a produção e também as importações, reduzindo-se um pouco o saldo da balança comercial, pilar da valorização do real. (Tudo Paraná)

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