CARNES I: Novos limites para teor de água no frango
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A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura publicou nesta terça-feira (07/12) instrução normativa no Diário Oficial da União (DOU) para estabelecer parâmetros de teor total de água contida em cortes de frangos resfriados e congelados. Os novos limites entraram em vigor nesta terça. Nos cortes de peito e meio peito, a umidade permitida é de 67,16% a 75,40%. Os limites de proteína são de 17,81% a 22,05% e a relação umidade/proteína deve ser de 3,28 a 3,92. No caso de peito de frango sem pele, a umidade deve ser de 73,36% a 75,84% e o porcentual de proteína, de 21,05% a 24,37%, com relação umidade/proteína de 3,03 a 3,55. Para as coxas de frango, a Secretaria estabeleceu níveis de umidade de 65,33% a 72,69%, enquanto os parâmetros de proteína devem ser de 14,40% a 17,96%, com relação umidade/proteína de 3,83 a 4,71.
Sobrecoxa - Segundo o DOU, a sobrecoxa de frango deve ter umidade de 61,09% a 70,97% e de 13,50% a 18,18% de proteína - a relação umidade/proteína deve ser de 3,64 a 4,72. No caso de coxa com sobrecoxa, a umidade deve ser de 62,82% a 70,70% e proteína de 14,36% a 18,08%. A relação umidade/proteína nestes cortes deve ser de 3,59 a 4,67.
Setor aprova metodologia - O diretor de produção e técnico científico da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ariel Mendes, disse que a adoção de novos parâmetros para determinar a quantidade de água nos cortes de frango resfriados e congelados, estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, estão corretos e facilitarão a fiscalização contra possíveis fraudes no peso. ''O setor enxerga com bons olhos esses novos limites, já que são baseados em uma nova metodologia que é mais científica, mais confiável, muito mais segura e que é aceita pelo mundo inteiro. É um avanço'', disse o executivo à Agência Estado. ''Ao mesmo tempo facilitará a fiscalização do Ministério e evitará fraudes'', completou.
Critérios - Segundo ele, os critérios para os limites de água nas aves congeladas e resfriadas eram estabelecidos pela metodologia do descongelamento. ''O setor de produção sempre contestou esse tipo de análise, porque acreditávamos que era muito empírico. Pegava-se a carcaça e deixava derreter a água, mas a temperatura e tempo variavam muito'', explica Mendes. ''Já com esse novo padrão laboratorial, que é muito bom para as empresas tanto para o mercado interno quanto externo, consideram-se as proteínas e umidade e a relação entre os dois elementos'', declarou.
Ampliação - Mendes disse que em março o Ministério já havia estabelecidos novos limites de teor de água para cortes como peito e peito desossado e nesta terça ampliou para coxas, sobrecoxas e peças inteiras de coxas e sobrecoxas. "Até o início do ano que vem deverão ser publicados os parâmetros para carcaça inteira e miúdos'', afirmou. (Agência Estado)