CARNES II: Embarque sobe em junho, mas cai no semestre
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De janeiro a junho deste ano, as exportações totais de carne bovina somaram 775.471 toneladas (equivalente-carcaça), 29% a menos que em igual intervalo de 2008. Os volumes incluem carnes in natura, industrializada e miúdos. A receita no período foi de US$ 1,883 bilhão, uma queda de 25% em relação ao primeiro semestre de 2008, segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec). Considerando apenas a carne in natura, as vendas externas somaram 535.613 toneladas (equivalente-carcaça), 30% abaixo do primeiro semestre de 2008. Para a receita, que somou US$ 1,359 bilhão, o tombo também foi grande, de 29%.Negativos - Os números no semestre são negativos, mas as vendas externas de carne bovina já ensaiaram recuperação no mês passado. Segundo a Abiec, em junho o volume de carne in natura embarcado foi de 132 mil toneladas (equivalente-carcaça), 9% mais do que em igual mês de 2008. Em receita, porém, ainda há queda por conta dos preços mais baixos. Foram US$ 289,2 milhões, recuo de 14% em relação a junho do ano passado. Na mesma comparação, os preços de venda tiveram redução de 21%.
Recuo - Mas a Abiec observa que o ritmo de recuo da receita com a exportação está se reduzindo. Entre janeiro e março deste ano, a queda foi de 34% ante o mesmo período do ano passado, segundo a entidade.
Na avaliação do diretor-executivo da Abiec, Otávio Cançado, o pior da crise já passou, os créditos para exportação começam a voltar ao normal e os mercados já estão mais demandados. Segundo a Abiec, a Rússia se manteve como o maior mercado para a carne brasileira no primeiro semestre. O país comprou 237 mil toneladas de carne in natura do Brasil ou US$ 410 milhões.
Expectativa - A expectativa da Abiec é de incremento nas exportações no segundo semestre deste ano. Uma das esperanças é ampliar as vendas ao mercado do Chile, que reabilitou frigoríficos brasileiros em abril deste ano depois de mais de três anos de embargo por causa de casos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul e no Paraná, no fim de 2005. As vendas ao Chile ainda são pequenas por isso representantes da entidade vão ao país para tentar agilizar a retomada. (Valor Econômico)