CASTROLANDA: Cooperativa lança linha de snacks
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Nesta quinta-feira (13/05) a Castrolanda se prepara para o lançamento oficial da linha de snacks. O evento será realizado no Café de Molen (Memorial da Imigração Holandesa) às 19 horas. Diretoria, gerentes, donos de supermercados, distribuidores, associados da Cooperativa e imprensa, são esperados para o lançamento. "Demos um passo adiante com o processamento de produtos na indústria de batata frita, buscando atuar diretamente no varejo com uma marca própria", disse o vice-presidente da Cooperativa, Richard Borg.
Produção - Há menos de dois anos a Cooperativa trabalha no projeto para lançamento dos produtos com a marca própria. Na avaliação do gerente da Unidade de Negócios Batata da Castrolanda, Cleudiney Aparecido Iank, a profissionalização na condução dos trabalhos é o diferencial nos resultados. "Desde o início do projeto estamos conduzindo de forma totalmente profissionalizada. Contratamos uma consultoria responsável pelo desenvolvimento de uma pesquisa junto aos consumidores, a exemplo do que fazem os grandes players no mercado, investimos na estrutura da Unidade de Batata Frita, contratamos profissionais, trabalhamos no desenvolvimento das embalagens, contratamos o Trevizan, especialista na distribuição de produtos, para nos dar suporte na distribuição dos produtos no mercado, enfim, focamos em todas as etapas do processo para o lançamento destes produtos", conta o gerente.
Pesquisa - Marco Aurélio Riedi Bomm, assessor para novos negócios da Cooperativa destaca a pesquisa com os consumidores como fator importante para a colocação da linha de salgadinhos no mercado. "Esta etapa do projeto foi decisiva. Fizemos a pesquisa diretamente com os consumidores no formato "teste cego". Nesta avaliação esperávamos um retorno do público e fomos surpreendidos. A pesquisa revelou que a linha snacks da Castrolanda se destaca entre os melhores do mercado", revela o assessor.
Produto final - Cleudiney aponta a preocupação da Castrolanda com o produto final. "Colocar um produto no mercado não é uma tarefa fácil. A concorrência é árdua e é preciso ter estratégia para alcançar maior competitividade e assim obter resultados positivos para a sustentabilidade e conseqüente aumento da produção", disse.
Investimento - O investimento total da cooperativa na Unidade de Batata Frita soma R$ 4 milhões. "No ano passado a Unidade de Batata Frita fez investimentos em torno R$ 3.000.000,00 buscando melhorias no processo de produção e redução de custos. Além desse valor aplicado para produção de Batata Frita, a Cooperativa Castrolanda investiu R$ 800.000,00 em equipamentos e instalações para produção de Pururuca. Esses equipamentos estão alocados na mesma planta fabril da Unidade de Batata Frita", explica o coordenador da UBF, Cassiano Oliveira Carrano. Hoje, de acordo com o coordenador da UBF, a Fábrica tem capacidade de processar 100 kg de pururuca e 600 kg de batata por hora.
Matéria-prima - No processo de produção Carrano explica que muitos fatores são fundamentais para o resultado final do produto. Para ele, o início se dá com a escolha e recebimento da matéria-prima principal, a batata. "Essa etapa é "fundamental" para obtenção de um produto acabado de qualidade", garante.
Industrialização - Após o recebimento se dá o processo de industrialização, que é feito em uma linha contínua com capacidade de 600 kg/hora de produto acabado. Inicialmente a batata é depositada em uma descascadora. O tempo de descascamento das batatas varia de acordo com o produto a ser produzido, batata palha (menos tempo) e batata chips (mais tempo). Após descascada ela é transferida para uma mesa de leitura, onde é feita a seleção manual das batatas para retirar possíveis defeitos (manchas verdes, batidas, etc). Depois passa pela mesa de leitura e é transferida para o alimentador primário, que é o responsável pela alimentação do cortador de batatas. Cortadas, as batatas são conduzidas até uma lavadora, onde são lavadas para separar/tirar o amido das fatias.
Sequência - Na seqüência, as batatas passam por esteiras com ventiladores e exaustores que servem para retirar o excesso de água antes de passar para a fritadeira. A partir daí então a batata entra em processo de fritura, onde permanece de 02 a 03 minutos em uma temperatura de 180º C. Após a fritura a batata é transferida para um resfriador, que serve para tirar o excesso de calor e gordura do produto antes do empacotamento. Na saída do resfriador está o dosador de sal e os temperos. Após a aplicação a batata vai para um cilindro rotativo, que serve para misturar na batata o sal e temperos aplicados no processo anterior. Seguindo o processo, a batata é transferida para uma mesa de leitura. Nessa etapa são retirados manualmente defeitos pós-fritura (batata queimada, manchas indesejáveis). Aí então inicia o processo de envazamento, que é feito em balanças e empacotadoras automatizadas. Depois de embalados, os produtos são alocados em caixas de papelão e palletizados. Esses pallets são dirigidos ao depósito de expedição.
Mão-de-obra - Para dar conta dessa produção mais 16 novos empregos foram gerados. Hoje a Unidade trabalha com uma equipe de 36 colaboradores. "Esse aumento é devido a linha de produção anterior que produzia 200 kg/hora e agora produzimos 600 kg/hora. Só na produção de estão seis colaboradores", justifica.
Produtos - Smaaks, a batata frita ondulada, traz os sabores: tradicional, queijo, picanha e cebola na brasa. Ambas as embalagens de 100 e 45 gramas. Além das inovações de sabores a proposta traz o slogan "Loucura de Sabor". Spekys, o salgadinho pururuca traz os sabores: tradicional, picanha, molho barbecue e cebola na brasa em embalagem de 35g. "Os produtos são fantásticos e quem prova vira fã mesmo. A alta qualidade dos produtos Castrolanda nos permite usar desse argumento no desenvolvimento de mercado. Tanto a batata palha Castrolanda, a ondulada Smaaks e o pururuca Spekys são produtos que estão sendo aprovadíssimos pelos consumidores. A vantagem é que o Spekys é uma novidade no mercado. Não há concorrência para o produto, pois possui textura e sabores exclusivos, além de não possuir carboidratos e ser fonte de proteínas saudável", avalia o supervisor de vendas Trevizan.
Embalagem - As embalagens seguem um conceito visual que remetem o apelo visual do produto. A logomarca segue no topo das embalagens o que permite boa visualização, disse o assessor para novos negócios da Cooperativa. Bomm fala da preocupação da Cooperativa com a durabilidade do produto. "O produto fica pouco tempo na gôndola, no máximo 180 dias. Por isso é preciso que seja utilizado um tipo de material metalizado, uma característica importante para garantir a crocância do produto por mais tempo", conta.
Linhas especiais - Na linha de snacks se destacam os produtos com sabores especiais e vários tamanhos de embalagens. Cebola na brasa, Picanha, Queijo, Molho Barbecue. "A finalidade é alcançar o maior número possível de consumidores. Buscamos diferenciais para trabalhar com distribuidores, grandes redes de supermercado e atacadistas. Hoje existes duas políticas para produtos - uma com foco na qualidade e outra no preço. Nós temos as duas", afirma Bomm. Para a pururuca a Castrolanda foca um mercado mais específico. "Não existe muita concorrência, é um produto novo que nos dá capacidade de assinar "o salgadinho pururuca de verdade", destaca o assessor de novos negócios. O gerente da Unidade de Batatas Cleudiney conta que a opção de desenvolver um produto com na linha de salgadinhos atende ao planejamento estratégico da Cooperativa.
Armazenagem - O crescimento da indústria fez com que os depósitos de matérias-primas e produtos acabados ficassem lotados. Segundo o coordenador para tentar solucionar o problema foram providenciados novos porta-pallets. "Para a Batata Frita precisamos trabalhar com estoque de pelo menos uma semana devido ao fator clima que impossibilita a colheita de batata e conseqüentemente sua produção, e como esses produtos geram muito volume, é muito provável que teremos que investir em mais um barracão", adianta Carrano.
Comercialização - Em menos de três meses de produção a Castrolanda já está presente em 800 pontos de venda. "Levando em consideração que estamos em Curitiba há apenas um mês, Porto Alegre há duas semanas e acabamos de lançar em Cascavel, este número é muito significativo, ou seja, nossos produtos estão sendo sucesso absoluto", garante o supervisor de vendas, Trevizan. Foram feitas diversas reuniões de lançamento dos produtos com os distribuidores, passo que segundo Trevizan é muito importante para colocação do produto no mercado. "Hoje estamos desenvolvendo um trabalho em parceria com distribuidora Triunfante Curitiba, Triunfante Porto Alegre e Aba Cascavel. Já estamos com lançamento agendado para a Distribuidora Aba de Londrina, e também na Distribuidora Disbal em Caxias do Sul", comenta.
Estratégia - A estratégia da Castrolanda na distribuição dos produtos é iniciar o trabalho com os distribuidores regionais. "Nós queremos atingir o maior número de pontos de vendas possíveis, pois temos consciência de que nossos produtos são comprados por impulso e precisamos estar sempre disponíveis ao consumidor. Paralelamente a esse trabalho, devemos introduzir nossa linha também nas grande redes regionais, onde há grande visibilidade e podemos fortalecer e consolidar nossas marcas", explica Trevizan.
Preço - A linha Smaaks terá preço sugerido de R$ 1,09 a R$ 2,19. A pururuca Spekys tem sugestão de R$ 1,85. A equipe quer cobrir 100% do estado do Paraná e estar presentes nas principais regiões do RS e SC já nos próximos meses. "Já estamos mantendo contato com distribuidores no Mato Grosso e São Paulo Interior, projeto este que deve ser iniciado no segundo semestre", finaliza Trevizan.
Histórico - A Unidade de Batata Frita da Castrolanda foi implantada em 2003 com a produção de batata frita e batata palha, mas até então produzindo para outras marcas. (Imprensa Castrolanda)