COASUL: Cooperativa confirma implantação de uma indústria de abate de aves

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A construção de uma fábrica de ração e de uma indústria de abate e processamento de aves com capacidade para abater 100 mil aves/dia já foi iniciada pela cooperativa Coasul, de São João, no Sudoeste do Paraná. O presidente da cooperativa, Paulino Fachin, em visita à Ocepar na manhã desta terça-feira (21/10), contou que o financiamento de R$ 70 milhões já foi liberado pelo BNDES e pelo BRDE. "Os contratos foram assinados e temos a informação de que a liberação dos recursos não será interrompida, em função da crise financeira mundial. Isto nos dá uma certa tranqüilidade, embora sabemos que a atual crise poderá afetar o consumo da produção de carne no mundo e provocar dificuldades lá na frente. Mas neste momento o projeto vai andar normalmente", disse. O investimento total no projeto é de R$ 84 milhões, sendo R$ 70 milhões tomados junto ao BNDES e BRDE, e R$ 14 milhões de recursos próprios da cooperativa. "Serão necessários ainda mais R$ 40 milhões para financiar os avicultores. Mas estes recursos poderão ser financiados diretamente pelos produtores", comenta o dirigente.

Exportação - A previsão é que em dois anos a indústria entre em operação, devendo gerar mais de mil empregos diretos e três mil indiretos. A meta é que 70% da produção seja destinada ao mercado externo. "Estamos montando um projeto de acordo com os melhores padrões de tecnologia, qualidade e ambientais, o que nos permite competir com os melhores produtos existentes", afirmou o presidente da Coasul.

Projetos de investimentos - Fachin, que tem longa experiência como dirigente cooperativista, revela que a cooperativa tem vários planos de investimentos na área de armazenagem e infra-estrutura, no entanto, a ordem no momento é colocar o pé no freio e reavaliar com prudência qualquer ação futura. "Acredito que a atual crise poderá ser maior do que está sendo anunciada pela mídia e pelas autoridades governamentais, por isso qualquer empresário no Brasil e no mundo deve esperar para ver o que irá acontecer com a economia mundial. O Brasil está um pouco mais preparado, em função das instituições bancárias terem normas diferentes dos outros mercados mundiais, mas o país também será afetado pela crise. Não passaremos ilesos, principalmente, o setor de agronegócio. Uma prova disso é a queda brusca das commodities", disse.

Crise financeira - O dirigente conta ainda que a Coasul já sentiu os reflexos da crise. Segundo ele, durante o plantio das lavouras de soja, milho e trigo os produtores tiveram um custo alto, em função da elevação dos preços dos fertilizantes e defensivos, a crise derrubou os preços das commodities e o produtor terá dificuldades para manter os ganhos inicialmente previstos o que preocupa para a fase de comercialização da safra.. "Isto vai tirar renda do produtor. Teremos que ter uma safra muito boa, com um clima favorável, para ter rentabilidade no setor. Qualquer quebra de safra dará prejuízo ao setor", afirmou.

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