COCAMAR: Cooperado colhe milho e deixa o solo coberto de braquiária

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Para grande parte dos produtores tradicionais de milho, a cena é intrigante. A lavoura, pronta para ser colhida, se desenvolveu em meio a tufos de capim. Depois que a máquina passa, vai ficando para trás um grande campo verde. A matéria é um dos destaques do Jornal do Serviço Cocamar de julho. Esse capim, que poderia ser um problema para o milho, está, na verdade, trabalhando para o produtor. Por gerar bastante massa verde, sua função é simples: cobrir e proteger o solo.

Tecnologia - Como isso é feito? Apenas seguindo as leis da própria natureza, que também trabalha a favor do agricultor. Quem esclarece é Luiz Carlos Frigo, 42 anos, dono de 250 hectares no município de Japurá, região de Cianorte, no Noroeste paranaense. Ele não inventou nada: apenas colocou em prática uma tecnologia que vem sendo difundida pela Cocamar. Segundo Frigo, que é técnico agrícola, o milho da safrinha é semeado, em linhas intercalares, junto com sementes de braquiária, sendo que a planta do cereal sai antes e se desenvolve mais rápido que o capim, abafando-o.

 

De olho na safra - Quando o milho é colhido, a braquiária encontra todas as condições para desenvolver-se livremente e, pouco tempo mais tarde, seu tamanho ultrapassa a cintura de um homem mediano. Todo esse volume de vegetação garantiria alimento de sobra para engordar uma boiada, mas Frigo, que não é pecuarista, está de olho é na safra de verão 2008/09. Trinta dias antes do plantio de soja, que começa em outubro, ele vai dessecar o capim e deixar o solo revestido com uma espessa camada de palha, sobre o qual vai fazer o plantio direto. A função dessa palha é manter o solo protegido durante os meses quentes do ano, além de reter umidade. "Estou fazendo um investimento no solo", explica o produtor, lembrando que sua expectativa é amenizar os efeitos das estiagens comuns do verão e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade da soja. Sua média, nos últimos cinco anos, tem ficado ao redor de 50 sacas por hectare (120/alqueire) e 80 de milho/hectare (180/alqueire).

Produtores empolgados - O gerente da Cocamar em Japurá, Cleber Vilar, lembra que os resultados do consórcio milho-braquiária, difundidos desde o final de 2006 pela cooperativa, por meio de dias de campo, despertaram o interesse dos produtores e houve um aumento na procura por sementes desse capim. "É uma prática simples, de custo acessível e que traz um enorme benefício", resume. Nenhum outro produtor havia cultivado com o consórcio uma área tão grande em toda a região de abrangência da Cocamar, quanto Luiz Carlos Frigo. "O sucesso dele vai servir de referência para que muitos outros tirem suas dúvidas e invistam mais na cobertura do solo", completou o gerente.  Além de membro do Conselho Fiscal da Cocamar, Frigo, produtor desde 1984, é presidente do Sindicato Rural de Japurá.

Produtor coloca o dobro de animais em pastagem adubada - O produtor Alfredo Antônio Canever, dono da Fazenda Jangada, situada na Estrada Tamarana em Tapejara, onde investe na atividade pecuária, conta que ficou satisfeito ao fazer a recuperação de parte de suas pastagens, formadas em 2000, quando a braquiária MG-5 recebeu adubação no plantio. Mesmo cuidando bem dos pastos, Canever via que a taxa de ocupação não ia além de 4 cabeças de bovinos por alqueire. Decidido a virar o jogo e com a orientação da Cocamar, ele fez uma aplicação de 500 quilos de adubo por alqueire, usando o produto Fosmag 752.2 M2 PGR (formulação 09-15-15 mais micronutrientes). Segundo o funcionário da fazenda, Aderbal dos Reis, o resultado tem ido além das expectativas. Hoje, poucos meses depois da adubação, a área recuperada já abriga 8 cabeças de bovinos por alqueire, o dobro da anterior. E, até o final do ano, a expectativa é quase dobrar novamente, saltando para 15 cabeças/alqueire. "Comida não vai faltar", diz Reis.

Oportunidade - O coordenador comercial de Pecuária da Cocamar, Clóvis Aparecido Domingues, usa o exemplo do produtor Alfredo Canever para demonstrar que os pecuaristas da região podem aproveitar muito melhor a oportunidade que surge com os bons preços da carne bovina, no momento. "Fazer a recuperação das pastagens com uma adubação adequada potencializa os resultados e os ganhos", observa Domingues. (Imprensa Cocamar)

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