COCAMAR II: Os árabes estão entre as prioridades da cooperativa
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As cooperativas brasileiras querem ampliar sua atuação no mercado interno. Mas sem deixar passar boas oportunidades no exterior, como é o caso das vendas para os países árabes, novíssimos parceiros comerciais da Cocamar Cooperativa Industrial, do Paraná, uma das cinco maiores do setor no país. Considerados exigentes e criteriosos, os compradores do Oriente Médio são bem-vindos. Na opinião do superintendente de Negócios da Cocamar, José Cícero Aderaldo, a falta de planejamento e preparo para exportar é uma das deficiências das cooperativas agrícolas brasileiras. Um ponto a ser trabalhado. "As cooperativas nacionais produzem bem, mas nem sempre sabem entrar no mercado externo com assertividade", diz. No ano passado, apenas 3% do faturamento veio das exportações. A cooperativa exportou US$ 54 milhões em 2009 e espera chegar a US$ 77 milhões em 2010. Na entrevista abaixo, Aderaldo fala sobre cooperativas, metas e compradores árabes.
Diversificação - De acordo com o superintendente, o diferencial da Cocamar é a diversificação. "Trabalhamos com mais produtos industrializados que a média das cooperativas brasileiras, temos quatro marcas e itens como sucos, café, grãos, óleos e molhos em nossa linha. Sem falar que temos controle de todas as etapas de produção: do campo até a mesa dos consumidores." Sobre os países para os quais a cooperativa exporta, ele relaciona Alemanha, França, Inglaterra, Japão e África do Sul, entre vários outros. "O nosso maior entrave são as altas barreiras tarifárias impostas por determinados mercados, como a Europa. Por isso, muitas vezes compensa mais vender o suco concentrado para ser hidratado e finalizado lá fora do que comercializar o produto pronto, já com a nossa marca."
Árabes - Segundo José Cícero, os compradores árabes são cuidadosos, principalmente quanto à classificação e composição dos produtos, querem saber tudo o que vai na fórmula. "Já chegamos até a receber especialistas de países árabes em nossa unidade industrial em Maringá, só para conferir as nossas instalações e modo de produção." Sobre o que eles mais valorizam, a resposta é: produtos saudáveis, que levem proteínas e cálcio, no caso dos sucos, por exemplo. No que se refere ao sabor, o paladar deles está muito próximo do nosso, o gosto pelo sabor acentuado da fruta. (Agência Nacional Brasil Árabe-Anba)