COMBUSTÍVEIS: Tecpar inicia produção de biodiesel dentro de um mês

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O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) - empresa vinculada à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - deve iniciar dentro de um mês os testes para o funcionamento de sua unidade de produção de biodiesel em Curitiba. A previsão foi feita nesta terça-feira (6/03) pelo presidente do instituto, Mariano de Matos Macedo, durante reunião da Escola de Governo. “A unidade já está na fase final de montagem”, informou.

Estrutura - Com uma área total de cerca de 200 metros quadrados, a planta é composta por uma unidade de pré-tratamento de óleo vegetal e por equipamentos como reatores, tanques de lavagem, evaporadores e condensadores, além de tanques para biodiesel e glicerina. Na área externa, estão espaços para óleo bruto, álcool, água e biodiesel. Um motor deverá fornecer energia e calor para a usina com o consumo do próprio biodiesel produzido na unidade.

Ação - A iniciativa é resultado do Programa Paranaense de Bioenergia, instituído por decreto estadual de 2003. Coube ao Tecpar a incumbência de promover o desenvolvimento tecnológico do biodiesel. Com uma infra-estrutura laboratorial de 500 metros quadrados e com modernos equipamentos, o instituto tem atuado não só em questões relacionadas à produção de biodiesel, como também na caracterização e controle da qualidade de óleos vegetais.

Tecpar - A tarefa atual do Tecpar é a implantação dessa unidade de produção de biodiesel em escala semi-industrial. Isto é: exclusivamente para pesquisa e desenvolvimento da tecnologia de produção. O projeto está sendo financiado com recursos do Fundo Paraná. A intenção é estudar as diferentes matérias-primas indicadas pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, através do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), como potenciais insumos para a produção do combustível.

Matérias-primas - De acordo com o coordenador do Centro de Referência em Biocombustíveis (Cerbio) e gerente da Divisão de Biocombustíveis do Tecpar, Bill Jorge Costa, que também é coordenador do projeto, a intenção é aproveitar diversas matérias-primas regionais do Paraná como óleos vegetais produzidos a partir de produtos como soja, girassol, algodão, nabo forrageiro e gorduras animais.

Miniusinas - Além de estar desenvolvendo sua própria usina de produção de biodiesel, o Programa Paranaense de Bioenergia também apóia a primeira miniusina de óleo vegetal do Estado, instalada no fim do ano passado na colônia Witmarsun, em Palmeira, na região de Ponta Grossa, e que deve servir como modelo para implantação de outras em propriedades rurais. Um acordo de cooperação entre a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, por meio do Tecpar, e a Rede Evangélica Paranaense de Assistência Social (Repas) viabilizou a iniciativa, que teve o aporte inicial de R$ 200 mil do Fundo Paraná.

Witmarsum - Entre as vantagens do projeto está o uso de equipamentos de baixa tecnologia, não apenas por causa do preço, mas também pelas possibilidades que oferece. O projeto é desenvolvido tendo como base a realização de testes monitorados com registro dos resultados do uso exclusivo de óleos vegetais em motores diesel quanto à estabilidade, integridade, desempenho, emissões e durabilidade de componentes em motores de teste nas fases laboratorial e de campo. O protótipo instalado em Witmarsum tem capacidade de processar 100 quilos de grãos por hora. A extração de óleos vegetais a frio é feita por meio de prensagem mecânica. O óleo vegetal fornecido pela miniusina, cuja qualidade tem sido acompanhada pelos laboratórios do Tecpar, será utilizado em um trabalho a ser desenvolvido pelo instituto e pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) com testes em três tratores. (Agência Estadual de Notícias)

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