COMERCIALIZAÇÃO II: Ocepar quer prêmio para escoamento também no Paraná

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O leilão de Valor de Escoamento do Produto (VEP) que acontece nesta quinta-feira (23/07) vai ajudar a liberar espaço nos armazéns públicos para a entrada da nova safra paranaense, mas pode não ser suficiente para alavancar os preços recebidos pelos triticultores no estado, avalia a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Por isso, a entidade está negociando com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a inclusão do Paraná nos leilões de Prêmio para o Escoamento do Produto (PEP). Até agora, esse tipo de operação está programada apenas para o Rio Grande do Sul.

Abaixo do mínimo - A Ocepar argumenta que apesar dos preços do trigo estarem acima do mínimo no mercado de lotes do estado, os produtores paranaenses estão sendo remunerados com valores abaixo do estabelecido pelo governo federal. Os preços recebidos pelos agricultores são sempre menores que os praticados no mercado de lotes, pois consideram também custos de armazenagem do produto. Atualmente, as cotações no mercado de lotes do estado oscilam entre R$ 515 e R$ 530, mas o triticultor paranaense recebe pela tonelada do cereal em média R$ 470, embora o preço mínimo seja R$ 480 (trigo pão/melhorador da safra 2008/09).

Pleito - "Uma das medidas que nós estamos reivindicando é a inclusão do Paraná nos leilões de PEP para trigo, além de leilões de contrato de opções, a serem realizados em agosto e setembro, para vencimento no início do ano que vem, com o objetivo de evitar queda de preços no início da colheita da nova safra", esclarece o presidente da organização, João Paulo Koslovski.

Milho - O pleito da Ocepar, que foi enviado nesta quarta-feira (22/07) ao Mapa, inclui também a implantação de mecanismos de apoio à comercialização do milho, que também trabalha abaixo do mínimo no estado desde o início do mês. Nesse caso, o preço de garantia da Conab para o proruto da safra 2008/09 é de R$ 16,50 a saca, sendo que o agricultor está recebendo em média R$ 15,30 no Paraná. A programação atual da companhia prevê esse tipo de operação apenas para o milho cultivado no Centro-Oeste do país, estados como Mato Grosso e Goiás, que são importantes polos de produção do cereal, mas que ficam distantes dos principais centros de consumo, no Norte e Nordeste do Brasil. (Gazeta do Povo)

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