COMÉRCIO: Aurora rompe parceira com a belga Midsumer
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A Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos), de Chapecó – um dos dez maiores conglomerados agroindustriais do país – anunciou na última semana a rescisão do contrato que mantinha desde janeiro de 2005 com a Midsumer Belgium, de Bruxelas, para representá-la na Europa central, Leste europeu e Oriente Médio. O presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster, informou que a parceria não produziu os resultados esperados nesses 24 meses de operação. Por isso, as duas empresas, de forma amigável, decidiram pela rescisão do contrato. A Midsumer Belgium deixou, portanto, de representar o conglomerado agroindustrial catarinense naqueles mercados. Lanznaster antecipou que a Aurora está revendo as estratégias para atuação no exterior e pretende ampliar sua participação em todos os continentes. A empresa conseguiu em 2005 registrar a marca Aurora Products para o continente europeu, para onde pretende exportar de 10.000 a 12.000 toneladas de carne por mês.
Fatores externos afetaram mercado - Os fatores externos que abalaram o mercado mundial, em 2006, também influenciaram os resultados da Aurora. A perda do mercado russo para as carnes catarinenses afetou imediatamente as exportações, causando perdas de divisas ao país e gerando um excesso de oferta no mercado interno. Por outro lado, a ocorrência de casos de influenza aviária na Ásia criou uma sinistrose mundial. Avaliações alarmistas geraram uma crise de desinformação sem precedentes e, em conseqüência, influenciaram a opinião pública a restringir o consumo de carnes de aves. Imprevisíveis e incontroláveis, essas duas ocorrências simultâneas se conjugaram para derrubar o volume físico das exportações. Além disso, a atual política cambial brasileira, centrada na excessiva valorização do real frente ao dólar, deprimiu o resultado financeiro das operações com o mercado externo.
Redução da participação das exportações - Refletindo esse quadro perverso, as receitas da Coopercentral Aurora obtidas com exportações que, em 2005 representavam 24,62% das receitas totais, passaram a contribuir com 17,46% do faturamento em 2006, ficando em R$ 332,5 milhões. As vendas de carnes suínas representaram R$ 161,2 milhões com queda de 33,17% em relação ao ano anterior. As vendas de carnes de aves fecharam em R$ 162,6 milhões, com redução de 7,41%. Suco concentrado e óleos essenciais venderam R$ 8,5 milhões, com crescimento de 2,47%.