COMÉRCIO EXTERIOR: Diplomatas podem auxiliar na promoção do agronegócio nacional
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"Conseguimos sensibilizar um grupo importante de diplomatas brasileiros para a causa da agropecuária nacional. Eles adquiriram muito mais conhecimento e segurança para tratar de assuntos relacionados ao tema nos outros países", considerou o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio, Eduardo Sampaio, durante encerramento do Programa de Imersão no Agronegócio Brasileiro, na sexta-feira (17/07), em Brasília. Durante 12 dias, representantes de embaixadas brasileiras em 24 países conferiram de perto os principais setores exportadores do País (carnes, soja, café, açúcar, álcool e frutas), além dos trabalhos desenvolvidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nas áreas de pesquisa, certificação e fiscalização dos produtos exportados. O programa abrangeu propriedades rurais e indústrias de quatro estados (SP, PR, MG e PE), e o Distrito Federal. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).Paraná - No Paraná, a visita dos diplomatas aconteceu no dia 15 de julho. Na ocasião, o grupo visitou a sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, com o objetivo de conhecer o cooperativismo do estado. Os diplomatas foram recebidos pelo presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, que apresentou os números do cooperativismo paranaense, lembrando que a maioria dos 120 mil cooperados filiados às cooperativas agropecuárias são proprietários de áreas inferiores a 50 hectares. "Setenta e cinco por cento dos cooperados são médios ou pequenos agricultores. No Oeste do Estado, onde é grande a produção de aves e suínos, a média das propriedades é abaixo de 20 hectares. Esses agricultores tem condições de sobreviver em função da agregação de valor existente nessas propriedades". Além disso, o presidente da Ocepar destacou o alto nível de tecnologia adotado pelos agricultores paranaenses, o crescimento da agroindustrialização e o trabalho realizados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) que, somente em 2008, promoveu, com apoio das cooperativas, mais de três mil eventos, capacitando cerca de 100 mil pessoas, entre dirigentes de cooperativas, colaboradores, cooperados e seus familiares. "Atualmente estamos promovendo 11 cursos de aperfeiçoamento profissional e MBA. Isso mostra o tamanho da nossa preocupação em ter cada vez mais pessoas preparadas para os desafios que apresentam o comércio interno e externo", acrescentou o dirigente. A visita dos diplomatas à Ocepar também foi acompanhada pelo superintendente adjunto, Nelson Costa, e pelo diretor executivo do Coonagro (Consórcio Nacional Cooperativo Agropecuário), Daniel Dias. Depois de conhecer o sistema cooperativista do Paraná, o grupo se deslocou até o Porto de Paranaguá. Nesta quinta-feira (16/07), eles visitam as cooperativas Batavo e Castrolanda.
Avaliação positiva - "As visitas foram muito proveitosas e esclarecedoras. Sentimos o quanto isso será útil às nossas ações futuras, que consistem essencialmente em promover os produtos brasileiros, defendê-los em caso de serem atacados ou sofrerem restrições tarifárias indevidas e procurar negociar condições comerciais propícias à exportação dos produtos. Conhecer a realidade do agronegócio nacional nos permite desempenhar essas três atividades com muito mais conhecimento de causa", concluiu o ministro conselheiro do Brasil nos Emirados Árabes, Arthur Nogueira. Dentre as ações previstas está a de alavancar investimentos do Oriente Médio no agronegócio brasileiro. "Eles precisam de produtos agropecuários que o Brasil pode oferecer. Vamos trocar capital por produtos, seguindo orientações do Mapa", disse Nogueira. A partir de fevereiro, deverão ser realizadas missões comerciais para que os investidores estrangeiros conheçam o agronegócio nacional, o que deve acontecer a partir de fevereiro de 2010. A parceria Mapa e MRE também irá garantir a participação do Brasil em feiras comerciais na África do Sul, Rússia, China e Vietnã, ainda este ano. "Estamos negociando o reconhecimento da regionalização com o Japão para a importação de carne suína de Santa Catarina", informou o chefe da Divisão de Agricultura e Produtos de Base do MRE, Ricardo Monteiro. (Com informações Mapa)