COMÉRCIO EXTERIOR II: Rússia corta pela metade cota para a carne suína
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A Rússia reduziu quase pela metade sua oferta de cota para importação de carne suína em 2011, uma decisão que atinge o Brasil e provoca um retrocesso na negociação bilateral que poderá atrasar sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC). Moscou voltou atrás e baixou sua oferta de cota global de 470 mil toneladas para cerca de 250 mil, surpreendendo o Brasil, que deveria ser um dos principais beneficiados. No ano, até outubro, o país vendeu à Rússia 206,6 mil toneladas, o equivalente a US$ 565,1 milhões. O diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, Carlos Márcio Cozendey, advertiu que, com essa nova decisão, "vai ser um problemão para o Brasil dar seu apoio à Rússia" na OMC.
Cota fixa - O governo russo quer manter uma cota fixa para carne suína por dez anos, sem aumento no período. A alocação seria feita por desempenho histórico, com tarifas de 15% e 75% para vendas fora da cota. Em 2020 haverá só a alíquota de importação, sem cota. Moscou também restringiu o acesso da carne de frango e oferece cota global de 250 mil toneladas, 65% abaixo do volume de dois anos atrás, sem possibilidade de aumento. A tarifa que os russos querem aplicar é de 27,5% na cota e 80% fora dela. (Valor Econômico)