COMMODITIES AGRÍCOLAS: Realização de lucros
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Os contratos de café tiveram forte recuo no dia de ontem na bolsa de Nova York após atingir no pregão de terça-feira a maior alta em mais de 13 anos na bolsa americana. Os papéis com vencimento em maio de 2011 encerraram o pregão a US$ 2,316 por libra-peso, desvalorização de 365 pontos. De acordo com a Dow Jones Newswires, a retração se deveu a um movimento de realização de lucros que testou o limite da commodity, que vem batendo altas sucessivas nos últimos dois meses por conta da expectativa de menor oferta do tipo arábica de qualidade. "Nós estamos apenas correndo dos compradores", disse ontem um trader à agência. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o arábica fechou em queda de 0,06% com a saca de 60 quilos valendo R$ 407,30.
Demanda arrefece - Depois de subir mais de 600 pontos nesta semana, o algodão voltou a cair com apostas de que a demanda vai arrefecer diante dos preços elevados. Os papéis com vencimento em maio do ano que vem encerraram o pregão na bolsa de Nova York valendo 139,69 centavos de dólar por libra-peso, queda de 500 pontos. As exportações da pluma dos Estados Unidos, maior exportador mundial, caíram 35% na semana encerrada em 9 de dezembro, na comparação com os sete dias anteriores, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos citados pela Bloomberg. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a pluma fechou com leve valorização de 0,03%, com a libra-peso valendo 291,47 centavos de real.
Apetite chinês Os futuros de milho voltaram a subir ontem - pela quarta sessão consecutiva - na bolsa de Chicago diante dos rumores de que os Estados Unidos vão exportar ainda mais grãos para a China, o maior consumidor mundial. Os contratos com vencimento em maio encerraram o dia a US$ 6,17 o bushel, valorização de 6,75 centavos de dólar. A China vai ampliar suas importações de grãos e algodão e aumentar as reservas governamentais de alimentos, inclusive carnes e açúcar, segundo anúncio do Ministério de Comércio chinês informado pela Bloomberg. No mercado de Mato Grosso, segundo maior produtor nacional de milho, os preços do grão fecharam estáveis com compradores ofertando R$ 14,50 pela saca em Sorriso, segundo o Imea/Famato.
Restrição de qualidade - Especulações de que o declínio na oferta de trigo de alta qualidade irá impulsionar a demanda pelo cereal americano fizeram as cotações do trigo subir ontem nas bolsas americanas. Os papéis com vencimento em maio do ano que vem fecharam em alta de 17,25 centavos de dólar a US$ 8,0975 o bushel em Chicago. Na bolsa de Kansas, o mesmo vencimento fechou com igual valorização a US$ 8,525 o bushel. Nesta safra é esperada que a moagem do cereal de qualidade em regiões importantes da Austrália seja metade do volume previsto por causa das fortes chuvas, segundo dados da Australia & New Zealand Banking Group Ltd, citados pela Bloomberg. No mercado do Paraná, a saca de 60 quilos do cereal encerrou o dia a R$ 24,08, queda de 0,70%, segundo o Deral/Seab. (Valor Econômico)