CONJUNTURA: Desemprego cai para menor nível da história
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O desempenho do mercado de trabalho seguiu muito favorável em abril, com alta forte do emprego - especialmente com carteira assinada - e da renda. A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas caiu de 7,6% em março para 7,3% em abril, a mais baixa para esse mês desde 2002, quando se iniciou a nova Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Feito o ajuste sazonal, a taxa recuou de 7% para 6,7%, a menor da série iniciada em 2002. O aquecimento é mais intenso na construção civil, mas também se dá na indústria e nos serviços. Segundo alguns analistas, a força no mercado de trabalho pode levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a aumentar a taxa Selic em 1 ponto percentual na reunião do mês que vem, para combater pressões inflacionárias. No encontro de abril, a alta foi de 0,75 ponto, para 9,5% ao ano.
Crescimento - O crescimento da ocupação se intensifica a cada mês. Em abril, aumentou 4,3% em relação ao mesmo período de 2009. "Foi uma alta significativa, superior à observada nessa mesma base de comparação em março, de 3,8%", diz o economista Fábio Romão, da LCA Consultores. Ele ressalta o aumento do emprego com carteira assinada. A ocupação formal subiu 7,2% sobre abril de 2009, enquanto a informal teve alta de 0,4%.
Recorde - O número de trabalhadores com carteira assinada, que chegou a 21,821 milhões, bateu o recorde na série iniciada em 2002. Isso equivale a 51,1% do total de trabalhadores empregados. "Esse fenômeno deixa claro o aumento da confiança na economia", diz Romão. Com boas perspectivas para o crescimento, os empresários se sentem confortáveis para contratar trabalhadores com carteira. Também cresce bastante o número de pessoas em busca de emprego. Em abril, a população economicamente ativa (PEA) aumentou 2,5% sobre o mesmo mês de 2009, mais do que os 2,2% de março. Como a ocupação avança mais, o desemprego segue em queda. (Valor Econômico)