COOPERATIVISMO: Palestra para novos funcionários aborda desde história a quadro atual

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O superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, reuniu 13 novos funcionários do Sistema Ocepar para uma palestra sobre cooperativismo na manhã desta sexta-feira, dia 06/10. Ricken abordou desde a fundação do cooperativismo, em 1.844, na Inglaterra, com a criação da sociedade dos pioneiros de Rochdale, até a criação do Sescoop, em 1.999, que investe no treinamento dos cooperativistas e funcionários do sistema. Numa conversa informal com os funcionários, Ricken explicou o funcionamento da doutrina e do sistema cooperativista que só no Paraná tem mais de 400 mil associados e responde por 18% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado – sendo 55% do PIB agropecuário. No mundo, 40% da população está ligada ao cooperativismo.

Educação - Ricken destacou que para o bom funcionamento de uma cooperativa a formação e a educação (um dos princípios básicos do cooperativismo) são imprescindíveis. As pessoas ligadas ao sistema precisam entender que a cooperativa é diferente de uma empresa mercantil, que visa basicamente o lucro. A cooperativa tem como função organizar economicamente as pessoas para que elas tenham mais renda e melhorem a qualidade de vida das pessoas e da comunidade onde estão inseridas. A função social das cooperativas já está no DNA do sistema, em seus princípios.

Regras básicas - O superintendente destacou ainda que, para uma cooperativa ter sucesso na sociedade, é preciso atenção a pontos importantes: que ela seja necessária à comunidade, tenha viabilidade, legalidade (registro, operações) e administração (credibilidade e compromisso). A administração da cooperativa precisa manter o equilíbrio entre os interesses do cooperado (que é o dono da cooperativa), fornecedores e produtos e serviços e tomadores de produtos e serviços, afinal todos estão inseridos no mesmo contexto. E, para que esse equilíbrio seja alcançado, educação é fundamental.

Confira os princípios internacionais do cooperativismo:

Adesão voluntária e livre - As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo, sociais, raciais, políticas e religiosas.


Gestão democrática e livre - As cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulação das suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e as mulheres, eleitos como representantes dos demais membros, são responsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau os membros têm igual direito de voto (um membro, um voto); nas cooperativas de grau superior a organização também é democrática.


Participação econômica dos membros - Os membros contribuem eqüitativamente para a formação do capital das suas cooperativas e controlam-no democraticamente. Parte desse capital é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros recebem, habitualmente, se houver, uma remuneração limitada ao capital integralizado como condição de sua adesão. Os membros destinam os excedentes a uma ou mais das seguintes finalidades: desenvolvimento das suas cooperativas eventualmente através da criação de reservas, parte das quais, pelos menos será, indivisível; benefício aos membros na proporção das suas transações com a cooperativa; apoio a outras atividades aprovadas pelos membros.


Autonomia e independência - As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Se firmarem acordos com outras organizações - incluindo instituições públicas - ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a autonomia da sociedade.


Educação, formação e informação - As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente para o desenvolvimento do grupo. Informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.


Intercooperação - As cooperativas servem de forma mais eficaz aos seus membros e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.


Interesse pela comunidade - As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades, através de políticas aprovadas pelos cooperados.

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