COOPERMIBRA: Mulheres surpreendem em trabalho operacional
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A falta de mão-de-obra masculina fez com que a gerência da unidade regional da Coopermibra (Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil), em Mamborê, tomasse uma decisão inusitada: contratar mulheres para trabalharem no setor operacional durante a safra. A medida, que a princípio foi considerada como absurda por alguns, teve um resultado acima do esperado e, para as próximas safras, mesmo que haja oferta de mão-de-obra masculina, a intenção é continuar disponibilizando vagas às mulheres. De acordo com o gerente da unidade, Erichyson de Assis Godinho, a falta de mão-de-obra masculina para serviços gerais em Mamborê é resultante do grande número de trabalhadores da cidade que foram contratados para colher maçã em Santa Catarina e também do aumento da oferta de vagas na construção civil. "Tivemos dificuldade no início da safra e, como precisávamos, decidimos direcionar as vagas também para as mulheres", explica.
Procura - A Coopermibra precisava de 20 trabalhadores temporários para serviços como descarregar caminhões, separar, trilhar e secar cereais, transportar sacarias, fazer limpezas e outros. O anúncio foi feito em uma emissora de rádio e, apesar de ser uma atividade quase toda braçal e às vezes pesada, muitas mulheres procuraram a cooperativa e 12 delas foram selecionadas. Com muita dificuldade também foram contratados seis homens. Entre as contratadas está Dirley de Fátima Batista Zukovski, 47, que conseguiu seu primeiro emprego. "Eu fiquei viúva, o tempo foi passando e eu nunca tinha trabalhado assim, fora de casa" conta ao aprovar a experiência. "Está sendo muito bom trabalhar aqui na Coopermibra. Estou aprendendo muitas coisas. Pena que é temporário", diz ao comentar que se tiver outra oportunidade, voltará. Recentemente, Dirley também voltou a estudar. (Imprensa Coopermibra)
Crédito das imagens: Laudo Leon/Coopermibra. Uso autorizado somente para a reportagem acima