COROL BEEF: Projeto vai gerar mais de 3 mil empregos em Rolândia e região
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O presidente da Corol, Eliseu de Paula, estima que em seis meses o BNDES deve aprovar o projeto de financiamento do complexo industrial da Corol Beef, uma empresa de capital fechado constituída em parceria com o grupo norte-americano - Global Proteine Group. A proposta de financiamento foi entregue ontem (17/05) ao BNDES durante reunião com o presidente Demian Fiocca, da qual participaram o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, e dirigentes de seis cooperativas paranaenses. Essa reunião foi realizada com objetivo de apresentar ao BNDES o Programa de Infra-Estrutura e Desenvolvimento Agroindustrial (Prodepar),, que ao longo de cinco anos pretende investir no setor agroindustrial cooperativista cerca de R$ 3,5 bilhões. A Corol Beef pretende obter R$ 115 milhões para a construção do seu frigorífico.
Diversificação – Eliseu de Paula, que também é presidente da Corol Beef, afirmou que o presidente do banco foi muito receptivo ao projeto apresentado. “Nós sentimos o BNDES aberto para as cooperativas”, afirmou o presidente da Corol ao avaliar a reunião. O projeto da Corol representa mais um passo na diversificação industrial. Atualmente ela já produz café, suco de laranja, açúcar, álcool e suco de uva, com a matéria-prima fornecida pelos associados. A nova industria será instalada no distrito de São Martinho, em Rolândia, em área de 30 alqueires doada pelo município. “A construção começa tão logo que o projeto for aprovado”, afirmou Eliseu de Paula. A estimativa da empresa é iniciar o abate de animais no início de 2008.
Projetos integrados – Como nos demais projetos industriais, esse também será integrado, tendo os associados da cooperativa como fornecedores de matéria-prima. Os interessados em assinar com a Corol o contrato de fornecimento já somam mais de 500 e têm fazendas localizadas num raio de 250 km do local da indústria. Os associados dispostos a cumprir com as exigências de qualidade e rastreabilidade da Corol Beef receberão um bônus de 10% sobre o preço praticado na região, de acordo com levantamento ESALQ/USP. O contrato terá um prazo mínimo de dez anos. “O nosso objetivo é fazer uma indústria de carne com diferencial para o consumidor”, frisa Eliseu de Paula. Na mesma planta industrial, os bois serão abatidos e a carne é processada para ser entregue ao consumidor final: carne pré-cozida, hambúrguer, cortes especiais, kosher e outros.
Um parceiro para o mercado – A busca de um parceiro com experiência no mercado internacional foi uma estratégia muito estudada pela cooperativa. “Nós temos a experiência para produzir, mas não possuímos o mercado, que é uma especialidade do nosso parceiro”, afirma o presidente da Corol, Eliseu de Paula, referindo-se à Global Proteine Group, que detém 50% das ações da empresa. A vantagem da cooperativa é, também, a possibilidade de utilização do bagaço de cana e de laranja para alimentação animal. “Temos alimentação abundante para os animais”, frisou.
Dinamização da economia – O projeto será implantado em etapas. Começa abatendo 750 bovinos por dia; numa segunda fase vai abater 1.250; depois 1500 e, por último, 2 mil no quarto ano, quando estará gerando aproximadamente 3 mil empregos. “Haverá uma grande dinamização da economia regional”, frisa Eliseu, referindo-se aos diversos prestadores de serviços para o setor. A Corol Beef estima obter um faturamento anual de US$ 200 milhões. “É uma nova Corol”, afirma o presidente. “Vamos produzir carne por hectare. É um projeto que vai avançar e revolucionar muito a classe produtiva”, finalizou Eliseu de Paula.