CRÉDITO AGRÍCOLA: Governo estuda novo modelo
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O governo federal tem um grupo de especialistas estudando a nova política de crédito para o setor agrícola. A afirmação foi feita pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes, que participou na segunda-feira (16/12), de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos, no Senado Federal. Segundo Stephanes, o atual modelo está esgotado e, para garantir o futuro da produção agrícola, é necessário reestruturar as políticas de crédito e de preços e o seguro rural. O ministro afirmou ainda que as áreas da agricultura e do meio ambiente têm objetivos comuns e reiterou a necessidade de se manter as discussões em nível estritamente técnico. "Tenho uma visão clara de que o atual Código Florestal não atende nem ao pressuposto de produzir, nem ao de proteger. O ministro disse ainda que, se esta legislação for inteiramente aplicada, um milhão de pequenos produtores, que atuam em áreas consolidadas e fora do bioma amazônico, terão que suspender suas atividades.
Manutenção dos preços - O ministro Stephanes afirmou ainda que é fundamental a atuação do governo para evitar que os preços dos grãos caiam no pico da colheita da safra, no primeiro trimestre do ano. Stephanes disse que 98% da safra 2008/2009 já foi plantada. Aos senadores que participam de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, Stephanes disse que o governo vai atuar em três frentes: formação de estoques, lançamento de contratos de opção de compra e a liberação de crédito para as cooperativas. "As cooperativas são importantes na comercialização. Elas comercializam metade da produção nacional de grãos", disse.
Estoques - Stephanes afirmou também que as grandes empresas comercializadoras de grãos e as tradings deixaram de formar estoques de grãos devido à crise financeira internacional. "Ninguém quer carregar estoques. Para deprimir os preços, as grandes tradings podem comprar para derrubar preços", afirmou. O ministro alertou aos produtores a estratégia que será adotada pelos compradores. "As tradings e as grandes comercializadoras vão comprar 'da mão para a boca' para aproveitar o preço baixo", afirmou. (Com informações Imprensa Mapa e Gazeta do Povo)