CULTURA: Exposição mostra cultura indígena

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A Escola Municipal Marechal Cândido Rondon, em parceria com a liderança da comunidade local, promoveu a II Mostra Cultural Indígena. O público que visitou a feira pôde conferir a exposição de animais vivos, cultivados através do Projeto de Piscicultura; comidas típicas, como o bolo de cinzas, bola na taquara, pinhão; mostra de medalhas e troféus conquistados nas disputas dos Jogos Indígenas, que acontecem dentro da própria comunidade; fotos que relatam a história da reserva; coleções; ervas medicinais, com explicações sobre suas utilidades. Dentro da reserva, tão importante quanto à educação é a saúde de seu povo. Por isso, os trabalhos desenvolvidos na área da saúde, na comunidade, fizeram parte da exposição. Outro item exposto na mostra foi o artesanato indígena. Para a professora Silvana Melo Ribas Bello, é neste aspecto que acontece o resgate da cultura indígena. “No artesanato são utilizados materiais naturais, como a taquara e plástico, mostrando a mudança e, também, a evolução que a arte passou”, acredita. Finalizando a mostra, os visitantes conheceram os alimentos que são cultivados na reserva, como feijão, milho, produtos orgânicos oriundos da horta da escola para complementação do lanche das crianças. Algumas das peças apresentadas na mostra estarão expostas no Fórum Cultural Municipal, que acontecerá em Palmas, no mês de maio.

Escola - Hoje, a escola é administrada em regime misto, ou seja, tanto pelo Governo Estadual quanto Municipal. Durante as aulas são trabalhadas, também, as artes e a língua kaygangue, além das disciplinas de técnicas agrícolas.

Diversidade Cultural - Para a educadora, é necessário que as demais culturas possam respeitar as diferenças. “Não podemos segregar a sociedade, não podemos separá-los, nem excluí-los. Um exemplo disso é o trabalho que desenvolvemos na comunidade, e que somos professores brancos e indígenas, trabalhando no mesmo local, com harmonia”, destaca Silvana. Para o cacique Ermínio dos Santos, há muito o que ser comemorado, não apenas no Dia do Índio, mas todos os dias. “Eu penso que a sociedade branca está aceitando a cultura indígena como sociedade irmã, da mesma forma como os índios aceitam o não índio como irmão”, revela. A reserva indígena de Palmas conta com 175 famílias, totalizando 825 pessoas, e também, são assistidos com escola, posto de saúde, projetos de ervas medicinais, projeto de preservação da cultura indígena e de piscicultura.

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