DIA COOPERATIVISMO VI: Cocamar resgata história da cooperativa

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Com a presença de 400 convidados, entre autoridades, cooperados, dirigentes e colaboradores, a Cocamar promoveu na noite de ontem (02/07) um evento na Associação Cocamar em Maringá para marcar a passagem da Semana do Cooperativismo (o Dia Mundial da Cooperação é comemorado todos os anos sempre no primeiro sábado de julho) e também os 45 anos de fundação da cooperativa, completados em março último.

Plantio de árvores - No primeiro item da programação, houve o plantio de árvores de espécie nativa na Avenida Constâncio Pereira Dias, que atravessa o parque industrial da Cocamar, por quatro convidados: o ex-gerente da agência do Banco do Brasil em Maringá, Ailton Spiacci, o especialista Valdemir Campelo (ambos tiveram papel importante no processo de reestruturação financeira da Cocamar a partir de 1997), o engenheiro agrônomo, ex-diretor e ex-vice-presidente da Cocamar, Edilberto José Alves, e o primeiro arcebispo metropolitano de Maringá, dom Jaime Luiz Coelho.

Acervo histórico - Às 17h, após a apresentação do Coral Cocamar, os convidados participaram da reinauguração do Acervo Histórico, situado anexo ao auditório (no prédio em frente à Administração Central), onde foram reunidos painéis fotográficos que permitem conhecer a história dos 45 anos da cooperativa, além de documentos, objetos, maquinários e equipamentos. Na solenidade, o presidente Luiz Lourenço fez questão de fazer um reconhecimento ao trabalho realizado pelo colaborador Reynaldo Costa, responsável pela estruturação do acervo. Em seguida, no salão da Associação Cocamar, estavam presentes, entre muitos outros convidados, dois fundadores da cooperativa (Joaquim Romero Fontes, cooperado número 2, e Hildebrando Freitas Cayres, número 42), dezenas de cooperados com mínimo de 35 anos de participação, o ex-presidente José Cassiano Gomes dos Reis Júnior (que esteve à frente da cooperativa entre 1965 e 1971) e antigos colaboradores, como o gerente João Costa Patrão.

Retrospectiva - Na oportunidade, o presidente Luiz Lourenço fez uma retrospectiva dos principais fatos que marcaram a história dos 45 anos, como a atuação decisiva do cooperado Joaquim Romero Fontes que, logo após a fundação da Cocamar, cedeu graciosamente sua máquina de café para que a cooperativa tivesse uma estrutura para funcionar. Destacou também o papel do ex-presidente José Cassiano que, ao lado de Constâncio Pereira Dias e Edmundo Pereira Canto, resgatou a cooperativa de um processo de quase liquidação entre 1965 e 1967, ensejando após isso um período de prosperidade. Lourenço fez citação a nomes como Alfredo dos Santos (um dos maiores credores da cooperativa naquela época, cujo apoio foi crucial) e o ex-gerente Primo Celeste Artioli. Sobre o ex-diretor e ex-vice-presidente Edilberto José Alves, o presidente ressaltou ter sido ele um dos principais articuladores do projeto de citricultura na região Noroeste do Paraná. Durante o período em que a Cocamar reestruturou suas dívidas junto a um pool de bancos, foi destacada a dedicação de Ailton Spiacci e Valdemir Campelo, além do apoio indispensável do senador e cooperado Osmar Fernandes Dias. Ao final, Luiz Lourenço disse que o apoio mais importante veio do quadro de cooperados. "Sem eles, a cooperativa não teria seguido em frente", lembrando que os cooperados tinham somente, como garantia, a palavra do presidente.

Pronunciamentos - O ex-presidente José Cassiano Gomes fez uma abordagem sobre a superação de desafios em sua época, destacando uma frase que tinha acabado de ouvir do cooperado João Delorenzo Filho e que, ao seu ver, resume bem o atual momento da cooperativa: "Está tudo limpo, tudo carpido, tudo bem arrumado". O especialista Valdemir Campelo falou também sobre o bom momento da Cocamar, enquanto o primeiro arcebispo de Maringá, dom Jaime Luiz Coelho, lembrou que em seus primeiros anos à frente da diocese, foi desenvolvido um intenso trabalho visando a valorizar os pequenos agricultores, fundando-se inclusive uma cooperativa, que não foi em frente. Por sua vez, o prefeito de Maringá, Silvio Barros - neto do cooperado número 1 da Cocamar, Odwaldo Bueno Neto - disse que "a Cocamar é uma pedra preciosa para a cidade", destacando o trabalho de seus pioneiros e administradores.

Placas - A penúltima etapa da noite foi o descerramento de duas placas, no próprio salão. A primeira, marcando a inauguração de um conjunto de oito silos de grãos, com capacidade de 8 mil toneladas cada, que agregam, no total, 48 mil toneladas à estrutura de armazenamento da Cocamar, agora de 601 mil toneladas. A obra foi concluída em abril com investimentos de R$ 5,5 milhões. A outra placa assinala o início das obras de uma unidade termoelétrica no parque industrial da cooperativa que, quando pronta, entre julho e agosto de 2009, deverá suprir em 65% a demanda de energia elétrica da Cocamar, de 13 megawatts/hora (MW/h), e que em 2007 consumiu R$ 13 milhões. Essa usina de co-geração de energia vai demandar a inversão de R$ 35 milhões, 90% obtidos em financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além de trazer economia, a termoelétrica reduz o risco da dependência total do fornecimento de energia.

Lourenço - Fechando a programação, o vice-presidente da Cocamar, José Fernandes Jardim Júnior, acompanhado do diretor-secretário Divanir Higino da Silva e dos superintendentes Celso Carlos dos Santos Júnior (industrial), Arquimedes Alexandrino (técnico/operacional), Sérgio Antonio Andreussi (administrativo/financeiro) e José Cícero Aderaldo (comercial), prestou uma homenagem ao presidente Luiz Lourenço, que está completando 36 anos de cooperativa. "As pessoas deixam suas marcas e, na Cocamar, a maior marca é a do seu presidente, Luiz Lourenço, pelo seu grande trabalho", comentou. Lourenço recebeu um quadro com fotografias de várias épocas e foi aplaudido de pé pelos presentes. (Imprensa Cocamar)

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